Júpiter oposição 2016.
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Franklin Reno
Jonas J
CiceroS
ajc
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Júpiter oposição 2016.
Astrocolegas, estando de férias nesse início de ano volto a observar Júpiter nessa oposição em 2016. Foi uma observação mais demorada (50 minutos) e criteriosa pois é a primeira de uma série e, a partir dessa observação, serão feitas outras, comparando os valores estimados de albedo e largura dos cinturões. Normalmente, Júpiter não necessita de mais de 15 minutos para esse tipo de trabalho.
Iniciou-se a observação com 89x para ver no geral: a SEB e a NEB estavam bem destacadas do restante, como de costume, com Io bem próximo ao disco do planeta. Com 178x a Região Polar Sul (SPR) se mostrou pouco mais escura que a norte (NPR). Não foi possível identificar a STB. A região mais ao sul da NPR estava com muita turbulência prejudicando a identificação da NTB e adjacências.
A dimensão das regiões NEB+EZ+SEB, na direção Norte-Sul, era de 34% do total, conforme dados abaixo:
SPR, 25%; STZ+STB+STROPZ, 8%; SEB, 10%; EZ, 14%; NEB, 10%; NTROPZ+NTB+NTZ, 3%; e NPR, 30%.
SEB e NEB estavam com larguras semelhantes porém as muitas turbulência na NEB, com várias ovais escuras, davam a impressão de ser mais espalhada em alguns trechos e mais estreita em outros.
Na estimativa de Albedo temos:
NEB e SEB com 0,8 (0 = + escuro; 1 = + claro); SPR com 0,4 e NPR com 0,3; Demais regiões com 0,0;
Não foi identificada a GMV. Os 4 satélites principais estavam visíveis não tendo ocultações nem projeção de suas sombras sobre o planeta durante o período de observação.
Dados gerais da observação em 06/01/2016:
Início: 06:00 hs UT; altura do objeto observado = 57 graus; CM2 = 336,4 (fonte Win Jupos);
Término: 06:50 hs (UT); altura do objeto observado = 64 graus; CM2 = 6,7 (fonte Win Jupos);
Diâmetro Eq. de Júpiter = 39,4” (fonte Win Jupos).
Distância de Júpiter: 4,97 UA (fonte Sun, Moon and Planets).
Abertura do equipamento utilizado: 102mm, F/7, com 178x.
Download da versão mais atual do Win Jupos (10.2.2) em:
http://www.grischa-hahn.homepage.t-online.de/winjupos_download.htm
Iniciou-se a observação com 89x para ver no geral: a SEB e a NEB estavam bem destacadas do restante, como de costume, com Io bem próximo ao disco do planeta. Com 178x a Região Polar Sul (SPR) se mostrou pouco mais escura que a norte (NPR). Não foi possível identificar a STB. A região mais ao sul da NPR estava com muita turbulência prejudicando a identificação da NTB e adjacências.
A dimensão das regiões NEB+EZ+SEB, na direção Norte-Sul, era de 34% do total, conforme dados abaixo:
SPR, 25%; STZ+STB+STROPZ, 8%; SEB, 10%; EZ, 14%; NEB, 10%; NTROPZ+NTB+NTZ, 3%; e NPR, 30%.
SEB e NEB estavam com larguras semelhantes porém as muitas turbulência na NEB, com várias ovais escuras, davam a impressão de ser mais espalhada em alguns trechos e mais estreita em outros.
Na estimativa de Albedo temos:
NEB e SEB com 0,8 (0 = + escuro; 1 = + claro); SPR com 0,4 e NPR com 0,3; Demais regiões com 0,0;
Não foi identificada a GMV. Os 4 satélites principais estavam visíveis não tendo ocultações nem projeção de suas sombras sobre o planeta durante o período de observação.
Dados gerais da observação em 06/01/2016:
Início: 06:00 hs UT; altura do objeto observado = 57 graus; CM2 = 336,4 (fonte Win Jupos);
Término: 06:50 hs (UT); altura do objeto observado = 64 graus; CM2 = 6,7 (fonte Win Jupos);
Diâmetro Eq. de Júpiter = 39,4” (fonte Win Jupos).
Distância de Júpiter: 4,97 UA (fonte Sun, Moon and Planets).
Abertura do equipamento utilizado: 102mm, F/7, com 178x.
Download da versão mais atual do Win Jupos (10.2.2) em:
http://www.grischa-hahn.homepage.t-online.de/winjupos_download.htm
Em quadrantes
A ideia seria dividir Jupiter em 4 grandes areas; os quadrantes. Cada um teria 90 graus. Com CM2 entre 20 e 70 seria o primeiro quadrante (de 0 a 90 graus), seguindo-se;
com CM2 entre 110 e 160 (de 90 a 180 graus), o segundo quadrante;
com CM2 entre 200 e 250 (de 180 a 270 graus), o terceiro quadrante;
e CM2 entre 290 e 340 graus (de 270 a 360 graus), o quarto quadrante;
E ao final uma tabela com os dados referentes a cada quadrante seria montada, comparando os dados entre si, para cada regiao.
A analise da GMV seria uma outra atividade independente dessa proposta acima. Seria interessante marcar o ponto em que a GMV inicia seu transito pelo meridiano central (MC) do planeta, quando ela passa seu centro pelo meridiano e quando sai integralmente dele. Com esses dados teriamos a longitude da GMV e sua extensao.
Ou seja, de olho no gigante!
com CM2 entre 110 e 160 (de 90 a 180 graus), o segundo quadrante;
com CM2 entre 200 e 250 (de 180 a 270 graus), o terceiro quadrante;
e CM2 entre 290 e 340 graus (de 270 a 360 graus), o quarto quadrante;
E ao final uma tabela com os dados referentes a cada quadrante seria montada, comparando os dados entre si, para cada regiao.
A analise da GMV seria uma outra atividade independente dessa proposta acima. Seria interessante marcar o ponto em que a GMV inicia seu transito pelo meridiano central (MC) do planeta, quando ela passa seu centro pelo meridiano e quando sai integralmente dele. Com esses dados teriamos a longitude da GMV e sua extensao.
Ou seja, de olho no gigante!
Última edição por ajc em Qui 07 Jan 2016, 12:18, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : tinha erro de digitacao)
Re: Júpiter oposição 2016.
Olá ajc, muito oportuno esse tópico para a temporada de jupiter em 2016, ainda mais sendo hoje o dia em que no ano de 1610 Galileu observou pela primeira vez 3 das 4 maiores luas que orbitam o planeta (Europa, Ganímedes e Calixto). Já fiz nessa oposição algumas observações com boas imagens utilizando um refrator 80mm F15 (96x a 200x mas as melhores foram com 120x), e outro refrator acromático de 76.2mm F16.4 com ampliações entre 100x e 208x (as melhores foram com 138x), mas mesmo assim elas foram na maioria das vezes algo inconclusivas.
Observei apenas um trânsito da GMV (deu apara ver que o formato oval dela está melhor definido contra a STrZ), mas foi por pouco tempo por que logo ela sumiu pelo limbo oeste, e as faixas temperadas me escaparam de vista na maioria das vezes.
