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Re: Tira dúvidas.
Boa tarde starman,
vendo a sua dúvida aí veja o seguinte: um olho míope é um para o qual o ponto remoto não está no infinito, mas sim a uma distância finita, e no caso do nosso hipotético amigo a distância será de 10 m. O valor que é dado a essa distância limite depende do grau de miopia. Consequentemente um míope só pode enxergar objetos que estejam dos seus olhos a uma distância inferior à sua distância limite (no caso aí são 10m). Afim de enxergar um objeto situado a uma distância maior que esse limite, o míope deverá se valer de um artifício que aproxime o objeto. Como isso é impossível, e sabendo que uma lente divergente fornece de um objeto afastado uma imagem virtual e direita situada entre ela e o objeto, um oculista vai receitar para o míope um óculos com as lentes divergentes de modo que forneçam de um objeto muito distante ou no infinito uma imagem virtual situada a uma distância inferior a 10 metros.
Bruno
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vendo a sua dúvida aí veja o seguinte: um olho míope é um para o qual o ponto remoto não está no infinito, mas sim a uma distância finita, e no caso do nosso hipotético amigo a distância será de 10 m. O valor que é dado a essa distância limite depende do grau de miopia. Consequentemente um míope só pode enxergar objetos que estejam dos seus olhos a uma distância inferior à sua distância limite (no caso aí são 10m). Afim de enxergar um objeto situado a uma distância maior que esse limite, o míope deverá se valer de um artifício que aproxime o objeto. Como isso é impossível, e sabendo que uma lente divergente fornece de um objeto afastado uma imagem virtual e direita situada entre ela e o objeto, um oculista vai receitar para o míope um óculos com as lentes divergentes de modo que forneçam de um objeto muito distante ou no infinito uma imagem virtual situada a uma distância inferior a 10 metros.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Refletor 203mm f6
Oi Bruno,
é verdade que a GMV - grande mancha vermelha não é vermelha no visual,
que ela fica branca e é possível de ser observada com um 200mm f6?
E que para melhorar a definição precisamos de mais abertura e muito aumento?
Com um telescópio de 500mm lá no Atacama alcançamos a melhor definição que desejamos?
abs
é verdade que a GMV - grande mancha vermelha não é vermelha no visual,
que ela fica branca e é possível de ser observada com um 200mm f6?
E que para melhorar a definição precisamos de mais abertura e muito aumento?
Com um telescópio de 500mm lá no Atacama alcançamos a melhor definição que desejamos?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
Olá M.couto,M.couto escreveu:1-é verdade que a GMV - grande mancha vermelha não é vermelha no visual,
2-que ela fica branca e
3-é possível de ser observada com um 200mm f6?
4-E que para melhorar a definição precisamos de mais abertura e muito aumento?
5-Com um telescópio de 500mm lá no Atacama alcançamos a melhor definição que desejamos?
1-Mais ou menos, vai depender da abertura e da razão focal, e assim mesmo você não vai efetivamente ver uma mancha "vermelha", alguns a vêem com uma coloração magenta, outros com tons amarelados ou rosados, mas definitivamente ela não aparece visualmente como "vermelha".
Será preciso um grande instrumento como um refrator de 200mm F/15 para ver uma coloração rosada nela.
2-Eu diria esmaecida porque se ela ficar branca praticamente vai desaparecer na banda ou zona tropical sul de jupiter, embora hajam registros dela ter perdido a coloração até deixar de ser observada visualmente, a não ser pela "depressão" ou "baía" no lugar dela na STZ.
3-Claro, mesmo que sem detalhes por causa da perda de contraste gerado pelo F mediano, mas se esse 200mm fosse um F/10 com certeza ela ficaria muito mais evidente. Um filtro colorido para dar uma reforçada no contraste do F/6 vai ser muito útil.
4-Entendo como definição expor com clareza e exatidão as características e diferenças de alguma coisa. Em se tratando de uma superfície planetária, na observação visual telescópica da GMV não importa a abertura ou a maior resolução que seja, não apresentarão imagens definidas se a distância focal for curta e se utilizar aumentos elevados. Eu observei marte durante a oposição de 2001 com um refletor Newtoniano de 600mm de abertura mas com o F/5, e ao tentar o coeficiente de aumentos 2x ou 2.5x (1200x a 1500x) a imagem virava um borrão só. Agora se ele fosse um F/10 a história teria sido outra.
5-Não tanto por causa da abertura do instrumento mas principalmente por causa do seeing excepcional de lá.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: Tira dúvidas.
Oi pessoal,
estou sem saber direito qual tipo de aumento que eu utilizo como aumento máximo para a observação de planetas,
pois eu reparei que o mesmo aumento não tem a mesma nitidez como quando eu observei Vênus e Saturno.
Com o skywatcher 90mm az3 Saturno com 180 x estava ótimo, eu podia ate ver a divisão de Cassini e uma mancha acima dos anéis no disco,
mas ao usar 180 x em Vênus a imagem ficou muito ruim.
