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Dando os primeiros passos na observação do céu.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Qua 17 Abr 2013, 00:01

Obrigado pelos esclarecimentos Bruno, realmente é uma fenda. Hoje por ela encontrar-se totalmente iluminada a impressão que dá, é que o relevo inverte, dando a impressão de altitude ao invés de profundidade.

Abraço.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Qua 17 Abr 2013, 22:30

Data: 17/04/2013
Hora inicial (UT): 23:00
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Série 500 4mm + Barlow GSO 2x + Filtro ND 25% - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 88%UR – leve névoa e vento de 9 km/h ESE – temp. 18.

Lunação de sete dias a Lua hoje entrando em sua fase quarto-crescente, encontra-se a aproximadamente 40ᵒ no ocaso, sua magnitude aparente é de –10.73, com aproximadamente 45 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. Em minha opinião, o dia de lunação com o mais bonito panorama do terminador. Iniciei a seção de observação com 35x de aumento + Filtro ND25% com a Lua toda no campo da ocular, além de uma bela visão, serve para realinhar a buscadora do setentinha. Como tinha a intenção inicial de observar Vallis Alpes, passei para 140x de aumento e devido à névoa que cobre o céu, achei por melhor retirar o filtro, pois a nebulosidade fez o efeito de atenuar o excesso de luminosidade. Um leve ajuste no foco e facilmente localizei o acidente. Com 140x Vallis Alpes apresenta-se como uma fenda negra que parte do Mare Frigoris em direção do Mare Imbrium, mas essa porção está na face noturna. Essa formação foi resultado de um antigo impacto que rasgou a superfície da Lua dividindo em dois os Montes Alpes, uma cadeia montanhosa que chega a 2.500 metros de altitude e se parece com uma ilha, dividindo o Mare Frigoris do Mare Imbrium. Ainda na mesma região, encontram-se os Montes Caucasos, que são a continuação da cadeia dos Apeninos. Os Caucasos da Lua são recortados por inúmeros vales. E ainda o Mons. Hadley, este abriga em suas proximidades a cratera Santos-Dumont, nome dado em homenagem ao brasileiro conhecido como “O pai da aviação”, mas infelizmente não consegui localiza-la. Nesse momento a neblina começa a se acentuar e o vento já não deixa mais a imagem firmar.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Bruno Qua 17 Abr 2013, 22:59

Durva escreveu: Em minha opinião, o dia de lunação com o mais bonito panorama do terminador.
Sem dúvida Durva, tive a mesma impressão hoje ao observar a lua com o Maksutov 90mm F/14 e 125x. Mesmo com essa cifra de aumentos pude visualizar sem dificuldades a luz cinérea. Muito interessante também o sistema de fendas próximas à Rima Hyginus. Realmente a lua hoje apresentou-se muito bela e com as imagens fortemente contrastadas.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Qua 17 Abr 2013, 23:08

Interessante parceiro, até ontem consegui registrar o fenômeno da Luz Cinéria, mas hoje a região era para mim, aqui no Paraná, totalmente escurecida. Nem mesmo o limbo oeste apresentava o efeito.
Pena que eu não tenha conseguido fazer nem uma imagem. Gostaria de ter registrado, tanto a região do Earthshine, quanto a região que observei. Mas acho que danifiquei o sensor da minha webcam.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Sex 19 Abr 2013, 00:25

Data: 18/04/2013
Hora inicial (UT): 23:00
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Série 500 4mm + Barlow GSO 2x + Filtro ND 25% - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 92%UR – leve névoa e vento de 6 km/h ESE – temp. 17ᵒ.