O gigante gasoso ainda está um pouco longe mas em breve quando ele estiver nascendo por volta das 21hs, com certeza o seu diâmetro mais dilatado proporcionará interessantes observações de detalhes mesmo em aberturas reduzidas.
Aqui onde estou um pouco mais ao norte de Minas Gerais, a próxima madrugada promete uma atmosfera calma (no momento apenas alguns cúmulos de bom tempo), então vou fazer mais uma tentativa de colocar aqui o meu primeiro relato dessa oposição, aproveitando também para utilizar nas notas descritivas as estimativas de albedo, e os quadrantes para que qualquer detalhe seja registrado e localizado com maior precisão.
Observei apenas um trânsito da GMV (deu apara ver que o formato oval dela está melhor definido contra a STrZ), mas foi por pouco tempo por que logo ela sumiu pelo limbo oeste, e as faixas temperadas me escaparam de vista na maioria das vezes.
O gigante gasoso ainda está um pouco longe mas em breve quando ele estiver nascendo por volta das 21hs, com certeza o seu diâmetro mais dilatado proporcionará interessantes observações de detalhes mesmo em aberturas reduzidas.
Aqui onde estou um pouco mais ao norte de Minas Gerais, a próxima madrugada promete uma atmosfera calma (no momento apenas alguns cúmulos de bom tempo), então vou fazer mais uma tentativa de colocar aqui o meu primeiro relato dessa oposição, aproveitando também para utilizar nas notas descritivas as estimativas de albedo, e os quadrantes para que qualquer detalhe seja registrado e localizado com maior precisão.
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
Não foi dessa vez ajc, a atmosfera estava limpa e estável até por volta das 03:00hs, mas deu névoa seca + difração atmosférica = luz desviada na atmosfera e imagens escurecidas. A difração atmosférica quando não escurece desviando os raios (espalhamento), ela provoca distorções coloridas quando a luz atravessa essas partículas em suspensão. Essa interação partícula-atmosfera chega a parecer uma verdadeira malha de difração porém assimétrica.Bruno escreveu:a próxima madrugada promete uma atmosfera calma (no momento apenas alguns cúmulos de bom tempo), então vou fazer mais uma tentativa de colocar aqui o meu primeiro relato dessa oposição.
Interessante que quando tem bruma seca formada por condensação de vapor d'água (nevoeiro), em muitos casos ainda dá para observar e às vezes até melhora a observação da lua e dos planetas suavizando o brilho das imagens, porém o vapor em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes torna infrutífera qualquer seção de observação.
Um fato estranho é que quando a névoa seca coincide com a observação de marte, o contraste melhora nas áreas claras (desertos). Talvez seja um efeito devido ao fato de que a luz solar refletida por esse mundo não é polarizada.
Bruno
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sem teto
Por aqui também não deu teto apesar de ser possível ver as estrelas. Estava meio embaçado.
Ao invés de pensar em uma janela observacional de apenas 50 graus acho que podemos ampliar para 60 graus. Então ficaria assim:
1o quadrante - CM2 de 15 a 75 graus (referente a 0 e 90 graus);
2o quadrante - CM2 de 105 a 165 graus (referente a 90 e 180 graus);
3o quadrante - CM2 de 195 a 255 graus (referente a 180 e 270 graus);
4o quadrante - CM2 de 285 a 345 graus (referente a 270 e 360 graus);
Uma janela maior pode tornar mais acessível a observação. A distância mínima entre uma observação e outra, por quadrante, seria de 30 graus (50 minutos) e cada quadrante teria uma janela de 100 minutos. Acho que fica interessante.
Então para essa madrugada do dia 11, por exemplo, teremos uma janela para o 4o quadrante, de 01:43hs às 03:23hs (hora local). E depois às 04:13hs até às 05:53hs (hora local).
A ideia não é engessar a observação mas tornar comparável os dados noite após noite. Da forma como eu estava fazendo antes as comparações de regiões diferentes não faziam sentido. Em determinados setores as faixas sumiam e reapareciam em outros lugares. Se faz importante então comparar os cinturões em um mesmo lugar, com longitudes semelhantes. Se dividíssemos em 8 regiões de 45 graus teríamos algo muito fragmentado pois quando observamos Júpiter temos 180 graus de visão, considerando os limbos leste e oeste. Acho que 60 graus de janela deve ser o suficiente para diagnosticar o que acontece com cada faixa, em cada quadrante.
Essa tabela acima seria apenas para identificação dos cinturões e seus albedos.Para a GMV o estudo pode ser individualizado, independente do CM2.
Ao invés de pensar em uma janela observacional de apenas 50 graus acho que podemos ampliar para 60 graus. Então ficaria assim:
1o quadrante - CM2 de 15 a 75 graus (referente a 0 e 90 graus);
2o quadrante - CM2 de 105 a 165 graus (referente a 90 e 180 graus);
3o quadrante - CM2 de 195 a 255 graus (referente a 180 e 270 graus);
4o quadrante - CM2 de 285 a 345 graus (referente a 270 e 360 graus);
Uma janela maior pode tornar mais acessível a observação. A distância mínima entre uma observação e outra, por quadrante, seria de 30 graus (50 minutos) e cada quadrante teria uma janela de 100 minutos. Acho que fica interessante.
Então para essa madrugada do dia 11, por exemplo, teremos uma janela para o 4o quadrante, de 01:43hs às 03:23hs (hora local). E depois às 04:13hs até às 05:53hs (hora local).
A ideia não é engessar a observação mas tornar comparável os dados noite após noite. Da forma como eu estava fazendo antes as comparações de regiões diferentes não faziam sentido. Em determinados setores as faixas sumiam e reapareciam em outros lugares. Se faz importante então comparar os cinturões em um mesmo lugar, com longitudes semelhantes. Se dividíssemos em 8 regiões de 45 graus teríamos algo muito fragmentado pois quando observamos Júpiter temos 180 graus de visão, considerando os limbos leste e oeste. Acho que 60 graus de janela deve ser o suficiente para diagnosticar o que acontece com cada faixa, em cada quadrante.
Essa tabela acima seria apenas para identificação dos cinturões e seus albedos.Para a GMV o estudo pode ser individualizado, independente do CM2.
corrigindo
ajc escreveu:
Na estimativa de Albedo temos:
NEB e SEB com 0,8 (0 = + claro; 1 = + escuro); SPR com 0,4 e NPR com 0,3; Demais regiões com 0,0;
Corrigindo:
0= + escuro (não reflete luz)
1 = + claro (reflete máximo de luz)
Tinha ficado ao contrário.
Re: Júpiter oposição 2016.
Tranquilo ajc, já fiz a correção lá e nos mantenha informados dos seus resultados.
Bruno
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Melhor época
Analisando a tabela abaixo, sugiro que a melhor época para observar esse gigante gasoso seria entre 28/01 e 17/04, com diâmetro aparente acima de 42 segundos de arco, vejam:
Fonte: Cartes du Ciel
São quase três meses de janela observacional!
Fonte: Cartes du Ciel
São quase três meses de janela observacional!
Re: Júpiter oposição 2016.
Simulando no CalSKY é interessante notar que em 08 de março marte estará apresentando uma forma gibosa.