Não deveria ser esse aumento bom para observar os dois planetas já que 180 x está dentro do alcance de um refrator 90mm f10?
abs
estou sem saber direito qual tipo de aumento que eu utilizo como aumento máximo para a observação de planetas,
pois eu reparei que o mesmo aumento não tem a mesma nitidez como quando eu observei Vênus e Saturno.
Com o skywatcher 90mm az3 Saturno com 180 x estava ótimo, eu podia ate ver a divisão de Cassini e uma mancha acima dos anéis no disco,
mas ao usar 180 x em Vênus a imagem ficou muito ruim.
Não deveria ser esse aumento bom para observar os dois planetas já que 180 x está dentro do alcance de um refrator 90mm f10?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 07/09/2012
Re: Tira dúvidas.
Olá M.couto,M.couto escreveu:reparei que o mesmo aumento não tem a mesma nitidez como quando eu observei Vênus e Saturno. Com o skywatcher 90mm az3 Saturno com 180 x estava ótimo, eu podia ate ver a divisão de Cassini e uma mancha acima dos anéis no disco, mas ao usar 180 x em Vênus a imagem ficou muito ruim.
Não deveria ser esse aumento bom para observar os dois planetas já que 180 x está dentro do alcance de um refrator 90mm f10?
realmente se forem utilizados aumentos elevados e dependendo da posição do planeta sobre o horizonte qualquer imagem planetária perderá a nitidez. Vênus e saturno são mundos de constituições diferentes. Apesar de vênus estar coberto de nuvens como saturno, o primeiro é de constituição rochosa e o segundo gasosa. Para nós aqui da terra o planeta vênus possui um albedo superior ao de saturno, e isso significa uma maior quantidade de luz refletida de maneira direta ou difusa, provocando no campo do instrumento um excesso de luminosidade que irá ter um efeito direto no contraste e portanto na nitidez. Outro fator é observar vênus muito baixo sobre o horizonte por causa da refração atmosférica, poluentes, PL, aerossóis e outros que comprometem as imagens mesmo com poucos aumentos. É apenas uma questão de observar vênus em outra posição, ou seja, ao saber onde ele está aparecendo sobre o horizonte (desde que esteja suficientemente afastado do sol), "marque" a posição onde ele fica mais visível ou brilhante no céu. No outro dia tente encontra-lo numa posição mais acima do horizonte antes do entardecer com o céu de fundo ainda azul, durante o dia mesmo. Nessas condições, se não houverem turbulências na atmosfera vênus poderá ser observado tranquilamente com 180x (ou até mesmo 225x) através de um refrator de 90mm F/10. As interferências atmosféricas com ele alto no céu e durante o dia serão menores, e consequentemente teremos imagens de melhor qualidade.
O mesmo se aplica à observação de mercúrio.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Idade : 62
Refrator 127mm F/5.5
Boa noite a todos.
Disponho de um refrator da Toya com 127mm de abertura f/5.5 http://www.astrobrasil.com/ecommerce_site/produto_116_4527_Telescopio-127mm-Toya-Skymaster-127F700-EQ-4-5-com-Motorizacao-Clock-Drive
porém diante da questão da razão focal curta, tenho questionado se vele a pena fazer observações planetárias com ele. Mesmo com o uso de filtros tais como o reforçador de contrates ou o Semi-Apo da Baader podem me ajudar a utilizar aumentos elevados na observação visual dos objetos do sistema solar e de estrelas duplas? A ampliação máxima recomendada pelo fabricante é de 252x e o aumento teórico ele é de 525x.
Disponho de um refrator da Toya com 127mm de abertura f/5.5 http://www.astrobrasil.com/ecommerce_site/produto_116_4527_Telescopio-127mm-Toya-Skymaster-127F700-EQ-4-5-com-Motorizacao-Clock-Drive
porém diante da questão da razão focal curta, tenho questionado se vele a pena fazer observações planetárias com ele. Mesmo com o uso de filtros tais como o reforçador de contrates ou o Semi-Apo da Baader podem me ajudar a utilizar aumentos elevados na observação visual dos objetos do sistema solar e de estrelas duplas? A ampliação máxima recomendada pelo fabricante é de 252x e o aumento teórico ele é de 525x.
starman- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
starman escreveu:1-Disponho de um refrator da Toya com 127mm de abertura f/5.5
2-porém diante da questão da razão focal curta, tenho questionado se vele a pena fazer observações planetárias com ele.
3-Mesmo com o uso de filtros tais como o reforçador de contrates ou o Semi-Apo da Baader podem me ajudar a utilizar aumentos elevados na observação visual dos objetos do sistema solar e de estrelas duplas?
4-A ampliação máxima recomendada pelo fabricante é de 252x e o aumento teórico ele é de 525x.