Lunação de oito dias a Lua hoje se encontra a aproximadamente 45ᵒ no ocaso, sua magnitude aparente é de –11.9, com aproximadamente 54 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. A uma distância aproximada de 394.600 km.
Começo a seção de observação com a intenção de observar novamente Vallis Alpes, hoje por inteiro, já que ontem não foi possível ver a ligação do Mare Frigoris com o Mare Imbrium, pois este encontrava-se sob a sombra da face noturna. Com 175x de aumento + Filtro ND 25% pude observar a passagem como o delta de um rio desaguando no Mare Imbrium. Nas proximidades temos a planície murada Plato, com 100 km de diâmetro. Hoje sua borda oeste encontrava-se exatamente sobre o terminador e iluminada pelo Sol ao mesmo tempo. O piso se apresenta totalmente escuro. Passei vários minutos observando a imponência da cadeia montanhosa dos Apenninus, situada a SO do Mare Imbrium possui inúmeros picos elevados: Ampere (3.000m), Huygens (5.500m) e Hadley (4.800m) são os mais importantes. Sua face SE está voltada para o Sol e totalmente iluminada. No lado NO parece haver uma ligação com os Montes Archimedes. Nessa região observei o Palus Putredinis e Sinus Lunicos, além das crateras Archimedes, Autolycus e Aristillus. Seguindo em direção ao Sul, mais alguns minutos observando as crateras Ptolemaeus, Alphonsus e Arzachel, uma das primeiras formações que tive a oportunidade de observar quando tinha em mãos apenas o binóculo 20x50. Em seguida parti para o lado SE do Mare Nubium, nessa região pude observar Rupes Recta, falha reta lunar, anteriormente conhecida como Muro Reto, seu comprimento é de 26 km com alturas de 240 a 300 metros e largura de 2,5 Km, localizada mais precisamente entre a cratera Birt e a cratera Thebit. Assim encerro a seção de observação da Lua hoje.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Sáb 20 Abr 2013, 23:40

Data: 20/04/2013
Hora inicial (UT): 23:30
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Série 500 4mm + Barlow GSO 2x + Filtro ND 25% - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 96%UR – leve névoa e vento de 10 km/h SE – temp. 12ᵒ.

Lunação de 10 dias a Lua hoje se encontra a aproximadamente 55ᵒ NO, sua magnitude aparente é de –11.67, com aproximadamente 74 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. A uma distância aproximada de 384.500 km.

A Lua hoje surgiu a leste por volta das 17:30 UT e pude acompanha-la no céu por boa parte da tarde. Mas foi quando os últimos raios solares se foram pelo horizonte oeste é que o belo contraste se revelou. Mostrando muitos pontos de interesse com apenas 70x de aumento. Sinus Iridium é o destaque do decimo dia de lunação. Passei para 140x e pude observar com mais detalhes Sinus Iridium ou Baia do Arco-íris. É para mim uma das mais belas paisagens lunares. Uma formação crateriforme com 260 km de diâmetro inundada pela lava basáltica no momento da formação do Mare Imbrium. Circundada pelos Montes Jura, suas pontas nordeste e sudoeste formam penínsulas denominadas Promontorium Heraclides e Promontorium Laplace respectivamente. Na margem norte do Sinus Iridium se encontra a cratera Bianchini com 38 km de diâmetro. Seu impacto nos Montes Jura ejetou material da montanha em direção ao piso da baia.
Hoje também pude observar com mais detalhe a cratera Copernicus com 93 km de diâmetro. Devido ao ângulo de incidência dos raios solares, hoje pude ver com clareza seus terraces ou curvas de nível, formados pelo desbarrancamento das paredes da cratera após sua formação a 1 milhão de anos. E ainda seus picos centrais com 900 metros de altura.
Outro acidente que gosto muito de observar é a cratera Clavius, com 245 km de diâmetro e 3,5 km de profundidade. É uma cratera antiga no quadrante sul da Lua e possui muitas crateras secundárias.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Dom 21 Abr 2013, 21:45

Data: 21/04/2013
Hora inicial (UT): 22:30
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Série 500 4mm + Barlow GSO 2x + Filtro ND 25% - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 94%UR – céu claro e vento de 6 km/h ESE – temp. 12ᵒ.

Lunação de 11 dias a Lua hoje se encontra a aproximadamente 53ᵒ NE, sua magnitude aparente é de –11.9, com aproximadamente 82 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. E a uma distância aproximada de 387.560 km.
Comecei a observação utilizando a ocular de 20mm + (barlow GSO (rosqueada diretamente no barril da ocular) 1.5x) + filtro ND25%, usando desse set consegui 52,5x de aumento num campo de 80ᵒ. Isso significa que a Lua estava totalmente aparente dentro do campo de visão. Com a ajuda do filtro ND25% foi possível observar alguns detalhes que eu nunca tinha percebido. A jovem cratera Tycho, hoje totalmente iluminada, não mostra muitos detalhes. Mas algo me chamou a atenção. Duas de suas raias, a primeira, parte da cratera em direção a noroeste e a outra, parte da cratera em direção oeste parecendo passar entre as crateras Wilhelm e Longomontanus. O ângulo de iluminação me faz perceber uma depressão em quase toda extensão da raia. Observei novamente com até 175x de aumento e lá estavam as raias formando sulcos bastante largos na superfície da Lua. Pesquisei, mas não descobri se esse efeito realmente existe ou é apenas ilusão de ótica. Se existe, deve ter sido formado pela ejeção de material da cratera no momento do impacto que a formou, a aproximadamente 100 milhões de anos.