Bruno
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posição da GMV
Pelas imagens obtidas no site da ALPO:
http://alpo-j.asahikawa-med.ac.jp/kk16/j160109r.htm
constata-se a GMV em CM2 = 239 graus, terceiro quadrante. Nessa madrugada de 17/01 ela estará visível, passando pelo meridiano central (CM2) às 07:20 hs UT, ou seja, com o dia amanhecendo (05:20 hs horário de Brasília). Ela passa por esse ponto, apenas uma vez por noite, a cada 10 horas.
O programa WIN JUPOS está atualizado com a posição da GMV.
http://alpo-j.asahikawa-med.ac.jp/kk16/j160109r.htm
constata-se a GMV em CM2 = 239 graus, terceiro quadrante. Nessa madrugada de 17/01 ela estará visível, passando pelo meridiano central (CM2) às 07:20 hs UT, ou seja, com o dia amanhecendo (05:20 hs horário de Brasília). Ela passa por esse ponto, apenas uma vez por noite, a cada 10 horas.
O programa WIN JUPOS está atualizado com a posição da GMV.
Re: Júpiter oposição 2016.
Certo, e durante as fases de máxima aproximação a GMV poderá ser vista até duas vezes num período de apenas 24hs, ou logo ao anoitecer e novamente antes do amanhecer.ajc escreveu:GMV em CM2 passa por esse ponto, apenas uma vez por noite, a cada 10 horas.
Bruno
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posição da GMV
Segue abaixo a variação da posição da GMV nos ultimos dois anos:
Ela está, agora em 2016, na posição CM2=239 graus.
Ela está, agora em 2016, na posição CM2=239 graus.
Nessa madrugada
Nessa madrugada pôde-se ver a GMV as 03:15 hs UT com um refletor, começando com 71,4x e indo a 178x. A SEB estava embaixo e a GMV estava indo para a direita conforme nos informou um participante do PLANTAO. Relatos mais detalhados dessa observação poderão aparecer aqui mais pra frente.
A próxima aparição da GMV será dia 20 às 02:52hs, horário de Brasília. Interessante montar os equipamentos antes e começar a observação às 02:30hs para acompanhar a passagem da GMV no Meridiano Central (CM2).
Soprem as nuvens e fiquem a postos!
A próxima aparição da GMV será dia 20 às 02:52hs, horário de Brasília. Interessante montar os equipamentos antes e começar a observação às 02:30hs para acompanhar a passagem da GMV no Meridiano Central (CM2).
Soprem as nuvens e fiquem a postos!
Re: Júpiter oposição 2016.
Observação de Jupiter.
Data: 05/02/2016.
Hora: início 04:15hs UT 06:15 - término 06:15 UT 08:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático Tasco 80mm F15 EQ.
Acompanhamento manual.
Oculares: Huygens padrão 0.965" - 6mm (200x), 8mm (150x), 10mm (120x), 12.5mm (96x).
Diagonal prismática 0.965".
Condições atmosféricas: 29 °C, vento NE a 13 km/h, URA em 42%.
Seeing: Estimado entre 8 e 9 na escala Pickering.
Com uma excelente transparência atmosférica e ótimas condições de estabilidade, dei início à primeira observação de jupiter nessa oposição de 2016. Com o planeta já tendo cruzado o meridiano celeste, de imediato visualizei as duas zonas polares sul SPZ e norte NPZ, as zonas temperadas sul STZ e norte NTZ, as zonas tropicais sul STrZ e norte NTrZ, a zona equatorial EZ, as faixas equatoriais sul SEB e norte NEB, e as faixas temperadas sul STB e norte NTB. Não foi possível visualizar a faixa equatorial EB.
A sudoeste da zona polar sul SPZ uma lua iniciava uma imersão por detrás do disco de jupiter, e pouco depois outra lua terminava o seu trânsito saindo pela faixa equatorial sul SEB no limbo oeste.
Às 04:30hs UT 06:30 uma perturbação foi notada na faixa eq. sul próxima ao limbo leste, denunciando a entrada no disco da Grande Mancha Vermelha GMV. Às 04:45hs UT 06:45 a GMV já podia ser visível no disco no 1º quadrante - CM2 de 15º a 75º, e antes de passar pelo meridiano central MC às 05:55hs UT 07:55, um alargamento na SEB era visível a leste e oeste da GMV com uma perturbação no interior dessa faixa, logo após a entrada no 2º quadrante - CM2 de 105º a 165º. Geralmente um turbilhão esbranquiçado é observado no interior dessa faixa (SEB) a oeste da GMV, onde está situada a Mancha Vermelha Junior - oval BA (não consegui visualizar essa mancha), mas foi possível observar uma proeminência na borda sul da SEB. Durante o trânsito pelo 2º quadrante parece ter havido na GMV uma variação na estimativa de albedo (de 0,3 a 0,4), mas pode ter sido ocasionada por turbulências devido ao declínio da altura de jupiter sobre o horizonte oeste (aprox. 40º). Não consegui visualizar as faixas temperadas norte do norte NNTB e sul do sul SSTB ainda, entretanto a faixa temperada sul STB apresentava uma falha desde o MC até ao limbo leste. Uma mancha oval escura DOS foi observada na borda sul da NEB após o MC no 2º quadrante - CM2 de 105º a 165º.
Estimativas de Albedo das faixas e zonas :
1,0 (para formações mais claras) a 0,0 (para formações mais escuras):
SPZ = 0,7
STZ = 0,8
STB = 0,5
STrZ = 0,8
SEB = 0,5
EZ = 0,8
NEB = 0,4
NTrZ = 0,8
NTB = 0,5
NTZ = 0,8
NPZ = 0,6
GMV = variando de 0,3 para 0,4 após trânsito pelo MC.
Data: 05/02/2016.
Hora: início 04:15hs UT 06:15 - término 06:15 UT 08:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático Tasco 80mm F15 EQ.
Acompanhamento manual.
Oculares: Huygens padrão 0.965" - 6mm (200x), 8mm (150x), 10mm (120x), 12.5mm (96x).
Diagonal prismática 0.965".
Condições atmosféricas: 29 °C, vento NE a 13 km/h, URA em 42%.
Seeing: Estimado entre 8 e 9 na escala Pickering.
Com uma excelente transparência atmosférica e ótimas condições de estabilidade, dei início à primeira observação de jupiter nessa oposição de 2016. Com o planeta já tendo cruzado o meridiano celeste, de imediato visualizei as duas zonas polares sul SPZ e norte NPZ, as zonas temperadas sul STZ e norte NTZ, as zonas tropicais sul STrZ e norte NTrZ, a zona equatorial EZ, as faixas equatoriais sul SEB e norte NEB, e as faixas temperadas sul STB e norte NTB. Não foi possível visualizar a faixa equatorial EB.
A sudoeste da zona polar sul SPZ uma lua iniciava uma imersão por detrás do disco de jupiter, e pouco depois outra lua terminava o seu trânsito saindo pela faixa equatorial sul SEB no limbo oeste.