Boa noite starman,
1-Conheço esse refrator, já tive um em mãos, é um instrumento bacana e bem acabado numa montagem robusta e motorizada, mas nem precisava ter tido um para saber que pelo F curto ele é um instrumento de baixa potência, ou seja, deve ser utilizado com baixos aumentos e no máximo dentro do aumento normal dele (127x ou 1 x a abertura da objetiva em milímetros) na observação visual da lua e dos planetas com nitidez, e mesmo assim com algumas reservas necessitando da ajuda de filtros corretivos. Mas isso não significa que ele não seja um instrumento potente em determinadas áreas de observações, até mesmo imbatível no quesito céu profundo entre os telescópios refratores.
2-Por exemplo, com o meu refrator de 103mm F/15 eu obtenho imagens de jupiter que são uma belíssima miniatura com uma ocular Huygens de 12.5mm (126x), podendo acompanhar facilmente o trânsito da GMV diante do disco do planeta, e mais faixas além das equatoriais e não raro nessas alguns detalhes tais como as DOS-Manchas ovais escuras, trânsitos e ocultações de suas luas. Esse seu refrator Toya de 127mm com uma ocular de 6mm (116x) ou melhor ainda com uma ocular Meade Série 5000 de 5.5mm (127x), te mostrará também com certeza uma bela miniatura de jupiter com vários detalhes. E quanto a saturno, para vc ter uma idéia com o meu Maksutov-Casseigran de 90mm F/14 e 125x de aumentos eu vejo tranquilamente a divisão de cassini, a faixa polar norte e a zona polar escurecida além de 4 ou 5 luas, e sendo então o que dizer do seu refrator de 127mm de abertura com 127x de aumentos?
3-Como eu disse antes por causa do F curto ele é um instrumento potente quando utilizado com baixos aumentos. Não adianta insistir além do máximo valor visual prático dele que é até ao coeficiente 1.5x ou 190x, mas sinceramente duvido que ele aguente 190x sem uma perda sensível de contraste, a não ser que um filtro Semi-Apo ou um Contrast Booster da Baader amenizem o excesso de luminosidade ou o espectro secundário causado pelo F muito curto.
4-A ampliação máxima teórica dele é de 127mm x 2.5 = 317.5x e não 525x como diz o fabricante, e o valor recomendado é o coeficiente 2x, ou seja, 127mm x 2 = 254x mas na prática infelizmente será muito difícil para não dizer impossível alcançar essa cifra de aumentos sem deteriorar as imagens. O ideal nele é operar com 127x no máximo, mas não será pouco por causa da grande quantidade de detalhes oferecidos pela resolução de uma grande objetiva como a do seu refrator de 5 polegadas, claro, se corretamente utilizada de modo a preservar ao máximo o contraste e a nitidez nas imagens, reduzindo o excesso de luminosidade na observação dos objetos do sistema solar sem forçar nos aumentos.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Re: Tira dúvidas.
Bruno escreveu:
a)é um instrumento de baixa potência, ou seja, deve ser utilizado com baixos aumentos e no máximo dentro do aumento normal dele (127x ou 1 x a abertura da objetiva em milímetros)
um instrumento potente em determinadas áreas de observações, até mesmo imbatível no quesito céu profundo entre os telescópios refratores.
b)E quanto a saturno, o que dizer do seu refrator de 127mm de abertura com 127x de aumentos?
Como eu disse antes por causa do F curto ele é um instrumento potente quando utilizado com baixos aumentos.
c)Não adianta insistir além do máximo valor visual prático dele que é até ao coeficiente 1.5x ou 190x, mas sinceramente duvido que ele aguente 190x sem uma perda sensível de contraste, a não ser que um filtro Semi-Apo ou um Contrast Booster da Baader amenizem o excesso de luminosidade ou o espectro secundário causado pelo F muito curto.
d)O ideal nele é operar com 127x no máximo, mas não será pouco por causa da grande quantidade de detalhes oferecidos pela resolução de uma grande objetiva como a do seu refrator de 5 polegadas, claro, se corretamente utilizada de modo a preservar ao máximo o contraste e a nitidez nas imagens, reduzindo o excesso de luminosidade na observação dos objetos do sistema solar sem forçar nos aumentos.
Bom dia Bruno.
Bem, eu enumerei da seguinte forma as minhas impressões:
a)correto, com uma ocular de 6mm a imagem de Saturno mostrou-se afiada em seu contorno, sem nenhum borrão por causa de excessos de luminosidade. Utilizei também uma Barlow 2x rosqueada numa ocular de 8mm proporcionando 131x e pude perceber pela primeira vez com nitidez a divisão de Cassini.
E utilizando uma ocular de 40mm e 17x as imagens dos campo estelares próximos à Via-Láctea mais ao Sul se mostraram fabulosas. Realmente como você disse é na observação do céu profundo que reside a verdadeira potência de um telescópio com grande abertura e um f curto.
b)perfeito.
c)por sorte um amigo meu possui um um Semi-Apo by Baader e pude testá-lo e consegui imagens satisfatórias com 140x e até aceitáveis com 175x, mas além disso nada mais podia ser distinguido com muita perda de nitidez.
d)sem dúvida, com 127x além da divisão de Cassini observei sem dificuldade a faixa Equatorial em Saturno.
