As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
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orlando
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Durva
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As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Segue no link uma interessante matéria fornecida pelo Observatório Nacional sobre as 10 cidades brasileiras ideais para se realizarem observações astronômicas, confiram e se der mudem-se para lá! http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/g1-lista-10-cidades-ideais-para-observar-estrelas.html
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olá Bruno, me mudar eu não sei, mas moro a 70km de Paranaguá! É litorânea, mas se está na lista dá pra descer a serra de vez em quando.
Durva- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Então quando vc puder leve o setentinha para passear!
Eu também dei sorte pois tenho aqui perto a opção de ir para Itabira, e sem dúvida o céu de lá é excepcional, observar do alto daquelas montanhas que serpenteiam a região na serra do Alves permitem um horizonte de 360º, e quando a atmosfera ajuda as noites de lá são límpidas pois fica-se acima das luzes artificiais das cidades e das nuvens mais baixas, bem longe das perturbações atmosféricas mais próximas do solo. Por isso procuram-se construir observatórios astronômicos em lugares cada vez mais altos nas regiões que apresentam um índice de umidade relativa do ar mais elevado. Veja que beleza de lugar para se realizar observações do céu: http://www.vivaitabira.com.br/viva-historia/VisualizaConteudo.php?IdConteudo=4
Bruno
Moderador
Eu também dei sorte pois tenho aqui perto a opção de ir para Itabira, e sem dúvida o céu de lá é excepcional, observar do alto daquelas montanhas que serpenteiam a região na serra do Alves permitem um horizonte de 360º, e quando a atmosfera ajuda as noites de lá são límpidas pois fica-se acima das luzes artificiais das cidades e das nuvens mais baixas, bem longe das perturbações atmosféricas mais próximas do solo. Por isso procuram-se construir observatórios astronômicos em lugares cada vez mais altos nas regiões que apresentam um índice de umidade relativa do ar mais elevado. Veja que beleza de lugar para se realizar observações do céu: http://www.vivaitabira.com.br/viva-historia/VisualizaConteudo.php?IdConteudo=4
Bruno
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Última edição por Bruno em Sáb 03 Nov 2012, 13:43, editado 1 vez(es)
Bruno- Moderador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Em se tratando de lugares altos a estrada de ferro Paranaguá passa por locais que parecem "tocar" o céu: http://www.webhotel.com.br/parana/turismo/fotos/ft_paranagua3.jpg
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Sim, existem algumas cidades no meio da serra do mar, cercadas pela maior porção de mata atlantica ainda preservada no Brasil, como Morretes, Antonina e Guaraqueçaba. Mas na minha opinião o céu mais belo do litoral do Paraná está no Parque Nacional do Superagui.
Logo levarei o setentinha pra passear.
Logo levarei o setentinha pra passear.
Durva- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Tocantinópolis também é uma privilegiada para observação. Pouca poluição luminosa, boa visão do horizonte, e nos sítios e povoados que tem ao redor da cidade tudo fica ainda melhor.
NaassomDourado- Aspirante
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
No final de semana passado, tive o prazer de conhecer os céus de uma cidade alagoana chamada Paripuera (S9.28.061 W35.33.065).
Para uma paulistano velho de guerra, foi como levar uma criança ao Playcenter (ok... minhas referências também são antigas...). Pequena cidade litorânea, livre de PL e muito sossegada. Fui equipado e essa foi uma noite esplêndida.
Quem vier para estas bandas, vale o passeio.
Para uma paulistano velho de guerra, foi como levar uma criança ao Playcenter (ok... minhas referências também são antigas...). Pequena cidade litorânea, livre de PL e muito sossegada. Fui equipado e essa foi uma noite esplêndida.
Quem vier para estas bandas, vale o passeio.
Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
A cidade de Miguel Pereira no estado do Rio de Janeiro está situada numa região serrana, cercada por colinas suaves e belas montanhas. Devido à combinação de altitude, topografia e vegetação, o clima de Miguel Pereira é temperado e subtropical, com verão quente e relativamente úmido o que proporciona um seeing da melhor qualidade, o que a fez receber a classificação de terceiro melhor clima do mundo apesar do inverno lá ser um pouco rigoroso, e ainda estar sujeito à ação do jato subtropical nessa estação devido à latitude da cidade. A temperatura média no verão é de 28ºC e no inverno de 19ºC.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olha só! Tem uma aqui na bahia!
#partiu fazer as malas rs.
PauloM- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Aqui onde eu moro em Piraquara, tem a Serra do Mar, com Vários morros de fácil acesso.