Neste dia da lunação o terminador encontra-se sobre a borda oeste do Mare Humorum, que bem contrastado mostra detalhes de algumas crateras inundadas por lava basáltica como a Doppelmayer que se parece com uma bela baia. Com 140x de aumento e sempre utilizando o filtro ND25%, foi possível observar na margem sudeste do Mare Humorum algumas formações que julgo serem cristas de enrugamento.

Depois de observar Sinus Iridium atentamente com 140x de aumento. Voltei para os 52,5x para poder apreciar a beleza do globo lunar por inteiro.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Ter 23 Abr 2013, 00:34

Data: 22/04/2013
Hora inicial (UT): 22:30
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Série 500 4mm + Barlow GSO 2x + Filtro ND 25% - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 92%UR – céu claro e vento de 7 km/h ESE – temp. 14ᵒ.

Lunação de 12 dias a Lua hoje se encontra a aproximadamente 48ᵒ NE, sua magnitude aparente é de –12.09, com aproximadamente 89 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. E a uma distância aproximada de 373.884 km.
A lunação de hoje favorece a observação de algumas formações vulcânicas bem interessantes. Iniciei com 105 de aumento com o intuito de localizar duas delas, ambas próximas ao planalto Aristarchus. Para minha surpresa, de cara reconheci o Mons. Runker, complexo lunar de vários domos, com o diâmetro do conjunto de 55km. Interessante como sabendo de antemão se tratar de um antigo vulcão, pude reconhecê-lo de imediato mesmo este estando com apenas sua parede leste iluminada. Com 140x de aumento observei o que parece ser uma cratera em seu cume.
Depois localizei a cratera Marius, a oeste dela, encontramos o grande aglomerado de domos vulcânicos. Os domos são de aparência análoga a uma pequena cúpula convexa, em geral circular, com vários quilômetros de diâmetro, de altura reduzida e que possui um pequeno orifício central. Mesmo com 175x de aumento não foi possível observar os domos individualmente, mas pude observar bem a região e constatar que realmente são muitos domos. Segundo consta, mais de trezentos. Esses domos ejetaram muita lava no passado lunar. A mais de um bilhão de anos atrás.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Ter 07 maio 2013, 23:52

Data: 07/05/2013
Hora inicial (UT): 23:00
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 10mm e 20mm + Barlow GSO 2x + Filtro UHC - Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 53%UR – céu claro e vento de 9 km/h SSO – temp. 10ᵒ.

