O planeta Marte e o que podemos ver.

Marte:

Distância média do sol: 227 milhões de km
Rotação em torno do próprio eixo: 24hs 37m
Diâmetro equatorial: 6.800km
Temperatura máxima de superfície: 25º centígrados
Rotação em torno do sol: 687 dias terrestres

-A sua visão no céu varia durante o ano, pois é visível de madrugada nos quadrantes a leste, por dois meses durante a meia-noite e finalmente ao entardecer no oeste.
Com um simples refrator de 50mm percebemos o disco e com um de 60mm de abertura e com 90x de aumento observa-se um diminuto ponto branco onde se localiza a calota polar. Com refratores de aberturas entre 70mm e 90mm e refletores com 114mm e utilizando aumentos entre 100x e 160x podem-se detectar algumas manchas em sua superfície além da calota polar já mais nítida. Na região equatorial do planeta a mancha mais evidente e de forma triangular, a Sirtis Major, outra grande configuração como a Sirtis Magna poderão serem visualizadas com mais frequência durante a oposição. Utilizando refletores de 150mm a 180mm além das observações anteriores outras manchas tais como Sinus abeus e Are acidalium por exemplo serão registradas também porém com um pouco mais de detalhes.
Com refratores de 100mm de abertura ou refletores de 200mm além dessas citadas anteriormente outras manchas principais começam a serem registradas, e serão possíveis estudos nas modificações de certos coloridos, variações na forma e no diâmetro das calotas polares além do estudo dos escurecimentos nas bordas delas quando estas se encolhem ou quando se mostram visíveis. O registro de nuvens também torna-se mais acessecível como escurecimentos em certas estruturas na superfície de Marte.
Estas misteriosas nuvens enquadram-se em categorias tais como as nuvens de grande altitude ou as nuvens azuis (cerca de 80km de altura), as de altitudes intermediárias ou as nuvens brancas (entre 8 e 25 km de altura) e as nuvens chamadas de nuvens amarelas ou de baixas altitudes, que são fenômenos causados por tempestades de poeira causadas por ventos enraivecidos soprando e varrendo o material dos desertos marcianos.
O emprego de filtros será de extrema importância, principalmente o #21-laranja e o #11-amarelo-verde que se mostram bastante eficientes em refratores com aberturas entre 70mm a 100mm. Não podemos esquecer que é clássico o fato de Marte ser um mau objeto telescópico. Filtros como o laranja, ou um vermelho e mesmo os azuis (pois mostram as misteriosas nuvens azuis com uma coloração branca) também podem ajudar a reforçar os contrastes nos detalhes, e deve se levar em conta que as observações com resultados úteis geralmente demoram bastante em Marte, pois além do movimento retrógrado ele passa por uma oposição com a Terra somente a cada dois anos, é um mundo relativamente pequeno, e a mais favorável de todas as oposições ocorrem apenas de 15 em 15 anos, porém nessas aproximações Marte chega a ficar apenas cerca de 56.000.000 de km da Terra.
Marte é um mundo fascinante e misterioso, principalmente com as semelhanças de um possível futuro da Terra e pela possibilidade de que possa abrigar água e alguma forma de vida por mais elementar que seja.
Além dos tradicionais filtros #-21laranja e do #12-amarelo/verde para melhorarem as observações de marte, outros tipos de filtros podem apresentar visões interessantes inclusive na astrofotografia conforme cresce o comprimento de onda da luz.
Os filtros ultra-violeta, o violeta e o infravermelho nos fornecem importantes informações sobre marte. A distribuição de calor na superfície marciana e as suas estações climáticas são detectadas com o uso de um filtro infravermelho, enquanto as modificações nas formas e nos tamanhos das calotas polares visualizam-se melhor com o uso de um filtro ultra-violeta.