Às 04:30hs UT 06:30 uma perturbação foi notada na faixa eq. sul próxima ao limbo leste, denunciando a entrada no disco da Grande Mancha Vermelha GMV. Às 04:45hs UT 06:45 a GMV já podia ser visível no disco no 1º quadrante - CM2 de 15º a 75º, e antes de passar pelo meridiano central MC às 05:55hs UT 07:55, um alargamento na SEB era visível a leste e oeste da GMV com uma perturbação no interior dessa faixa, logo após a entrada no 2º quadrante - CM2 de 105º a 165º. Geralmente um turbilhão esbranquiçado é observado no interior dessa faixa (SEB) a oeste da GMV, onde está situada a Mancha Vermelha Junior - oval BA (não consegui visualizar essa mancha), mas foi possível observar uma proeminência na borda sul da SEB. Durante o trânsito pelo 2º quadrante parece ter havido na GMV uma variação na estimativa de albedo (de 0,3 a 0,4), mas pode ter sido ocasionada por turbulências devido ao declínio da altura de jupiter sobre o horizonte oeste (aprox. 40º). Não consegui visualizar as faixas temperadas norte do norte NNTB e sul do sul SSTB ainda, entretanto a faixa temperada sul STB apresentava uma falha desde o MC até ao limbo leste. Uma mancha oval escura DOS foi observada na borda sul da NEB após o MC no 2º quadrante - CM2 de 105º a 165º.
Estimativas de Albedo das faixas e zonas :
1,0 (para formações mais claras) a 0,0 (para formações mais escuras):
SPZ = 0,7
STZ = 0,8
STB = 0,5
STrZ = 0,8
SEB = 0,5
EZ = 0,8
NEB = 0,4
NTrZ = 0,8
NTB = 0,5
NTZ = 0,8
NPZ = 0,6
GMV = variando de 0,3 para 0,4 após trânsito pelo MC.
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
Observação de Jupiter.
Alvos: Grande Mancha Vermelha (GMV) e a mancha junior (oval-BA).
Data: 08 e 09/02/2016.
Hora: (horário de verão) início 23:00hs UT 01:00 - término 02:15 UT 04:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático objetiva Jaegers 103mm (4.1/8") F/D15.4 EQ3-2.
Acompanhamento manual.
Oculares: Plossl 10mm (157x) e Vixen NPL 8mm (197x).
Retículo para determinar o horário dos trânsitos.
Filtros: #82A-azul claro GSO, #82A-azul claro Tella Optics e #82A-azul claro Hirsch.
Condições atmosféricas: céu limpo - temperatura 28ºC - umidade 52% - pressão atm. 922 hPa - vento: SE/NO 08km/h
Seeing: Esc. Pickering estimado em 8 no início e 9 no final.
Alvos: Grande Mancha Vermelha (GMV) e a mancha junior (oval-BA).
Data: 08 e 09/02/2016.
Hora: (horário de verão) início 23:00hs UT 01:00 - término 02:15 UT 04:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático objetiva Jaegers 103mm (4.1/8") F/D15.4 EQ3-2.
Acompanhamento manual.
Oculares: Plossl 10mm (157x) e Vixen NPL 8mm (197x).
Retículo para determinar o horário dos trânsitos.
Filtros: #82A-azul claro GSO, #82A-azul claro Tella Optics e #82A-azul claro Hirsch.
Condições atmosféricas: céu limpo - temperatura 28ºC - umidade 52% - pressão atm. 922 hPa - vento: SE/NO 08km/h
Seeing: Esc. Pickering estimado em 8 no início e 9 no final.
Apesar do trânsito pelo meridiano central MC por volta das 23:15 jupiter ainda se encontrava demasiado baixo sobre o horizonte nordeste, então tive de esperar para encontrar os alvos um pouco mais tarde quando o planeta estivesse mais alto, melhorando assim a visibilidade no segundo quadrante do disco para CM2 +- 130º. Por volta das 23:45h UT 01:45 a refração e as turbulências atmosféricas ao longe começaram a ficar intermitentes, e ao diminuir por completo, armado com 157x apontei o refrator para o gigante gasoso que se mostrou como uma bola achatada nos polos e flutuando no espaço, com uma coloração âmbar nas partes mais claras (zonas), e riscado por 5 ou 6 faixas (NNTB?) com uma coloração cinza grafite. Foram identificadas as faixas equatoriais sul e norte SEB e NEB respectivamente, a faixa temperada sul STB , a faixa temperada norte NTB e com dificuldade acredito ter visualizado ao norte da NTB a NNTB ou faixa temperada norte do norte, mas às vezes ela dava a impressão de ser a NTB que estava dividida ao meio. Não cheguei a uma resposta conclusiva sobre a NNTB, porém acredito ter entrevisto essa faixa próxima do extremo norte de jupiter, e por ser uma velha conhecida minha creio que a dificuldade se deu mais pela sua grande proximidade da borda sul da zona polar norte NPZ. As demais zonas tropicais sul e norte STrZ e NTrZ, zonas temperadas sul e norte STZ e NTZ estavam visíveis, e reparei em pequenos "rasgos" ou riscos escuros no centro da zona equatorial EZ, indicando a presença da faixa equatorial EB como uma sucessão de finos riscos em linha reta de leste a oeste no disco, separando no centro a EZ em duas partes.
Desviando o olhar vi que duas luas se encontravam a leste e duas a oeste. Pareciam pequeninas esferas e dava para perceber variações de tamanho e albedo entre elas. Voltando a minha atenção para os alvos (GMV e oval-BA) elevei o aparelho para 197x, e jupiter então se mostrou um mundo majestoso de aparência finamente recortada no disco, e levemente difuso no limbo o que dava mesmo um aspecto gasoso, diferente de observar a nossa lua ou algum planeta rochoso como marte. Com as faixas ainda com bom contraste mesmo com a ampliação mais elevada, de imediato visualizei nitidamente numa falha ou "baía" na SEB a Grande Mancha Vermelha GMV, de formato oval e com uma coloração mista ou algo como cinza e castanho misturados. A GMV estava "encaixada" entre a borda norte interna da zona tropical sul STrZ e a faixa equatorial sul SEB. Nessa parte da SEB formava-se nela uma falha arredondada ou "baía" na borda interna sul dessa faixa, e que era como se ela tivesse sido curvada ou empurrada para dentro dela mesma. No início do 2º quadrante e a leste dessa "baía" a SEB se "dividiu" ao meio, num trecho que correspondia a cerca de 2 a 3 vezes o comprimento longitudinal da GMV (80.000 a 120.000 km de extensão). Essa divisão estava como que sendo "empurrada" para o leste dentro da faixa devido à presença da GMV abaixo e um pouco a noroeste. Uma vez localizado o primeiro alvo (GMV), como esperado a nordeste da Grande Mancha e do MC estava lá na borda interna sul da SEB a mancha oval-BA (mancha junior), parecendo ter pouco mais de 1/3 do tamanho ou comprimento dessa última (faltou o micrômetro filar), mais escura e localizada mais para fora da parte interna da borda sul da SEB. Uma larga e afunilada falha esbranquiçada na SEB parecia dividir essa faixa ao meio num trecho dela. Ela estava nitidamente mais acentuada e curvada, principalmente quando contornava a oval-BA ao norte no 1º quadrante entre o limbo oeste e o MC. Essa falha esbranquiçada ou separação interna na SEB, por vezes parecia ser mais um turbilhão do que um "rasgo" ou uma separação dentro da faixa.