Hoje é uma noite especial para a observação dos objetos do céu profundo, já que a Lua encontra-se próxima a fase nova e se pôs há cerca de duas horas. Proporcionando uma noite com céu escuro. Aliado a isso, temos para o leste do Paraná, previsão de geada para essa madrugada, normalmente associada a céu limpo. Infelizmente o Jato Polar encontra-se sobre minha região o que prejudica a qualidade das imagens telescópicas. Percebi que essa interferência é maior na observação planetária, pois Saturno, apesar de por breves momentos mostrar todos os detalhes que o setentinha é capaz de apresentar, em outros pisca como uma discoteca no campo da ocular. Para acostumar meus olhos com a escuridão, reclinei a cadeira de praia e passei a viajar pela Via-Láctea, e a cada momento na escuridão mais e mais estrelas iam surgindo. Já com o setentinha comecei, com 35x de aumento, patrulhando a região desde Acrux no Cruzeiro do Sul, que pode ser resolvida até mesmo com o binóculo. Acrux ou Alpha Crucis é a estrela mais brilhante da constelação do Cruzeiro, encontra-se a 320 anos-luz da Terra e tem uma magnitude aparente de 0,77 e suas estrelas possuem classe espectral B1. Em seguida observei a Nebulosa Lambda Centauri, magnitude 4.50 e o aglomerado aberto NGC 3766 com magnitude 5.30. Nas proximidades encontra-se o magnífico aglomerado aberto NGC 3532 de magnitude 3.00 que preenche de estrelas todo o campo da ocular Vixen 20mm. Este objeto foi descoberto pelo astrônomo Nicolas Lacaille em 1751, usando um telescópio refrator com abertura de 0,5 polegadas. Ainda na mesma região pude apreciar a bela Nebulosa Eta Carinae, que segundo o astronomo paranaense Augusto Damineli, professor do IAG-USP, trata-se de uma estrela variável do tipo SDOR. Damineli observou pela primeira vez em junho de 1992 o apagão - a perda de luminosidade - em algumas faixas de radiação e concluiu no ano seguinte que o fenômeno deveria se repetir a cada cinco anos e meio. No final de 1997, quando o apagão se repetiu, atestando suas previsões, contou com o apoio de uns poucos físicos norte-americanos e brasileiros, mas só em 2003 é que conseguiu mesmo inverter o jogo.
No final de junho, pelo menos 50 astrofísicos do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina, com base nos resultados apurados por oito telescópios de superfície e cinco espaciais, confirmaram a brutal perda de brilho da Eta Carinae e fortaleceram o modelo que o pesquisador brasileiro havia formulado para explicar o apagão: situada a 7.500 anos-luz da Terra, o equivalente a 68 quatrilhões de quilômetros, a Eta Carinae não seria uma, mas duas estrelas - uma menor e mais quente, com temperatura de cerca de 30 mil graus, e outra três vezes maior, mais fria (15 mil graus) e pelo menos dez vezes mais brilhante. As duas vivem envoltas por ventos que colidem e geram temperaturas de 60 milhões de graus e por uma densa nuvem de gases e poeira - uma nebulosa - com uma extensão de 4 trilhões de quilômetros, equivalente a 400 vezes o diâmetro do sistema solar.
Com um raio equivalente à distância do Sol à Terra, essa estrela pode ser vista normalmente por meio de binóculos, à direita do Cruzeiro do Sul, embora o apagão só possa ser registrado com equipamentos mais refinados, por ocorrer em canais específicos de luz - as linhas espectrais -, nas faixas de rádio, raios X e infravermelho. Cogita-se agora que a perda de luminosidade seja uma consequência da aproximação máxima entre as duas estrelas, o chamado periastro, que ocorreria a cada cinco anos e meio: é quando a estrela menor encobre quase metade da outra. Os físicos pensaram durante anos que se tratava de um eclipse, mas, em vez de todas as faixas de luz emitidas por diferentes elementos químicos desaparecerem ao mesmo tempo, como acontece num eclipse, somem apenas algumas, e umas antes das outras, como se só alguns canais de televisão saíssem do ar.
Mergulho nos ventos
Pensando com base no modelo binário, a estrela menor, cercada por uma atmosfera rarefeita, mergulha nos densos ventos que formam uma espécie de atmosfera estendida em torno da estrela maior. À medida que a estrela menor entra nos ventos da estrela maior, desaparecem os sinais de alta energia, emitidos por átomos da própria estrela menor, mas permanecem inalterados os canais de baixa energia, vindos da estrela principal.
Seus cálculos indicam que a estrela menor, normalmente distante 4 bilhões de quilômetros da maior, chega a 300 milhões de quilômetros no momento de maior aproximação. "Aparentemente", diz ele, "nesse momento de máxima aproximação, a atração da gravidade entre as duas estrelas é tão forte que surgem ondas e erupções gasosas na superfície das duas, em consequência de um efeito de maré de uma sobre a outra." Todo esse movimento de entrar na atmosfera da estrela maior e sair dela demora cerca de dois meses. O apagão deste ano, por exemplo, começou vagarosamente em março, atingiu o ápice em 25 de junho e terminou em setembro, após o brilho da estrela ter diminuído o equivalente a 20 mil sóis - algo impressionante, mas que não é lá grande coisa diante de sua luminosidade, de 5 milhões de sóis. Mas os canais de alta energia se reacenderam de modo lento, como uma pessoa que desmaia e recupera a consciência aos poucos. Para Damineli, o fato de a estrela não voltar a brilhar como antes indica que ela arrasta consigo pedaços da outra. (Fonte: Terra). Pude observa-la por muitos minutos e usando a visão de soslaio consegui observar bem a nebulosidade, mesmo sem a utilização de filtros como o UHC, pois quando este estava rosqueado na ocular, acabou por diminuir o brilho das estrelas no entorno, o que mascarou a beleza do objeto. Por isso optei por não utiliza-lo.
Em seguida dediquei alguns minutos observando IC 2602, conhecido como as Plêiades do Sul encontra-se a aproximadamente 500 anos-luz da Terra e é um belo objeto para ser observado com o binóculo.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Tirando proveito do jato polar e subtropical.