Agora é aguardar o inverno pra pegar o tempo limpo.
Agora é aguardar o inverno pra pegar o tempo limpo.
Marcos Poncio- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Infelizmente, na varanda da minha casa, tem um poste com lampada de vapor de mercúrio.
Até a olho nu preciso botar a mão pra poder ver o céu :(
PauloM- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Eu sou de uma pequena localidade no sertão do CE,no município de Itapagé,distante 103Km de Fortaleza.
Pelo menos uma vez por mês eu vou lá,é aonde meus pais moram e onde eu nasci e morei até meus 19 anos.
Pequeno lugar,onde as casas ficam distantes umas das outras.Até pouco tempo não tinha iluminação pública,mas agora colocaram.Não é muito,mas em frente lá de casa tem uma amarela,que atrapalha um pouco,antes eu observava na frente de casa,agora tenho que ir pro quintal pra fugir da lâmpada do poste.Mas mesmo assim o lugar é muito bom pra observação.Posso ver a via láctea,vários aglomerados e a M31 a olho nu(sem Lua).
Pelo menos uma vez por mês eu vou lá,é aonde meus pais moram e onde eu nasci e morei até meus 19 anos.
Pequeno lugar,onde as casas ficam distantes umas das outras.Até pouco tempo não tinha iluminação pública,mas agora colocaram.Não é muito,mas em frente lá de casa tem uma amarela,que atrapalha um pouco,antes eu observava na frente de casa,agora tenho que ir pro quintal pra fugir da lâmpada do poste.Mas mesmo assim o lugar é muito bom pra observação.Posso ver a via láctea,vários aglomerados e a M31 a olho nu(sem Lua).
orlando- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Acontece aí uma interpretação do céu que escapa a muitos observadores, porque em se tratando de encontrar o seeing ou o céu ideal o outono e o inverno são as piores estações para isso. O que ocorre é que o ar nessas estações fica seco, e sem a umidade para frear os ventos eles acabam se transformando em correntes e jatos de ar nas camadas mais altas da troposfera (jato subtropical e polar), chegando a velocidades de até 300km/h. Isso gera uma turbulência que deixa as imagens telescópicas da lua e dos planetas distorcidas ou como que desfocadas e sem nenhum contraste, chegando mesmo a darem pequenos saltos no campo do telescópio, ou mesmo parecendo "ferverem" nas bordas. Ao redor das estrelas os anéis de difração desaparecem. Já mais ao norte e nordeste no território brasileiro essas regiões ficam longe da ação dos jatos subtropical e polar, principalmente no semi-árido onde o seeing chega a ser extraordinário, podendo-se mesmo ver a galáxia de andrômeda sem dificuldades acima do horizonte norte.Marcos Poncio escreveu:Aqui onde eu moro em Piraquara, tem a Serra do Mar, com Vários morros de fácil acesso. Agora é aguardar o inverno pra pegar o tempo limpo.
As noites de maior estabilidade atmosférica nas latitudes mais baixas ocorrem durante o verão, após uma chuvarada que lava a atmosfera das partículas em suspensão resultantes das emissões urbano/industriais e das queimadas (aerossóis). Uma chuva de verão deixa a atmosfera verdadeiramente limpa e com poucos ou nenhum vento. As noites de inverno são as de maior índice de aerossóis, e eles refletem as luzes das cidades deixando o céu de fundo mais claro prejudicando os contrastes. Durante o outono e o inverno nas cerca de 180 noites desse período, por causa da ausência de chuvas poucas serão as noites em que a umidade tenha um índice suficiente para diminuir ou mesmo parar as correntes de ar na troposfera.
Do horizonte ao zênite nós obteremos as imagens telescópicas mais claras e nítidas durante o verão, quando o céu úmido e limpo (lavado) após um período chuvoso atenua a influência dos jatos e correntes de ar que causam as turbulências na nossa atmosfera. Os ventos ou os deslocamentos do ar atmosférico por causa das diferenças da pressão atmosférica decorrentes de alterações da temperatura, fazem com que algumas partes da atmosfera se movam. Para que se tenha uma ideia das movimentações na atmosfera precisamos visualizá-la como uma massa fluida (estamos literalmente debaixo de um mar de ar), onde os movimentos das correntes de ar ocorrem sem deixar espaços vazios, vindo sempre uma porção de ar ocupar o lugar deixado por outra que se moveu.
Um outro tipo de movimentação que causa turbulências prejudicando o seeing, são os das correntes de ar que ao se deslocarem chocam-se contra elevações (cordilheiras, serras, morros, edificações).