Já a faixa equatorial norte NEB apresentava ondulações nas suas bordas sul e norte, e além de ter sido possível localizar uma mancha oval escura DOS na borda sul no 1º quadrante próxima ao MC, a leste um "festão indefinido" semelhante às nossas nuvens cirrus descia da borda norte da EZ até à borda norte da faixa equatorial EB.
Voltando aos alvos mantive o refrator a 197x e a GMV com a mancha junior à leste dela foram visualizadas quase que de imediato, e desde quando eu comecei as discussões aqui no fórum em 2011 e após uma das faixas equatoriais de jupiter ter "sumido" em 2010, eu ainda não tinha visto a mancha junior ou oval-BA tão contrastada e com uma coloração que às vezes me parecia mais escura que a da GMV. Quase não dava para determinar uma variação na estimativa de albedo entre as duas manchas, tamanha a semelhança com a exceção da oval-BA mostrar variações à medida em que ela avançava em seu trânsito para o oeste no disco do planeta. A coloração dessa mancha junior oscilava entre se mostrar mais escura do que a GMV, outras vezes igual e também mais clara por alguns momentos. Como a mancha junior estava mais para dentro da SEB (a nordeste), a proximidade dela do limbo oeste a "colocava" com a GMV quase que de lado em relação à minha linha de visada. A coloração cinza grafite das faixas pode ter acentuado essa aparente variação de intensidade da cor na oval-BA, dando assim a falsa impressão daquelas variações observadas. E ela formou um interessante par com a GMV, parecendo dois pequenos olhos juntos com o da esquerda (a oval-BA) um pouco menor e achatado, dando uma engraçada impressão de um dos olhos estar piscando ou semi aberto.
Um dado é que com cerca da metade da espessura da GMV e com pouco mais de um terço do comprimento dela, a mancha junior se mostrou para mim mais visível desde 2010.
Aproveitei para experimentar 3 filtros azuis com maior transmitância por causa do F longo, e apesar da numeração ser idêntica neles cada um acentua as faixas e eventuais manchas de formas diferentes. Difícil dizer qual deles ficava melhor, mas notei que o #82A-azul claro da GSO mostrava as imagens de jupiter e de suas luas da maneira mais suave. O Tella Optcis também funcionou muito bem contrastando mais as faixas, e o Hirsch "puxava" a cor do disco de jupiter para uma suave e interessante cor azul turquesa.
Com jupiter já se aproximando do meridiano celeste e com os alvos (GMV e a mancha junior ou oval-BA) observados com sucesso, me concentrei nas perturbações e divisões internas e esbranquiçadas na faixa eq. sul SEB, mas não tive muito tempo para examiná-las já que se aproximavam rapidamente do limbo oeste por onde sumiriam de vista por detrás do globo. Como o seeing insistia em continuar praticamente perfeito me dediquei mais um tempo à localização da faixa temperada norte do norte NNTB, ao norte da NTB e que me levou a duas conclusões: ou ficou difícil de observar essa faixa por que ela estava muito próxima da borda sul da zona polar norte NPZ, ou então eu a confundi com uma divisão interna na NTB. Encerrei a sessão de observação deixando o estudo da NNTB para quando jupiter estiver ainda mais perto, e naturalmente com um diâmetro aparente maior.
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
Observação de Jupiter:
Alvos: GMV, oval-BA, falha ou divisão interna na SEB, posição da GMV e oval-BA no disco e a NNTB.
Data: 10/02/2016.
Hora: (horário de verão) início 04:30hs UT 06:300 - término 06:15 UT 08:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático objetiva Jaegers 103mm (4.1/8") F/D15.4 d/f 1.575mm EQ3-2.
Acompanhamento manual.
Oculares: Vixen NPL 8mm (197x), Planetária Omegom 9mm (175x), Plossl 10mm (157x) e WA SW 6mm (257x).
Filtros: #82A-azul claro GSO.
Condições atmosféricas: céu limpo - temperatura 28ºC - umidade 52% - pressão atm. 922 hPa - vento: SE/NO 08km/h
Seeing: Esc. Pickering estimado oscilando entre 9 (anéis de difração estáveis e concêntricos).
A minha persistência foi recompensada com uma noite de céu noturno forrado de estrelas, como poucas vezes havia visto aqui. Observando do alto de uma pequena colina elas quase não cintilavam, mais pareciam balançar lentamente na abóboda celeste. Conseguir ver a olho nu o saco de carvão no cruzeiro do sul foi o indicativo de que algo grandioso me esperava. Como quase sempre eu uso para observar jupiter no Jaegers 103mm F15.4 no máximo 105x com uma Plossl Séries 500 de 15mm, e 157x com outra Plossl de 10mm, e vez ou outra a atmosfera permitindo uso da Planetária de 9mm (175x) e a Vixen NPL 8mm (197x), mas assim mesmo com algumas reservas entretanto nessa madrugada tive uma grande surpresa.
A estabilidade e a transparência atmosférica me surpreenderam ao alcançarem níveis raríssimos de calmaria, e por curiosidade ou por não ter nada a perder, armado com a ocular WA de 6mm elevei o aparelho para 262x quando para meu espanto o velho Jaegers "falou fogo", e pude ver com sucesso todos os alvos pré-determinados com grande nitidez. Mesmo a ampliação de 262x estourando o limite resolutivo o aumento foi +- compatível com a abertura de 103mm (D x 2.5 = 258x). Na verdade apesar dessa objetiva possuir vidros com 103mm de diâmetro, descontando o anel de fixação deles na célula a abertura livre desce para cerca de 101mm de vidro livre, então 101 x 2.5 = 253x. Uma regra que não deve ser desprezada é que em se tratando de abertura, a perda ou o ganho de alguns milímetros pode significar uma cifra importante, por que verdadeiramente há um salto de qualidade para cada polegada de abertura aumentada. Já o F dependendo do comprimento ele apenas determina a qualidade com que uma imagem será mostrada na ocular do aparelho, se com um bom ou mau equilíbrio entre brilho e contraste quando a ampliação for elevada aos limites resolutivos.
Voltando à observação de jupiter com apenas a ocular de 15mm e 105x, embora relativamente pequena a imagem dele, ela era finamente recortada por faixas ou listras de cor cinza grafite, mais e menos escuras quanto mais próximas elas estavam do equador de jupiter. A cor âmbar do disco terminava suavemente e de forma quase difusa no limbo, sem dispersar no espaço qualquer brilho no céu de fundo que permaneceu negro. Jupiter brilhava tanto que se eu fechasse os olhos, ele ainda continuava a brilhar na minha retina como um disco brilhante e latejante.
Mesmo o F dele sendo aberto a 15.4 às vezes eu utilizo filtros visuais coloridos, e que tenham uma maior transmissão de luz para não escurecerem uma imagem já escurecida naturalmente pela longa distância focal. No meu outro acromático de 76,2mm F16.4 o foco se encontra a uma distância "mortalmente longa" para o cromatismo, fazendo com que o aparelho se comporte como um apocromático.
Na observação de jupiter o uso do filtro #82A-azul claro GSO ajudou no estudo das faixas, das manchas GMV e oval-BA, nos contornos das 4 maiores luas Galileanas e visualização da "fenda" na SEB a nordeste das duas manchas. Detalhes mais sutis ainda continuavam visíveis com 262x de aumentos, como o turbulento e esbranquiçado "turbilhão" visível no interior da faixa equatorial sul SEB, ao norte da GMV e da oval-BA parecendo um rasgo ou uma falha nessa faixa (o equivalente a 1/3 do seu comprimento diante do disco), e finalmente descobri duas manchas ovais escuras DOS "escondidas" entre as irregularidades na borda sul da faixa eq. norte NEB.