Mensagem  Bruno Qua 08 maio 2013, 00:57

A observação visual telescópica dos planetas e da lua ficam prejudicadas sob a ação do jato polar ou do jato subtropical quando fortes correntes e rajadas de ar entre 7km e 10km de altitude na nossa atmosfera a deixam extremamente turbulenta, entretanto as observações de céu profundo nessas condições sofrem menos interferências com poucos aumentos no instrumento, principalmente com binóculos. A observação dos aglomerados globulares e dos campos estelares ficam particularmente favorecidas porque as granulações centrais nesses objetos acabam cintilando com mais intensidade.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Qua 08 maio 2013, 12:38

Realmente Bruno, pude verificar essa sua colocação observando Saturno, que por mais bonito que estivesse, piscava sem parar. Por outro lado a observação de Eta Carinae foi por demais interessante, já que pude identificar uma leve coloração rosea contrastando com o céu negro de fundo. Já observei essa nebulosa varias vezes, mas foi a primeira vez que pude identificar coloração. Nem sabia que o setentinha era capaz de mostrar tal detalhe.

Abraço.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Qua 08 maio 2013, 22:05

Bruno escreveu:
A observação visual telescópica dos planetas e da lua ficam prejudicadas sob a ação do jato polar ou do jato subtropical quando fortes correntes e rajadas de ar entre 7km e 10km de altitude na nossa atmosfera a deixam extremamente turbulenta, entretanto as observações de céu profundo nessas condições sofrem menos interferências com poucos aumentos no instrumento, principalmente com binóculos. A observação dos aglomerados globulares e dos campos estelares ficam particularmente favorecidas porque as granulações centrais nesses objetos acabam cintilando com mais intensidade.

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Bruno, eu encontrei esse link que trás uma boa explicação sobre as Correntes de Jato, que atuam na formação do nosso clima e que tanto influenciam negativamente nas imagens telescópicas.

http://www.icess.ucsb.edu/gem/jatos.htm
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Bruno Qui 09 maio 2013, 06:27

Excelente link Durva, é imprescindível o conhecimento das correntes atmosféricas polares e subtropicais para saber qual o momento favorável ou não para as observações telescópicas. Não é raro principalmente no outono e no inverno ver o céu límpido e ao apontar o telescópio ver as imagens "dançando" ou "fervendo" no campo do instrumento. Não adianta, entre a objetiva do nosso telescópio e o objeto observado inevitavelmente teremos a nossa atmosfera geralmente turbulenta e nublada, além de uma péssima qualidade do ar por causa do problema das emissões de poluentes industriais, as queimadas e a poluição luminosa. São muitos os obstáculos entre a objetiva ou espelho do telescópio e o astro observado.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  M.couto Sáb 25 maio 2013, 19:58

Oi pessoal,

e por falar em correntes atmosféricas polares e subtropicais para saber qual o momento favorável ou não para as observações telescópicas,

conferi agora na cartas de altitude do CPTEC/INPE e aqui o céu está deslumbrantemente limpo,

no entanto o jato subtropical está exatamente em cima da minha região.

Tentei observar saturno com o setentinha e ele parecia dar pulos dentro campo do tele !! Shocked

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Lucas87 Sáb 25 maio 2013, 20:43

M.couto escreveu:Oi pessoal,

e por falar em correntes atmosféricas polares e subtropicais para saber qual o momento favorável ou não para as observações telescópicas,

conferi agora na cartas de altitude do CPTEC/INPE e aqui o céu está deslumbrantemente limpo,

no entanto o jato subtropical está exatamente em cima da minha região.