Já a ausência de correntes de ar é mais facilmente percebida em alto mar, que por não ter nada em volta para se chocar e causar turbulências o ar chega mesmo a dar a sensação nítida de parar. Quando isso acontece os marinheiros dizem que o mar está "espelhado", de tão liso e sem ondulações que ele fica por causa da ausência de turbulências (calmaria). Outro exemplo rústico de comprovação da ausência de turbulências foi dado pelos índios norte-americanos, quando faziam as suas fogueiras no alto de colinas desimpedidas para que o sinal de fumaça subisse verticalmente.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olá Bruno, acho que aqui no litoral de SC é um pouco diferente. Aqui as noites mais transparentes são as de outono e inverno. Isso ocorre pela grande quantidade de massas de ar polar que chegam aqui. Antes delas vem uma frente fria, que "lava" a atmosfera, e depois entra a massa polar, comumente com ar bem seco, e a atmosfera se torna seca e livre de partículas/poeiras, o que é uma ótima combinação para uma atmosfera transparente. Já no verão o que é mais comum é, quando há uma massa de ar seco e quente, que o tempo fique aberto durante o dia, com um vento vindo do mar, e a noite ou a umidade vinda do mar se condensa, formando nuvens bastante baixas, ou o céu fica com tempo aberto, mas meio alaranjado, devido à PL "refletida" na umidade, ou espécie de névoa que fica no céu. Quando há uma massa de ar quente e úmido, quando ocorre uma pancada de verão e depois o tempo limpa, aí sim o céu fica transparente. Quanto aos períodos de mais turbulência, eu não saberia dizer, pois as oposições dos planetas, pelo menos desde quando eu ingressei mais a fundo na astronomia, caíram todas no verão ou perto do verão, então sinceramente não me lembro neste sentido...
Lucas87- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olá Lucas, a transparência pode não significar estabilidade atmosférica. A presença do ar quente na atmosfera causa instabilidade na movimentação das massas de ar. Uma frente fria é a borda de uma massa de ar polar fria e seca, que se move na troposfera empurrando massas de ar quente para frente e para cima. Quando esta última ocorre provoca condensações e chuvas com tempestades e trovoadas, mas que param repentinamente quando a frente fria passa. Nessas ocasiões as camadas mais baixas da troposfera ficam de fato lavadas e limpas, mas quando aparece essa transparência no inverno não significa que haja estabilidade atmosférica. Ainda assim um bom seeing pode de fato ocorrer em menor grau durante o inverno, quando uma massa de ar frio e seco relativamente densa reduz a velocidade dos ventos de até 300km/h para cerca de 60km/h. Isso diminui a intensidade das turbulências melhorando o seeing. Este não melhora por causa da atmosfera transparente e límpida porque para que haja estabilidade nela, é preciso que as partes mais baixas fiquem limpas temporariamente dos aerossóis pela ação da água das chuvas e não dos ventos. A chuva traz de volta para a terra os aerossóis que estavam em suspensão na atmosfera deixando-a instável (carregada), já os ventos mantém eles dispersados e em movimento.
Quanto à dúvida sobre a oposição dos planetas ocorrerem sempre nas mesmas estações ou em várias, podemos usar o exemplo de jupiter que está em oposição a cada treze meses. Em 2005 foi no mês de maio, 2006 em junho, 2007 em julho, 2008 em agosto, 2009 em setembro, 2010 em outubro até agora em 2015 em fevereiro (dia 06), e assim por diante. Isso mostra como as oposições de jupiter ocorrem em todos os meses e estações ao longo de 144 meses.
Quanto à dúvida sobre a oposição dos planetas ocorrerem sempre nas mesmas estações ou em várias, podemos usar o exemplo de jupiter que está em oposição a cada treze meses. Em 2005 foi no mês de maio, 2006 em junho, 2007 em julho, 2008 em agosto, 2009 em setembro, 2010 em outubro até agora em 2015 em fevereiro (dia 06), e assim por diante. Isso mostra como as oposições de jupiter ocorrem em todos os meses e estações ao longo de 144 meses.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olá Bruno, realmente transparência atmosférica é bem diferente de turbulência, na minha mensagem quis me referir apenas à transparência mesmo. A propósito, obrigado por compartilhar seus conhecimentos em meteorologia!