Quanto à NNTB ainda não consegui visualizá-la com exatidão.
O maior destaque ficou para a observação "frente a frente" com a mancha junior e a GMV, no exato momento em que estavam separadas de forma equidistante do MC de jupiter, com a primeira a oeste e a oval-BA a leste do meridiano central MC.
Outra curiosidade é que uma lua antes da sua imersão por detrás do disco para realizar uma ocultação, ela foi se apagando até sumir ainda longe do limbo oeste. Com certeza ela entrou no cone de sombra de jupiter no espaço, provocado pela iluminação da luz solar que chegava ao planeta vinda do leste.
Alvos: GMV, oval-BA, falha ou divisão interna na SEB, posição da GMV e oval-BA no disco e a NNTB.
Data: 10/02/2016.
Hora: (horário de verão) início 04:30hs UT 06:300 - término 06:15 UT 08:15.
Localização: 19° 42' 03" S 43° 57' 18" O
Instrumento: Refrator acromático objetiva Jaegers 103mm (4.1/8") F/D15.4 d/f 1.575mm EQ3-2.
Acompanhamento manual.
Oculares: Vixen NPL 8mm (197x), Planetária Omegom 9mm (175x), Plossl 10mm (157x) e WA SW 6mm (257x).
Filtros: #82A-azul claro GSO.
Condições atmosféricas: céu limpo - temperatura 28ºC - umidade 52% - pressão atm. 922 hPa - vento: SE/NO 08km/h
Seeing: Esc. Pickering estimado oscilando entre 9 (anéis de difração estáveis e concêntricos).
A minha persistência foi recompensada com uma noite de céu noturno forrado de estrelas, como poucas vezes havia visto aqui. Observando do alto de uma pequena colina elas quase não cintilavam, mais pareciam balançar lentamente na abóboda celeste. Conseguir ver a olho nu o saco de carvão no cruzeiro do sul foi o indicativo de que algo grandioso me esperava. Como quase sempre eu uso para observar jupiter no Jaegers 103mm F15.4 no máximo 105x com uma Plossl Séries 500 de 15mm, e 157x com outra Plossl de 10mm, e vez ou outra a atmosfera permitindo uso da Planetária de 9mm (175x) e a Vixen NPL 8mm (197x), mas assim mesmo com algumas reservas entretanto nessa madrugada tive uma grande surpresa.
A estabilidade e a transparência atmosférica me surpreenderam ao alcançarem níveis raríssimos de calmaria, e por curiosidade ou por não ter nada a perder, armado com a ocular WA de 6mm elevei o aparelho para 262x quando para meu espanto o velho Jaegers "falou fogo", e pude ver com sucesso todos os alvos pré-determinados com grande nitidez. Mesmo a ampliação de 262x estourando o limite resolutivo o aumento foi +- compatível com a abertura de 103mm (D x 2.5 = 258x). Na verdade apesar dessa objetiva possuir vidros com 103mm de diâmetro, descontando o anel de fixação deles na célula a abertura livre desce para cerca de 101mm de vidro livre, então 101 x 2.5 = 253x. Uma regra que não deve ser desprezada é que em se tratando de abertura, a perda ou o ganho de alguns milímetros pode significar uma cifra importante, por que verdadeiramente há um salto de qualidade para cada polegada de abertura aumentada. Já o F dependendo do comprimento ele apenas determina a qualidade com que uma imagem será mostrada na ocular do aparelho, se com um bom ou mau equilíbrio entre brilho e contraste quando a ampliação for elevada aos limites resolutivos.
Voltando à observação de jupiter com apenas a ocular de 15mm e 105x, embora relativamente pequena a imagem dele, ela era finamente recortada por faixas ou listras de cor cinza grafite, mais e menos escuras quanto mais próximas elas estavam do equador de jupiter. A cor âmbar do disco terminava suavemente e de forma quase difusa no limbo, sem dispersar no espaço qualquer brilho no céu de fundo que permaneceu negro. Jupiter brilhava tanto que se eu fechasse os olhos, ele ainda continuava a brilhar na minha retina como um disco brilhante e latejante.
Mesmo o F dele sendo aberto a 15.4 às vezes eu utilizo filtros visuais coloridos, e que tenham uma maior transmissão de luz para não escurecerem uma imagem já escurecida naturalmente pela longa distância focal. No meu outro acromático de 76,2mm F16.4 o foco se encontra a uma distância "mortalmente longa" para o cromatismo, fazendo com que o aparelho se comporte como um apocromático.
Na observação de jupiter o uso do filtro #82A-azul claro GSO ajudou no estudo das faixas, das manchas GMV e oval-BA, nos contornos das 4 maiores luas Galileanas e visualização da "fenda" na SEB a nordeste das duas manchas. Detalhes mais sutis ainda continuavam visíveis com 262x de aumentos, como o turbulento e esbranquiçado "turbilhão" visível no interior da faixa equatorial sul SEB, ao norte da GMV e da oval-BA parecendo um rasgo ou uma falha nessa faixa (o equivalente a 1/3 do seu comprimento diante do disco), e finalmente descobri duas manchas ovais escuras DOS "escondidas" entre as irregularidades na borda sul da faixa eq. norte NEB.
Quanto à NNTB ainda não consegui visualizá-la com exatidão.
O maior destaque ficou para a observação "frente a frente" com a mancha junior e a GMV, no exato momento em que estavam separadas de forma equidistante do MC de jupiter, com a primeira a oeste e a oval-BA a leste do meridiano central MC.
Outra curiosidade é que uma lua antes da sua imersão por detrás do disco para realizar uma ocultação, ela foi se apagando até sumir ainda longe do limbo oeste. Com certeza ela entrou no cone de sombra de jupiter no espaço, provocado pela iluminação da luz solar que chegava ao planeta vinda do leste.
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
Após uns dias seguidos de observação ao final da madrugada, hoje nada de Júpiter pra mim. E já que nessa semana você o teve sob mira com ótimos detalhes, deixa eu tirar uma dúvida com você, Bruno.
Tendo uma nitidez do planeta de mediana pra ruim, devido ao seeing e ao equipamento (afora a inexperiência e o olho destreinado), pelo contraste somente consigo distinguir as zonas equatoriais e algo dos polos de Júpiter, apenas isso, mesmo num aumento razoável (162,5x).
Acontece que ontem e anteontem, testando o polarizador variável, uma coisa me encafifou: comparando com os dias anteriores, as equatoriais me pareceram mais finas, e as regiões polares mais escurecidas.
Procede, Bruno? Essa diferença se fez de fato, ou é apenas impressão minha, causada pelo filtro e talvez outras variáveis?
Tendo uma nitidez do planeta de mediana pra ruim, devido ao seeing e ao equipamento (afora a inexperiência e o olho destreinado), pelo contraste somente consigo distinguir as zonas equatoriais e algo dos polos de Júpiter, apenas isso, mesmo num aumento razoável (162,5x).