Foram muito úteis as suas dicas, muito obrigado. E pensar que quase deixei de observar com esse telescópio só porque tem o f curto. É só saber como contornar isso.
starman- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
Exato starman, ele será um instrumento para ser utilizado com baixa potência ou poucos aumentos, para assim alcançar a sua potência máxima em termos de resolução e nitidez nas imagens visuais.starman escreveu:é na observação do céu profundo que reside a verdadeira potência de um telescópio com grande abertura e um f curto.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Idade : 62
SEM BARLOW
starman escreveu:
Bom dia Bruno.
Bem, eu enumerei da seguinte forma as minhas impressões:
a)correto, com uma ocular de 6mm a imagem de Saturno mostrou-se afiada em seu contorno, sem nenhum borrão por causa de excessos de luminosidade. Utilizei também uma Barlow 2x rosqueada numa ocular de 8mm proporcionando 131x e pude perceber pela primeira vez com nitidez a divisão de Cassini.
.[/i]
Veja se consegue 131x sem barlow, apenas com uma ocular curta.
Re: Tira dúvidas.
Bom dia ajc.ajc escreveu:
Veja se consegue 131x sem barlow, apenas com uma ocular curta.
Não tenho como conseguir 131x porque precisaria de uma ocular de 5.5mm, mas como disponho de uma com 10mm ao associar ela com a Barlow 2x obtive 139x e ficou excelente. Obrigado pela sugestão.
starman- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 28/01/2013
Re: Tira dúvidas.
Bom dia ajc.
Com certeza, se com a ocular de 10mm mais a Barlow 2x (que na verdade é mais um elemento entre a objetiva e a ocular) a imagem ficou boa, com uma de 5mm ficará ainda melhor. O problema vai ser eu conseguir uma ocular de 5mm pois as Kokusais pararam de serem fabricadas em Kyoto.
Com certeza, se com a ocular de 10mm mais a Barlow 2x (que na verdade é mais um elemento entre a objetiva e a ocular) a imagem ficou boa, com uma de 5mm ficará ainda melhor. O problema vai ser eu conseguir uma ocular de 5mm pois as Kokusais pararam de serem fabricadas em Kyoto.
starman- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 28/01/2013
Ocular 5mm.
´starman escreveu:O problema vai ser eu conseguir uma ocular de 5mm pois as Kokusais pararam de serem fabricadas em Kyoto.
Olá starman, no momento você tem duas boas opções de oculares com 5mm de dist. focal e que podem ser adquiridas no Site Tellecópio:
http://tellescopio.com.br/telescopios-acessorios/oculares/ocular-omegon-planetaria-serie-le-5mm-1,25
e
http://tellescopio.com.br/telescopios-acessorios/oculares/ocular-omegon-flatfield-ed-5mm-1,25
http://tellescopio.com.br/telescopios-acessorios/oculares/ocular-omegon-planetaria-serie-le-5mm-1,25
e
http://tellescopio.com.br/telescopios-acessorios/oculares/ocular-omegon-flatfield-ed-5mm-1,25
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: Tira dúvidas.
Oi pessoal,
estou voltando a esse tópico para tirar uma dúvida :
já que o aumento máximo teórico de um telescópio refletor de 203mm F 6 é de 507x,
na prática existe algum meio ou macete para eu conseguir com ele atingir esse aumento na observação visual
dos planetas e da lua ?
abs
estou voltando a esse tópico para tirar uma dúvida :
já que o aumento máximo teórico de um telescópio refletor de 203mm F 6 é de 507x,
na prática existe algum meio ou macete para eu conseguir com ele atingir esse aumento na observação visual
dos planetas e da lua ?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
M.couto escreveu:o aumento máximo teórico de um telescópio refletor de 203mm F 6 é de 507x,
na prática existe algum meio ou macete para eu conseguir com ele atingir esse aumento na observação visual
dos planetas e da lua ?
Olá M.couto, infelizmente não há nenhum macete para um refletor ou qualquer outro telescópio com um F curto, apresentar imagens visuais lunares e planetárias com nitidez e qualidade usando aumentos elevados. Se o observador utilizar o aumento máximo teórico desse 203mm (507x), por causa do brilho excessivo provocado pela curta distância focal e grande abertura as imagens vão perder o contraste. Essa é uma regra intransponível pois os telescópios rápidos (de F curto) são propícios para a astrofotografia e a observação visual do céu profundo com poucos aumentos. Um instrumento com um F curto é um instrumento de baixa potência, e para a observação visual planetária e lunar ele não vai apresentar imagens visuais nítidas com aumentos elevados, e na maioria das vezes nem mesmo com o seu aumento normal que no caso de um espelho com 203mm seria de 203x. Mas na prática no máximo será possível atingir visualmente de 100x a 150x antes das imagens começarem a perder a nitidez. Um refletor de 203mm será ideal para a observação visual lunar e planetária se possuir um F de 9 a 10, de preferência esse ultimo, ou seja, 203mm x 10 = 2030mm de distância focal. Na prática o coeficiente máximo de aumentos para telescópios "rápidos" será no máximo compatível com o coeficiente 1x (aumento normal), e o coeficiente 0.5x será ainda melhor se o observador quiser explorar o poder de resolução de uma grande abertura como essa de 203mm. Eu poderia até sugerir diafragmar o telescópio para artificialmente aumentar o F, mas nunca será a mesma coisa do que se ele possuísse um F idealmente longo para esse fim.