Tentei observar saturno com o setentinha e ele parecia dar pulos dentro campo do tele !! Shocked

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Uma dúvida, onde você vê a posição do jato subtropical no site? Procurei mas não achei.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Bruno Sáb 25 maio 2013, 21:20

1-
Luca87 escreveu:Uma dúvida, onde você vê a posição do jato subtropical no site? Procurei mas não achei.
2-
M.couto escreveu:conferi agora na cartas de altitude do CPTEC/INPE e aqui o céu está deslumbrantemente limpo,
no entanto o jato subtropical está exatamente em cima da minha região.
Tentei observar saturno com o setentinha e ele parecia dar pulos dentro campo do tele !!
1-Olá Lucas, no lado esquerdo da página inicial tem na seção Boletins e Análises Técnicas a opção Cartas de Altitude. É só clicar em Cartas de Altitude que uma janela com um mapa vai abrir, e onde a mancha verde com a linha pontilhada vermelha estiver cobrindo no mapa, a observação visual nessa região estará prejudicada: http://tempo.cptec.inpe.br/

2-Olá M.couto,
em relação ao problema das turbulências na atmosfera que prejudicam a qualidade das imagens pode até certo ponto ser contornado na astrofotografia, e mais uma vez será com a utilização de um filtro específico (o IR-Pass 685nm da Baader), e que é um filtro que tem um efeito oposto ao do IR-Cut que deixa passar a radiação no vermelho escuro e no infravermelho, bloqueando entretanto todos os outros comprimentos de onda. Ele é um filtro adequado para uso exclusivo em astrofotografia em noites com turbulências. Esse filtro IR-Pass torna uma astrofoto mais "silenciosa" e elimina os problemas da refração diferencial, ajudando a fotografar as manchas escuras no solo de marte, os detalhes atmosféricos nas faixas e zonas de jupiter e saturno. Ele também pode ser usado aplicado a uma câmera ou webcam, entretanto para isso deve ser removido qualquer "filtro de corte IR" que esteja montado na frente do sensor. Se a atmosfera por causa das fortes correntes de ar impossibilitar uma observação visual satisfatória, pelo menos podemos nos valer desse filtro para de todo não perder a noite e tentar umas astrofotos. Wink


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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Ômega Centauro.

Mensagem  Bruno Dom 16 Jun 2013, 22:49



Data: 15/06/2013
Hora: 20:30/TU 23:30
Alvo: Ômega Centauro
Instrumentos:
-Refletor newtoniano 355mm F/5.5 
-Schmidt/Casseigran 203mm F/10
Oculares: WA 35mm, WA 25mm, WA 10mm
Aumentos: 55x, 101x, 230x
Condições atmosféricas: Céu limpo - vento E - jato subtropical - temp. 20º
Não é fácil descrever as observações visuais do céu profundo com instrumentos desse porte. A luminosidade no 355mm F/5.5 é imensa fazendo com que o céu de fundo chegasse a ficar não negro mas azul escuro, enquanto que no 203mm mostrava-se mais negro por causa do F mais longo (10). Ao centrar ômega centauro no campo do 355mm me deparei com uma "nuvem" ou um "enxame" circular de incontáveis pontinhos luminosos, todos espalhados de forma circular como granulações que iam do centro até à borda do aglomerado. Era impossível contar a quantidade de estrelas principalmente no centro do aglomerado. Realmente ele é muito parecido e até mesmo considerado por muitos cientistas da Comunidade Científica Internacional como sendo uma galáxia globular. O seu núcleo apresentou uma maior condensação das granulações, e nas bordas as estrelas davam a impressão de estarem um pouco mais afastadas umas das outras, mas é porque elas estavam fora da condensação central.  Ele se parecia mesmo com uma "nuvem" de estrelas condensadas dentro de uma forma circular, porém distintamente separadas umas das outras. Todas a estrelas do centro até a borda apresentavam a mesma coloração branca levemente azulada, sugerindo mesmo um aglomerado ou uma galáxia formada de estrelas ainda jovens.
No Schmidt-Casseigran de 203mm e 100x de aumentos ômega centauro apresentou-se contra um céu de fundo bem mais negro, e com as mesmas granulações em toda a sua extensão, só que dessa vez as granulações pareciam como se tivesse espalhado sal ou açúcar sobre um pano preto fosco. Por ter uma razão focal superior o 203mm suportou de 100x a 230x de aumentos mantendo as granulações visivelmente distintas.
Fica difícil comparar os dois instrumentos porque mostraram imagens soberbas, mas a diferença entre ambos foi mesmo na cor do céu de fundo, sendo que no 355mm por ter um espelho maior e ele abranger uma grande parte do céu acaba recolhendo também uma grande luminosidade vinda de todos os lados. Já o SC 203mm F/10 possui um campo mais estreito por ter um F maior, fazendo com que o céu de fundo ficasse mais escuro e portanto mais contrastado entre as estrelas. 