Acontece que ontem e anteontem, testando o polarizador variável, uma coisa me encafifou: comparando com os dias anteriores, as equatoriais me pareceram mais finas, e as regiões polares mais escurecidas.
Procede, Bruno? Essa diferença se fez de fato, ou é apenas impressão minha, causada pelo filtro e talvez outras variáveis?
CiceroS- Astronomo Amador
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Re: Júpiter oposição 2016.
Olá CiceroS.CiceroS escreveu:1- Tendo uma nitidez do planeta de mediana pra ruim, devido ao seeing e ao equipamento (afora a inexperiência e o olho destreinado), pelo contraste somente consigo distinguir as zonas equatoriais e algo dos polos de Júpiter, apenas isso, mesmo num aumento razoável (162,5x).
2- Acontece que ontem e anteontem, testando o polarizador variável, uma coisa me encafifou: comparando com os dias anteriores, as equatoriais me pareceram mais finas, e as regiões polares mais escurecidas.
Procede, Bruno?
1- Diante de um seeing ou uma visão ruim não dá para se esperar muita coisa, e 162,5x pode não ser um aumento razoável. Quanto maior a ampliação mais os efeitos de um mau seeing serão amplificados. Espere por melhores noites com momentos de calmaria e estabilidade atmosférica para julgar as imagens, e descobrir de fato qual é o aumento razoável de jupiter para o seu refletor 130mm F5.
Se eu consegui usar 262x na observação de jupiter com um refrator de 103mm F15.4 mostrando as imagens ainda afiadas, foi mais por causa da atmosfera que se portou como uma típica noite de verão, aquelas quando depois de uma chuvarada ela fica descarregada e calma, além de lavada e límpida.
Você tem um refletor de 130mm F5 para observar jupiter, então experimente nele uma ampliação máxima mais próxima do aumento normal dele, ou D x 1=130mm x 1 = 130x. Uma opção seria a ocular de 10mm + uma boa barlow 2x ou 650mm / 10 = 65x + barlow 2x =130x, e repare no disco se o as faixas e as zonas se mostraram de maneira razoável, ou se os detalhes brilhavam o suficiente para não terem a nitidez ofuscada (bom contraste).
Com um bom seeing e ampliações próximas do aumento normal do aparelho ou D x 1, as faixas de jupiter aparecem mais escurecidas e as zonas mais claras.
Para mostrar visualizar melhor as características visíveis nas camadas superiores da atmosfera de jupiter, abaixo e no lado direito da ilustração vemos as principais faixas, e no lado esquerdo as zonas no disco de jupiter:
Faixa equatorial (EB), faixas equatoriais sul e norte (SEB e NEB), faixas temperadas sul e norte (STeB e NTeB), as faixas temperadas norte do norte e sul do sul (SSTeB e NNTeB).
Zona equatorial (EZ) zonas tropicais sul (STrZ) e norte (NTrZ), zonas temperadas sul (STeZ) e norte (NTeZ), as visualmente difíceis zonas temperadas norte do norte (NNTeZ) e sul do sul (SSTeZ) e finalmente as zonas polares sul e norte (SPZ e NPZ), que diferentemente das outras estas são mais escuras ou cinzentas.
A Grande Mancha Vermelha pode ser GMV ou GRS.
2- As faixas equatoriais apareceram mais finas por que as bordas delas ficaram menos difusas, ao diminuir com o uso do filtro o forte brilho do seu espelho de F curto. As zonas sendo cinzentas certamente ficaram mais escurecidas.
Mas se puder faça isso, não sei as condições de visibilidade aí onde você mora, mas como para a observação planetária basta encontrar um canto escuro, espere uma noite calma e transparente para observar jupiter com ele mais próximo do meridiano celeste, e testar a ampliação de 130x com a ocular de 10mm + barlow 2x com e sem o filtro polarizador. Se possível depois nos envie as suas conclusões, ok?
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
Olá ajc, a sua proposta de divisão do disco em quadrantes torna as observações mais precisas e consequentemente mais descritivas, e ainda assim já vi ser difundido no meio astronômico o conceito errôneo de que "as observações visuais planetárias são assuntos periféricos".ajc escreveu:primor de observação!
Localizar um planeta brilhando no céu e espiar ele pela ocular é uma forma de observar e contemplar o planeta. Ficar observando ele noite após noite é que acaba por mostrar que, o cenário que se desenrola no disco do planeta nem sempre é o mesmo de uma noite para outra ou mesmo no espaço de uns 30 minutos. Um observador visual planetário é capaz de descobrir fenômenos celestes inesperados, como o "desaparecimento" da faixa equatorial sul de jupiter em 2010, e que deixou o hemisfério sul do planeta praticamente vazio não fosse a GMV ainda continuar visível.
Outras vezes foi a GMV quem "desapareceu" enquanto a faixa equatorial sul continuava visível, inclusive o falecido e grande astrônomo brasileiro Ronaldo Mourão já viu esse fenômeno e deixou registrado no seu livro "Da terra às Galáxias".
Nenhum observatório profissional conseguiu prever esse e outros fenômenos, mas eles foram constatados por consequência das observações sistemáticas. Isso também mostra que os fenômenos meteorológicos na alta atmosfera de jupiter, comportam-se também de forma independente e imprevisível. Então encontrar os protagonistas desses fenômenos, reconhecê-los e tentar descobrir a forma pela qual atuam no disco do planeta, é tarefa para o observador visual planetário no sentido estrito da palavra. Se ele faz outros registros como astrodesenhos ou astrofotografias já é uma outra forma de observação do planeta. Isso aumenta a precisão dos detalhes relatados. Quando as observações são constantes dá para fazer como eu faço com a GMV: para saber quando ela estará visível no disco do planeta, como o dia em jupiter tem em média cerca de 09hs e 50 minutos, uma vez marcada a data e a hora de um trânsito da GMV pelo meridiano central, sei que a +- cada 09hs e 50minutos ela vai estar passando em algum lugar no disco do planeta. Assim também faço com outros detalhes observados, como as manchas ovais brancas ou escuras que aparecem de um dia para outro, ficando visíveis por alguns dias (as escuras ou DOS na borda sul da faixa equatorial norte, e as ovais brancas ou WOS sempre dentro da faixa equatorial sul).
Na observação de jupiter seja o aparelho uma lunetinha ou um pequeno refrator/refletor, sob boas condições atmosféricas com o passar do tempo ao longo de algumas noites de observação, a persistência movida pela curiosidade e o treino em observar naturalmente se desenvolve como uma visão mais apurada dos detalhes, e que quando eram observados sempre do mesmo jeito agora além de serem velhos conhecidos, vez ou outra começam a se mostrar com maior nitidez.
Quanto à essa oposição de 2016 mais relatórios ainda virão, pois jupiter ainda está rumando para mais uma nova grande aproximação.
Bruno
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Última edição por Bruno em Dom 14 Fev 2016, 20:46, editado 5 vez(es)
Bruno- Moderador
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Re: Júpiter oposição 2016.
Em São Paulo a madrugada de 10.fev também foi uma das melhores das que tive oportunidade de observar nos últimos meses.
Não sei se essa informação que vou colocar a seguir é de conhecimento trivial de todos, mas em relação a citação de ocultação da lua ainda distante do limbo de Júpiter, é possível simular no Stellarium. Basta colocar na data citada, em torno de 5h42 UTC.