BrunoModerador
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FOCO MUITO GRANDE
para um foco tão grande (mais de 2 metros) fico pensando se não seria melhor um SCT 8 pol ou um Maksutov?
Re: Tira dúvidas.
Exato ajc,
é aí que providencialmente entram os telescópios catadióptricos Schimidt-Casseigran e o Maksutov-Casseigran. Só que a regra nessa classe de telescópios quanto ao F não será como é aplicada em refletores newtonianos, sendo que eles seguem um padrão semelhante ao dos refratores, ou seja, um SC ou um MAK com um F10 será um instrumento com um F mediano, enquanto que num refletor newtoniano um F10 será considerado longo e os efeitos produzidos quanto ao contraste nas imagens seriam equiparados ao F15 nos refratores. Entretanto por não possuírem aberração cromática nem esférica, as imagens num catadióptrico que tenha um F5 por exemplo vão suportar aumentos mais elevados do que um refletor newtoniano que tenha o mesmo F5. E existem os Maksutovs que possuem o F15 favorecendo enormemente as observações visuais lunares e planetárias, possibilitando aumentos elevados atingindo o coeficiente máximo de aumentos com sucesso.
Brunoé aí que providencialmente entram os telescópios catadióptricos Schimidt-Casseigran e o Maksutov-Casseigran. Só que a regra nessa classe de telescópios quanto ao F não será como é aplicada em refletores newtonianos, sendo que eles seguem um padrão semelhante ao dos refratores, ou seja, um SC ou um MAK com um F10 será um instrumento com um F mediano, enquanto que num refletor newtoniano um F10 será considerado longo e os efeitos produzidos quanto ao contraste nas imagens seriam equiparados ao F15 nos refratores. Entretanto por não possuírem aberração cromática nem esférica, as imagens num catadióptrico que tenha um F5 por exemplo vão suportar aumentos mais elevados do que um refletor newtoniano que tenha o mesmo F5. E existem os Maksutovs que possuem o F15 favorecendo enormemente as observações visuais lunares e planetárias, possibilitando aumentos elevados atingindo o coeficiente máximo de aumentos com sucesso.
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Última edição por Bruno em Sex 18 Out 2013, 22:03, editado 1 vez(es)
Bruno- Moderador
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Re: Tira dúvidas.
ajc escreveu:para um foco tão grande (mais de 2 metros)?
Apesar de nos tempos atuais ser muito difícil ainda podemos encontrar telescópios refletores newtonianos com 203mm de abertura e 2030mm de distância focal (F10). Seguramente em condições normais e com uma atmosfera estável esse refletor alcança sem dificuldade 400x, e em condições excepcionais de seeing até 500x. É o refletor ideal para a observação visual lunar e planetária com aumentos elevados e imagens de alto contraste. Confiram então no link um raro exemplar dessa classe de newtonianos com espelhos de 8" F10: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-513947613-telescopio-newtoniano-8-pol-203mm-f-10-em-fibra-de-carbono-_JM
BrunoModerador
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Re: Tira dúvidas.
Oi Bruno,
num tubo com 2 metros de comprimento eu vou ter de usar uma escada pra chegar no porta ocular !!
Então esse é um famoso refletor Newtoniano f 10 em que o contraste nas imagens é perfeito mesmo com grandes aumentos ?
Ele é superior ao 203mm f 5 ou f 6 que encontramos atualmente ?
abs
num tubo com 2 metros de comprimento eu vou ter de usar uma escada pra chegar no porta ocular !!
Então esse é um famoso refletor Newtoniano f 10 em que o contraste nas imagens é perfeito mesmo com grandes aumentos ?
Ele é superior ao 203mm f 5 ou f 6 que encontramos atualmente ?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
M.couto escreveu:
1-num tubo com 2 metros de comprimento eu vou ter de usar uma escada pra chegar no porta ocular !!
2-Então esse é um famoso refletor Newtoniano f 10 em que o contraste nas imagens é perfeito mesmo com grandes aumentos ?
3-Ele é superior ao 203mm f 5 ou f 6 que encontramos atualmente ?
Olá M.couto,
1-Correto, uma pequena escada ou uns dois a três degraus improvisados serão necessários quando as observações se aproximarem do zênite, com o porta ocular ficando a cerca de dois metros de altura do solo.