Lucas87- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 15/08/2012
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Localização : São José, SC
Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Olá Lucas, precisamos compreender os processos físicos por detrás dos fenômenos atmosféricos se quisermos encontrar a noite ideal ou o seeing perfeito. Procurar a noite perfeita ou com o melhor seeing possível me faz lembrar uma pescaria, quando se espera pacientemente pelo período de calmaria que vem após um período chuvoso. O fator determinante para saber isso é acompanhar o regime de chuvas, porque uma vez lavada a atmosfera basta um mínimo de transparência para se obter um bom seeing. Na observação dos planetas uma névoa seca estacionária numa atmosfera sem ventos (marte), ou mesmo uma neblina (demais planetas), não raro deixam as imagens telescópicas mais estáveis do que nas noites cristalinas de inverno, quando nestas o ar na troposfera se desloca velozmente sob a forma de fortes correntes e jatos de ar.
As condições atmosféricas que regulam as precipitações podem nos indicar como estará o seeing atmosférico a curto prazo. Se uma chuva na atmosfera precede um bom seeing então precisamos conhecer os tipos de chuvas, e o início do processo de formação em ambas. Existe chuva de verão e chuva de inverno:
A chuva de inverno começa na condensação da umidade que existe no ar, sempre quando se aproxima uma frente fria. Quando ela vem do sul a umidade na atmosfera se condensa provocando chuvas que caem de forma homogênea e abrangendo regiões extensas, mas não tão fortes o suficiente para lavarem totalmente a atmosfera.
A chuva de verão começa no chão, quando o sol forte incidindo sobre a terra provoca o aquecimento do ar próximo ao solo. Esse ar quente ao tentar subir é impedido pelo ar frio que fica nas camadas mais altas da atmosfera, fazendo com que ele fique temporariamente aprisionado. Isso faz o calor e a pressão atmosférica aumentarem, forçando ainda mais a passagem do ar quente para cima em direção às nuvens que ainda oferecem resistência. Mas por mais densa que seja uma nuvem (uma simples nuvem do tipo cumulus de bom tempo pesa cerca de 1000 toneladas ou o peso de 1000 elefantes), a resistência dela tem um limite e quando não consegue mais segurar o ar quente ascendente ela se rompe. Ao acontecer isso o ar quente escapa livremente para cima indo de encontro a temperaturas muito mais baixas, que fazem com que a umidade que sobe com o ar quente acabe se transformando em cristais de gelo. Quando por causa do peso do gelo os cristais começam a cair eles encontram mais ar quente que vem subindo, então eles se derretem formando assim as gotas de chuva. Essas são aquelas chuvas geladas e que caem numa área pequena (localizadas), com grande intensidade e num curto período de tempo. São aquelas em que num único dia cai a precipitação prevista para uma semana. Seria o equivalente a dizer que a chuva na forma de condensação distribuída ao longo de uma semana no inverno, caiu de uma só vez num único dia de verão.
As condições atmosféricas que regulam as precipitações podem nos indicar como estará o seeing atmosférico a curto prazo. Se uma chuva na atmosfera precede um bom seeing então precisamos conhecer os tipos de chuvas, e o início do processo de formação em ambas. Existe chuva de verão e chuva de inverno:
A chuva de inverno começa na condensação da umidade que existe no ar, sempre quando se aproxima uma frente fria. Quando ela vem do sul a umidade na atmosfera se condensa provocando chuvas que caem de forma homogênea e abrangendo regiões extensas, mas não tão fortes o suficiente para lavarem totalmente a atmosfera.
A chuva de verão começa no chão, quando o sol forte incidindo sobre a terra provoca o aquecimento do ar próximo ao solo. Esse ar quente ao tentar subir é impedido pelo ar frio que fica nas camadas mais altas da atmosfera, fazendo com que ele fique temporariamente aprisionado. Isso faz o calor e a pressão atmosférica aumentarem, forçando ainda mais a passagem do ar quente para cima em direção às nuvens que ainda oferecem resistência. Mas por mais densa que seja uma nuvem (uma simples nuvem do tipo cumulus de bom tempo pesa cerca de 1000 toneladas ou o peso de 1000 elefantes), a resistência dela tem um limite e quando não consegue mais segurar o ar quente ascendente ela se rompe. Ao acontecer isso o ar quente escapa livremente para cima indo de encontro a temperaturas muito mais baixas, que fazem com que a umidade que sobe com o ar quente acabe se transformando em cristais de gelo. Quando por causa do peso do gelo os cristais começam a cair eles encontram mais ar quente que vem subindo, então eles se derretem formando assim as gotas de chuva. Essas são aquelas chuvas geladas e que caem numa área pequena (localizadas), com grande intensidade e num curto período de tempo. São aquelas em que num único dia cai a precipitação prevista para uma semana. Seria o equivalente a dizer que a chuva na forma de condensação distribuída ao longo de uma semana no inverno, caiu de uma só vez num único dia de verão.