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Última edição por Bruno em Seg 17 Jun 2013, 18:57, editado 1 vez(es)
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  starman Seg 17 Jun 2013, 14:28

Boa tarde,
estive considerando essa observação de Ômega Centauro com esse refletor de 355mm f 5.5, e realmente um grande espelho vai captar tanto a luz do objeto alvo quanto a das estrelas circundantes que aparecem no campo do telescópio em razão do f curto, daí a razão do céu de fundo parecer mais claro no maior do que num instrumento com o f mediano e que por isso proporciona um campo mais estreito com o céu de fundo tornando-se mais contrastado.

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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Sáb 22 Jun 2013, 22:33

Data: 22/06/2013
Hora inicial (UT): 23:40
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m
Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 + Ocular Plossl 20mm + Filtro ND 25% com Barlow GSO rosqueada diretamente no barril 1.5x        -        Binóculo Nikula 20X50
Cond. Meteorológica: 100%UR – céu claro e vento de 4 km/h E – temp. 8ᵒ.




Lunação de 14 dias, a Lua se encontra a aproximadamente 45ᵒ E, sua magnitude aparente é de –12.4, com aproximadamente 99 % de sua superfície iluminada pelo Sol voltada para a Terra. Sua fase é cheia e a Lua encaminha-se para seu perigeu que acontecerá na manhã deste domingo 23 de junho, às 11h11(UT). Neste horário a Lua estará distante da Terra apenas 356.989 km. Esse momento é chamado de perigeu lunar e quando acontece na Lua Cheia recebe o nome popular de “Super lua”. 


Com o binóculo pude acompanhar, ainda com o céu bastante claro, a Lua surgindo no horizonte Leste. Hoje a sensação que temos, de que a Lua é maior quando se encontra próxima ao horizonte foi ainda mais impressionante. Até mesmo a vista desarmada é possível ver mais claramente o desenho dos mares e algumas crateras muito brilhantes, como Tycho e Copernicus, com suas raias brilhantes. Sem duvida na madrugada, quando ela alcançar seu ocaso teremos outro espetáculo, pois estará ainda mais perto.


Quem tiver oportunidade confira.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Dom 07 Jul 2013, 22:31

Data: 07/07/13
Hora (UT): 20:50
Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m
Instrumento: Refrator Vixen 70 mm F/10 – Oculares Plossl 20mm e 10mm + Barlow GSO 2x Binóculo Nikula (20x50)
Cond. Meteorológica: 63%UR – Algumas nuvens e vento de 7km/h  - 17ᵒC.

Nesse horário, Vênus encontra-se a uns 20ᵒ Noroeste. Sua magnitude aparente é de -3.34 e apresenta-se com 88% do seu pequeno disco iluminado pelo Sol. Com o binóculo não é possível ver sua fase definida. Com o setentinha e 140x de aumento, o excesso de luminosidade do F/10 é evidente, mesmo com o foco bem afiado Vênus mostra-se como uma bola brilhante de bordas arroxeadas. O melhor set para essa observação com o Vixen 70mm F/10 ficou com 105x de aumento, utilizando a ocular de 10mm com a lente da barlow rosqueada diretamente em seu barril. Fiz testes observando hora com o filtro violeta, hora sem. Sem o filtro o ideal é diafragmar o telescópio. Somente dessa forma foi possível observa com certa definição a forma gibosa da fase de Vênus. Outro fator que contribuiu para a dificuldade na observação foi a ação das corretes de jato que destoem as imagens telescópicas.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Ter 16 Jul 2013, 23:47

Data: 17/07/12

Hora inicial (UT): 02:00

Localização: São José dos Pinhais – (S 25ᵒ 34’12” / W 49ᵒ 10’48”) – 916m

Instrumento:  Refrator Vixen 70 mm F/10 + Oculares Plossl 4mm, 10mm e 20mm   -    Binóculo Nikula 20X50