2-Eu não afirmo 100% de contraste perfeito mas o contraste e a luminosidade equilibrados de forma satisfatória, e ainda com a vantagem de um espelho não apresentar aberração cromática, entretanto ele não escapa da aberração esférica que é inerente a todos os espelhos parabólicos de grandes dimensões, mas existem recursos como os corretores de coma para quem for perfeccionista. Observar a lua e os planetas utilizando aumentos elevados num refletor de 203mm de abertura F10 não será um problema, sempre procurando respeitar o coeficiente máximo teórico de aumentos que é de 2.5 x o diâmetro do espelho em milímetros. Entretanto acredito que em raríssimas noites de seeing excepcional esse coeficiente será extrapolado por alguns momentos.
3-São instrumentos que operam de formas distintas. Durante uma observação visual lunar e planetária um refletor newtoniano de 203mm com o F3 a F5 vai funcionar como um instrumento de baixa potência, porque ele atinge a sua máxima "performance" quando utilizado com poucos aumentos por causa do excesso de luminosidade proporcionado por uma distância focal curta, e sempre vai operar com segurança perto do coeficiente máximo de aumentos 0.5 vezes o diâmetro do espelho em milímetros, ou seja, 203mm x 0.5 = 101x de aumentos.
Na observação visual com um 203mm F6 a F8 (considerados de potência média), será recomendado no máximo um aumento próximo do coeficiente 1.0 vez o diâmetro do espelho em milímetros, ou seja, 203 x 1 = 203x.
Já a observação visual lunar e planetária realizada com um newtoniano de 203mm F10, por causa da distância focal longa o excesso de luminosidade estará sob controle, e com isso o contraste ficará evidenciado propiciando assim o uso de aumentos elevados, da ordem de 2.0 a 2.5 x o diâmetro do espelho em mm, ou seja, em condições normais será 203 x 2 = 406x e em noites com um seeing excepcional 203 x 2.5 = 507x de aumentos. É isso o que faz dele um refletor newtoniano diferenciado.
1-Correto, uma pequena escada ou uns dois a três degraus improvisados serão necessários quando as observações se aproximarem do zênite, com o porta ocular ficando a cerca de dois metros de altura do solo.
2-Eu não afirmo 100% de contraste perfeito mas o contraste e a luminosidade equilibrados de forma satisfatória, e ainda com a vantagem de um espelho não apresentar aberração cromática, entretanto ele não escapa da aberração esférica que é inerente a todos os espelhos parabólicos de grandes dimensões, mas existem recursos como os corretores de coma para quem for perfeccionista. Observar a lua e os planetas utilizando aumentos elevados num refletor de 203mm de abertura F10 não será um problema, sempre procurando respeitar o coeficiente máximo teórico de aumentos que é de 2.5 x o diâmetro do espelho em milímetros. Entretanto acredito que em raríssimas noites de seeing excepcional esse coeficiente será extrapolado por alguns momentos.
3-São instrumentos que operam de formas distintas. Durante uma observação visual lunar e planetária um refletor newtoniano de 203mm com o F3 a F5 vai funcionar como um instrumento de baixa potência, porque ele atinge a sua máxima "performance" quando utilizado com poucos aumentos por causa do excesso de luminosidade proporcionado por uma distância focal curta, e sempre vai operar com segurança perto do coeficiente máximo de aumentos 0.5 vezes o diâmetro do espelho em milímetros, ou seja, 203mm x 0.5 = 101x de aumentos.
Na observação visual com um 203mm F6 a F8 (considerados de potência média), será recomendado no máximo um aumento próximo do coeficiente 1.0 vez o diâmetro do espelho em milímetros, ou seja, 203 x 1 = 203x.
Já a observação visual lunar e planetária realizada com um newtoniano de 203mm F10, por causa da distância focal longa o excesso de luminosidade estará sob controle, e com isso o contraste ficará evidenciado propiciando assim o uso de aumentos elevados, da ordem de 2.0 a 2.5 x o diâmetro do espelho em mm, ou seja, em condições normais será 203 x 2 = 406x e em noites com um seeing excepcional 203 x 2.5 = 507x de aumentos. É isso o que faz dele um refletor newtoniano diferenciado.
Bruno
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Re: Tira dúvidas.
Oi pessoal mais uma dúvida aqui,
estava lendo um post sobre distância focal x abertura x ampliação x pupila de saída e li que
a menor pupila de saída fica em torno de meio milímetro, seja qual for o diâmetro do instrumento.
Então menos que 0.4mm a imagem vai ficar muito escura mas nem tanto com planetas ?
E vai haver perda de definição pelo limitação do aumento máximo da objetiva ?
A montagem dobsoniana inviabiliza aumentos elevados ?
abs
estava lendo um post sobre distância focal x abertura x ampliação x pupila de saída e li que
a menor pupila de saída fica em torno de meio milímetro, seja qual for o diâmetro do instrumento.
Então menos que 0.4mm a imagem vai ficar muito escura mas nem tanto com planetas ?
E vai haver perda de definição pelo limitação do aumento máximo da objetiva ?
A montagem dobsoniana inviabiliza aumentos elevados ?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
M.couto escreveu:
1-a menor pupila de saída fica em torno de meio milímetro, seja qual for o diâmetro do instrumento.
2-Então menos que 0.4mm a imagem vai ficar muito escura mas nem tanto com planetas ?