Bruno
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Bruno- Moderador
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Os ventos e o seeing.
O ar quase sempre está em movimento, e os ventos nos níveis mais elevados da atmosfera apesar de serem muito importantes nos processos meteorológicos são determinantes quanto ao seeing astronômico, o que para nós astrônomos é decisivo para a obtenção de imagens telescópicas estáveis.
Os problemas relativos ao seeing começam quando os ventos apresentam variações de temperaturas, mais precisamente nos limites extremos entre a atmosfera inferior (troposfera) e a superior (tropopausa). Nas camadas mais baixas da atmosfera até cerca de 600 metros da superfície, a velocidade dos ventos aumentam em geral para cima, e isso pode ser facilmente constatado quando do alto de uma grande edificação percebemos que eles são mais intensos do que no terreno circundante, principalmente quando o ar está estável e se movendo rapidamente para níveis mais elevados.
Nos níveis superiores (acima de 600 metros de altitude) os ventos aumentam ainda mais para cima rumo aos limites extremos da troposfera, com as velocidades variando entre 150 a 160 km/h. Ainda assim podemos obter imagens telescópicas que oscilam entre alguns períodos de instabilidade, e outros mais estáveis durante alguns segundos ou minutos. Quando essas porções de ar sobem ainda mais em direção à tropopausa elas formam as correntes de jato, que chegam a atingir velocidades de 300km/h ou até mais. São então nesses níveis que ocorrem as grandes diferenças de temperaturas, e que acabam por provocar a formação de uma faixa ondulada na atmosfera que deteriora o seeing, deixando as imagens dos objetos celestes oscilando e parecendo desfocadas. Chegando a milhares de metros de profundidade e algumas dezenas de quilômetros de largura, essa camada ondulante na atmosfera que se forma entre os 9.000 e 12.000 metros de altitude, é depois das nuvens a maior inimiga das imagens visuais telescópicas.
Os problemas relativos ao seeing começam quando os ventos apresentam variações de temperaturas, mais precisamente nos limites extremos entre a atmosfera inferior (troposfera) e a superior (tropopausa). Nas camadas mais baixas da atmosfera até cerca de 600 metros da superfície, a velocidade dos ventos aumentam em geral para cima, e isso pode ser facilmente constatado quando do alto de uma grande edificação percebemos que eles são mais intensos do que no terreno circundante, principalmente quando o ar está estável e se movendo rapidamente para níveis mais elevados.
Nos níveis superiores (acima de 600 metros de altitude) os ventos aumentam ainda mais para cima rumo aos limites extremos da troposfera, com as velocidades variando entre 150 a 160 km/h. Ainda assim podemos obter imagens telescópicas que oscilam entre alguns períodos de instabilidade, e outros mais estáveis durante alguns segundos ou minutos. Quando essas porções de ar sobem ainda mais em direção à tropopausa elas formam as correntes de jato, que chegam a atingir velocidades de 300km/h ou até mais. São então nesses níveis que ocorrem as grandes diferenças de temperaturas, e que acabam por provocar a formação de uma faixa ondulada na atmosfera que deteriora o seeing, deixando as imagens dos objetos celestes oscilando e parecendo desfocadas. Chegando a milhares de metros de profundidade e algumas dezenas de quilômetros de largura, essa camada ondulante na atmosfera que se forma entre os 9.000 e 12.000 metros de altitude, é depois das nuvens a maior inimiga das imagens visuais telescópicas.
Bruno
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Bruno escreveu:BrunoAcontece aí uma interpretação............................quando faziam as suas fogueiras no alto de colinas desimpedidas para que o sinal de fumaça subisse verticalmente.Marcos Poncio escreveu:Aqui onde eu moro em Piraquara, tem a Serra do Mar, com Vários morros de fácil acesso. Agora é aguardar o inverno pra pegar o tempo limpo.
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Ta ai mais uma coisa que nunca ninguém me falou.
Sempre aprendi que era melhor para visualizar no inverno.
Obrigado novamente! Estou realmente aprendendo
Marcos Poncio- Astronomo Amador
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Re: As 10 cidades ideais no Brasil para a observação astronômica.
Legal, eu moro em Guarulhos, próximo a Atibaia, e lá possui um morro maravilhoso chamado "pedra grande" acho que lá seria um local ideal para fazer algumas seções astronômicas.
segue o link do local: http://www.feriasbrasil.com.br/sp/atibaia/pedragrande.cfm
segue o link do local: http://www.feriasbrasil.com.br/sp/atibaia/pedragrande.cfm
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