Cond. Meteorológica: 87%UR – Sem nuvens, vento 6km/h ENE e temp. aprox. 10ᵒC


A Lua entrou em sua fase quarto-crescente, com lunação de 8 dias. Encontra-se com aproximadamente 60% de sua face iluminada pelo sol voltada para Terra. Sua magnitude aparente é de -11.3 e está localizada a uns 25ᵒ oeste. Observando com o binóculo, pude colocar a Lua e o planeta Saturno no mesmo campo, dado a proximidade visual dos dois astros. A primeira formação que me chamou atenção na Lua, foi a cratera Clavius próxima ao polo sul lunar. Ela encontra-se com sua borda oeste exatamente sob o terminadouro, fazendo com que sua borda iluminada pelo Sol, brilhe dentro da face noturna. Eratosthenes é vista através do binóculo como se deformasse a parte mais oeste da cadeia de montanhas dos Apenninus. Com o setentinha e apenas 35x de aumento + filtro de Densidade Neutra 25% fiquei vários momentos apenas apreciando a beleza desta fase da Lua. Realmente esse filtro deixa a observação lunar muito mais confortável e diminui os efeitos de borda arroxeada. Com 70x, o detalhe ficou para a sobra da borda leste da cratera Plato, bem irregular. Sem dispor da barlow 2x, danificada após uma queda na ultima seção de observação, minha ampliação passa direto de 70x para 175x. Com esse aumento, não se faz necessário o uso do filtro DN 25%, já que a própria ampliação deixa a imagem mais escurecida. Com 175x descobri que outra porção iluminada dentro da face noturna, era a borda leste da cratera Copernicus que se encontra escondida na escuridão terminadouro adentro.
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Dando os primeiros passos na observação do céu. - Página 21 Empty Re: Dando os primeiros passos na observação do céu.

Mensagem  Durva Sex 09 Ago 2013, 21:28

Data: 09/08/13
Hora (UT): 22:00
Localização: São José dos Pinhais – (S -25° 32' 05'' /  W -49° 12' 23'' – Altitude 906 metros)
Instrumento: Binóculo Nikula (20x50)
Cond. Meteorológica: 88%UR – Sem nuvens – Vento 13 Km/h E - Temp. 15°C

O céu permaneceu com muita nebulosidade durante todo o dia, mas felizmente depois do Sol se por ela se dissipou e me permitiu observar a bela conjunção entre a Lua e Vênus. Ambos a aproximadamente 20° de altura no horizonte oeste. E distantes entre si aproximadamente 5°.
A Lua em sua fase nova e idade de 3 dias, com aproximadamente 9% de sua face iluminada pelo Sol voltada para a Terra. Encontra-se hoje na constelação do Leão. Sua magnitude aparente é de -8.02 e está a uma distância de 392.029 km de distância da Terra.  O Earthshine estimado é 2 na escala O’Darling, pois muitas das Maria mais escuras são visíveis, mas nenhuma cratera luminosa, formação ou raios. O disco da Lua se salienta no céu da noite e pode ser descoberto a vista desarmada. Com o 20x50 foi possível identificar algumas formações, como o Mar das Crises, com sua borda oeste se projetando iluminada na face noturna. Parte do Mar da Fecundidade e o Mar das Espumas e seguindo em direção ao sul lunar, as crateras Langrenus, Humboldt e Furnerius são facilmente reconhecidas. Em direção ao norte, partindo do Mar das Crises temos Cleomedes (Cratera Lunar com 126 km de diâmetro) e mais ao norte, já se aproximando do polo, Endymion (Cratera Lunar muito proeminente com considerável planície central escura e diâmetro de 125 km).

O belo planeta Vênus, com magnitude aparente de -3.42 e está a 1.27UA de distância de nós. Encontra-se com 80% do seu disco iluminado, e segurando o binóculo com as mãos não foi possível observar sua fase, mas com o auxilio do tripé do Vixen70mm AZ a forma gibosa ficou evidente.

Como não consegui fotografar, encontrei essa foto na internet para ilustrar o registro.
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Mensagem  Lucas87 Sex 09 Ago 2013, 22:05

Belo relato Durva!! Infelizmente não pude ver nada a não ser nuvens hoje...

Ainda falta pouco menos de um mês mas não custa nada falar que dia 08/09 haverá uma conjunção extremamente próxima entre a Lua e Vênus. Será ocultação (para minha felicidade cheers ) da "metade" de SC em direção ao Sul... Aqui em São José a ocultação começará mais ou menos as 19:25 e terminará as 19:45 (via Stellarium). Vênus passará bem pela borda da Lua, por isso a ocultação vai ser bem rápida.
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Mensagem  orlando Sex 09 Ago 2013, 22:09

que legal!
também pude apreciar a bela conjunção de hoje.
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Mensagem  Durva Sex 09 Ago 2013, 22:16

Olá Orlando, Vênus já vem ha algum tempo dando um show nos fins de tarde. Mas hoje com a presença da Lua tão proxima e na fase nova foi ainda mais bacana.

Abraço.
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