3-E vai haver perda de definição pelo limitação do aumento máximo da objetiva ?
4-a montagem dobsoniana inviabiliza aumentos elevados ?
Olá M.couto,
1-Na verdade será em pouco menos de 0.5mm. Por exemplo, vamos considerar um espelho com 200mm de diâmetro. A capacidade máxima teórica de aumentos com esse espelho é de 200 x 2.5 = 500x, então a pupila de saída será: 200mm / 500 = 0.4mm. Ou ainda, se numa objetiva de 70mm vai ser 70 x 2.5 = 175x, então a pupila de saída também será: 70 / 175 = 0.4mm. Uma abertura de 1000mm será 1000 x 2.5 = 2500x, portanto 1000 / 2500 = 0.4mm, portanto não importa o tamanho da abertura do telescópio, a relação da pupila de saída com a capacidade máxima teórica de aumentos será sempre de 0.4mm.
2-Sim, por isso um aumento máximo teórico de um instrumento mesmo com um F compatível raramente vai suportar um aumento além do coeficiente máximo, salvo em condições de seeing excepcionais mas que são extremamente raras. Por exemplo, nos dois últimos anos creio ter tido apenas 3 noites de seeing excepcionais. E é correto afirmar que ultrapassar o aumento máximo teórico traz junto um escurecimento das imagens, e no caso da lua quantos dos planetas vai também depender do seeing.
3-Essa ideia tem sido difundida no meio astronômico mas não corresponde aos fatos, porque o que causa primeiro a perda de definição numa imagem telescópica é a distância focal curta, porque nunca o aumento máximo teórico será alcançado com essas razões focais pequenas como por exemplo numa abertura de 80mm F5 (d/f de 400mm). Um telescópio de 80mm F15 (distância focal longa de 1200mm) tem o aumento máximo de 200x, enquanto que para uma outra objetiva de 80mm F5 (distância focal curta de 400mm) o aumento máximo alcançado sem perda de definição será cerca de 80x no máximo. Muito antes de alcançar o coeficiente 2.5 a objetiva de 80mm (ou qualquer outra) que tiver uma distância focal curta, sofrerá uma perda de definição nas imagens que será cada vez mais significativa quanto menor for o F.
4-Se for por causa de alguma eventual trepidação em excesso pode até ser, mas de novo o que inviabiliza aumentos elevados é uma distância focal curta. Um aumento máximo é uma característica única para cada instrumento, por exemplo, o aumento máximo teórico de uma objetiva de 70mm F15 será de 175x, e isso não significa pouca coisa em termos de contraste nas imagens se comparado às 225x que são atingidas com uma de 90mm também F15, porque ambas as objetivas utilizando esses aumento estarão no limite. Será inútil querer observar com um refrator de 70mm mesmo sendo F15 usando 225x. Como 175x é o aumento máximo de um 70mm com essa cifra ele vai estar usando a sua potência máxima, e por causa da sua distância focal longa o contraste nas suas imagens sofrerão o mesmo efeito como se fosse observado com uma objetiva de 90mm também com uma distância focal longa. Além dos diâmetros das objetivas a única coisa que muda entre um telescópio de 70mm e outro de 90mm com o mesmo F será a resolução, ou a capacidade de se observar mais detalhes porque isso estará sempre reservado ao instrumento que tiver a maior abertura.
Bruno1-Na verdade será em pouco menos de 0.5mm. Por exemplo, vamos considerar um espelho com 200mm de diâmetro. A capacidade máxima teórica de aumentos com esse espelho é de 200 x 2.5 = 500x, então a pupila de saída será: 200mm / 500 = 0.4mm. Ou ainda, se numa objetiva de 70mm vai ser 70 x 2.5 = 175x, então a pupila de saída também será: 70 / 175 = 0.4mm. Uma abertura de 1000mm será 1000 x 2.5 = 2500x, portanto 1000 / 2500 = 0.4mm, portanto não importa o tamanho da abertura do telescópio, a relação da pupila de saída com a capacidade máxima teórica de aumentos será sempre de 0.4mm.
2-Sim, por isso um aumento máximo teórico de um instrumento mesmo com um F compatível raramente vai suportar um aumento além do coeficiente máximo, salvo em condições de seeing excepcionais mas que são extremamente raras. Por exemplo, nos dois últimos anos creio ter tido apenas 3 noites de seeing excepcionais. E é correto afirmar que ultrapassar o aumento máximo teórico traz junto um escurecimento das imagens, e no caso da lua quantos dos planetas vai também depender do seeing.
3-Essa ideia tem sido difundida no meio astronômico mas não corresponde aos fatos, porque o que causa primeiro a perda de definição numa imagem telescópica é a distância focal curta, porque nunca o aumento máximo teórico será alcançado com essas razões focais pequenas como por exemplo numa abertura de 80mm F5 (d/f de 400mm). Um telescópio de 80mm F15 (distância focal longa de 1200mm) tem o aumento máximo de 200x, enquanto que para uma outra objetiva de 80mm F5 (distância focal curta de 400mm) o aumento máximo alcançado sem perda de definição será cerca de 80x no máximo. Muito antes de alcançar o coeficiente 2.5 a objetiva de 80mm (ou qualquer outra) que tiver uma distância focal curta, sofrerá uma perda de definição nas imagens que será cada vez mais significativa quanto menor for o F.