Trata-se da lua Europa.
Percebi isso pois observei um pouco antes, em torno de 3h45 (horário de verão) e reparei uma lua, no caso, muito próxima ao limbo do planeta. Mas no caso não se trata do mesmo evento. O que observei, segundo o Stellarium, refere-se ao movimento da lua Ganimedes.
Não sei se essa informação que vou colocar a seguir é de conhecimento trivial de todos, mas em relação a citação de ocultação da lua ainda distante do limbo de Júpiter, é possível simular no Stellarium. Basta colocar na data citada, em torno de 5h42 UTC.
Trata-se da lua Europa.
Percebi isso pois observei um pouco antes, em torno de 3h45 (horário de verão) e reparei uma lua, no caso, muito próxima ao limbo do planeta. Mas no caso não se trata do mesmo evento. O que observei, segundo o Stellarium, refere-se ao movimento da lua Ganimedes.
Re: Júpiter oposição 2016.
Olá Jonas J.Jonas J escreveu:1- em relação a citação de ocultação da lua ainda distante do limbo de Júpiter, é possível simular no Stellarium. Basta colocar na data citada, em torno de 5h42 UTC.
Trata-se da lua Europa.
2- Percebi isso pois observei um pouco antes, em torno de 3h45 (horário de verão) e reparei uma lua, no caso, muito próxima ao limbo do planeta. Mas no caso não se trata do mesmo evento.
1- Obrigado pela confirmação, na hora não vi que era Europa mesmo por ser menor do que as outras (estava concentrado no disco do planeta), e me baseio quase sempre por anotações que faço, e realmente por estar orbitando mais próxima ela foi "engolida" pelo cone de sombra do globo de jupiter no espaço.
2- Me parece que foi um trânsito por que ao que parece essa lua se afastou do disco, e se confirmado isso creio então que foi Ganimedes quem tinha acabado de passar diante de jupiter.
Bruno
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Re: Júpiter oposição 2016.
E mais um fim de noite com Júpiter por detrás das nuvens, ou seja, mais uma vez sem Júpiter.
Pois é, certamente foi isso mesmo, Bruno, com o filtro deu-se esse ganho de definição nas bordas, aliado a um seeing um pouco além do ordinário aqui, como o Jonas falou, aliás. Imaginei que estivesse ocorrendo algo extraordinário com as zonas, como em 2010, e já que você tem observado sistematicamente o planeta, procurei confirmar, mas... Mas foi apenas minha imaginação...rs.
E de imediato não há o que fazer, continuarei algum tempo restrito à minha "janela", com um teto de 50 graus a noroeste. Em compensação... O bom é que a atmosfera das 5 da manhã costuma ser mais fresca e menos turbulenta, né?, e que a cada dia eu ganho mais um tempinho, devido à aproximação de Júpiter em relação a nós.
E quanto ao aumento ideal para esse meu newtoniano, que já discutimos antes... É que, sei lá... O fato é que eu não gosto dessa ocular 10mm padrão da Skywatcher, e nem muito da barlow da GSO, o 1.5x nela é a conta. Bom, se pintar uma boa alternativa no mercado de usados (sim, e um filtro #82A!), talvez a coisa fique mais confortável.
Ah, e por falar em conforto (posição do observador, em pé, sentado...), que há dias que penso nisso... Mas isso fica pra um outro post, já meio que programado.
Enfim, valeu, Bruno!
Bruno escreveu:2- As faixas equatoriais apareceram mais finas por que as bordas delas ficaram menos difusas, ao diminuir com o uso do filtro o forte brilho do seu espelho de F curto. As zonas sendo cinzentas certamente ficaram mais escurecidas.
Pois é, certamente foi isso mesmo, Bruno, com o filtro deu-se esse ganho de definição nas bordas, aliado a um seeing um pouco além do ordinário aqui, como o Jonas falou, aliás. Imaginei que estivesse ocorrendo algo extraordinário com as zonas, como em 2010, e já que você tem observado sistematicamente o planeta, procurei confirmar, mas... Mas foi apenas minha imaginação...rs.
E de imediato não há o que fazer, continuarei algum tempo restrito à minha "janela", com um teto de 50 graus a noroeste. Em compensação... O bom é que a atmosfera das 5 da manhã costuma ser mais fresca e menos turbulenta, né?, e que a cada dia eu ganho mais um tempinho, devido à aproximação de Júpiter em relação a nós.
E quanto ao aumento ideal para esse meu newtoniano, que já discutimos antes... É que, sei lá... O fato é que eu não gosto dessa ocular 10mm padrão da Skywatcher, e nem muito da barlow da GSO, o 1.5x nela é a conta. Bom, se pintar uma boa alternativa no mercado de usados (sim, e um filtro #82A!), talvez a coisa fique mais confortável.
Ah, e por falar em conforto (posição do observador, em pé, sentado...), que há dias que penso nisso... Mas isso fica pra um outro post, já meio que programado.
Enfim, valeu, Bruno!
CiceroS- Astronomo Amador
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Re: Júpiter oposição 2016.
O uso de um filtro visual colorido azul pode ser útil para reforçar o contraste nas faixas de jupiter, podendo valer para o seu F5 tanto o #82A-azul claro quanto o #80A-azul. Além disso eles não pe$am muito no bolso.CiceroS escreveu:E quanto ao aumento ideal para esse meu newtoniano, eu não gosto dessa ocular 10mm padrão da Skywatcher, e nem muito da barlow da GSO, o 1.5x nela é a conta. Bom, se pintar uma boa alternativa no mercado de usados (sim, e um filtro #82A!), talvez a coisa fique mais confortável.
Ou então no lugar da ocular de 10mm + barlow 2x = 130x, se não afetar o orçamento uma boa ocular de 5mm (Planetária ou ortoscópica) poderá ser útil para observar jupiter com o 130mm F5 e 130x de aumentos (650/5=130x).
A título de curiosidade segue abaixo uma ortoscópica Fujiyama de 5mm:
Onde encontrar: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-740089098-ocular-fujiyama-hdor-ortoscopica-5mm-nova-_JM
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Re: Júpiter oposição 2016.
Tentadora, Bruno, extremamente tentadora a oferta dessa ortoscópica. Acho que eu vi a mesma num dos mercados de usados do Face 15 reais mais barata, mas esse vendedor do ML é de Sampa, e a ocular é nova, então... Tentadora mesmo, ganha-se com a tradição de qualidade, ganha-se na conversão real/dólar:
http://agenaastro.com/kokusai-kohki-fujiyama-hd-orthoscopic-eyepiece-5mm.html
Aliás, não sabia, mas o Armazém do Telescópio anos atrás a comercializava, né?
http://armazemdotelescopio.com.br/loja/index.php/artigos/24-conteudo-astronomia-projetos/86-linhakokusai
http://agenaastro.com/kokusai-kohki-fujiyama-hd-orthoscopic-eyepiece-5mm.html
Aliás, não sabia, mas o Armazém do Telescópio anos atrás a comercializava, né?
http://armazemdotelescopio.com.br/loja/index.php/artigos/24-conteudo-astronomia-projetos/86-linhakokusai
CiceroS- Astronomo Amador
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