4-Se for por causa de alguma eventual trepidação em excesso pode até ser, mas de novo o que inviabiliza aumentos elevados é uma distância focal curta. Um aumento máximo é uma característica única para cada instrumento, por exemplo, o aumento máximo teórico de uma objetiva de 70mm F15 será de 175x, e isso não significa pouca coisa em termos de contraste nas imagens se comparado às 225x que são atingidas com uma de 90mm também F15, porque ambas as objetivas utilizando esses aumento estarão no limite. Será inútil querer observar com um refrator de 70mm mesmo sendo F15 usando 225x. Como 175x é o aumento máximo de um 70mm com essa cifra ele vai estar usando a sua potência máxima, e por causa da sua distância focal longa o contraste nas suas imagens sofrerão o mesmo efeito como se fosse observado com uma objetiva de 90mm também com uma distância focal longa. Além dos diâmetros das objetivas a única coisa que muda entre um telescópio de 70mm e outro de 90mm com o mesmo F será a resolução, ou a capacidade de se observar mais detalhes porque isso estará sempre reservado ao instrumento que tiver a maior abertura.
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Bruno- Moderador
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Re: Tira dúvidas.
Oi Bruno e pessoal,
eu li em outro fórum que para a observação planetária "É OBRIGATÓRIO O USO DE BARLOWS" em telescópios de curta distancia focal
como por exemplo um f/5,
e que independentemente da abertura um f/5 não proporciona grandes aumentos com o uso de oculares,
e portanto a imagem final do planeta será sempre pequena.
Eu também li que o uso de barlows depende muito da qualidade do céu,
pois se ela permite transformar um f/5 em f/10 ou f/15,
aumentando a sua capacidade de aumento,
e que este aumento também aumenta as informações de refração atmosférica e assim o planeta ou superfícies ficam "dançando".
Isso procede ?
abs
eu li em outro fórum que para a observação planetária "É OBRIGATÓRIO O USO DE BARLOWS" em telescópios de curta distancia focal
como por exemplo um f/5,
e que independentemente da abertura um f/5 não proporciona grandes aumentos com o uso de oculares,
e portanto a imagem final do planeta será sempre pequena.
Eu também li que o uso de barlows depende muito da qualidade do céu,
pois se ela permite transformar um f/5 em f/10 ou f/15,
aumentando a sua capacidade de aumento,
e que este aumento também aumenta as informações de refração atmosférica e assim o planeta ou superfícies ficam "dançando".
Isso procede ?
abs
M.couto- Astronomo Amador
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Re: Tira dúvidas.
Olá M.couto.M.couto escreveu:1- li em outro fórum que para a observação planetária "É OBRIGATÓRIO O USO DE BARLOWS" em telescópios de curta distancia focal
como por exemplo um f/5,
2- e que independentemente da abertura um f/5 não proporciona grandes aumentos com o uso de oculares,
e portanto a imagem final do planeta será sempre pequena.
3- Eu também li que o uso de barlows depende muito da qualidade do céu,
pois se ela permite transformar um f/5 em f/10 ou f/15,
aumentando a sua capacidade de aumento,
4- e que este aumento também aumenta as informações de refração atmosférica e assim o planeta ou superfícies ficam "dançando".
Isso procede ?
1- Nem sempre porque um elemento a mais entre a ocular e a objetiva ou espelho com F curto, pode aumentar ainda mais as distorções. Barlows de qualidade são bem vindas mas não obrigatórias.
2- Também não porque você pode pegar um instrumento com apenas 400mm de distância focal e utilizar uma ocular de 4mm + Barlow 2x e alcançar 200x, portanto você consegue obter uma ampliação elevada. O que não vai ter garantia será na qualidade final das imagens que ao invés de aparecerem pequenas, ao contrário vão aparecerem maiores mas com o risco de apresentarem pouca ou nenhuma nitidez (baixo contraste).
3- O uso de qualquer lente depende da qualidade do céu e a Barlow não é uma exceção, e ela não transforma um instrumento F5 em F10 ou F15 porque o seu uso apenas aumenta a distância focal. Um telescópio F5 para alcançar um F10 ou F15 tem de ser diafragmado na abertura, porque é assim que "mexemos" na razão focal de um instrumento mas às custas dele perder resolução, luminosidade e potência porque ao diafragmar estaremos reduzindo a abertura.
4- Todo aumento elevado amplia também distorções atmosféricas. Para você ter uma ideia, ao utilizar uma ampliação de 100x, o astro observado se moverá 100x mais rápido no campo do telescópio. Com 200x será 200x mais rápido e assim sucessivamente. E quem ficará "dançando" será a imagem e não o planeta ou a superfície dele.
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Bruno- Moderador
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