Dúvida sobre sonda Pioneer 10 em Júpter

Olá Rafael, basicamente a missão da Pioneer 10 foi a de investigar o cinturão de asteróides entre marte e jupiter, e fazer um levantamento dos riscos que ele representa para as sondas que seriam posteriormente enviadas.
A janela de lançamento da Pioneer 10 teve início no dia 2 de março de 1972, para que a sonda Pioneer 11 tivesse a capacidade de mudar a sua trajetória baseada nas informações fornecidas pela Pioneer 10, justamente durante a passagem pelo cinturão de asteróides. De fato o maior risco em passar por entre esses pequenos corpos era o de colisão, que pudesse interferir ou mesmo impedir uma trajetória no plano da eclíptica diretamente da terra até jupiter. Outro objetivo da missão era o de que a Pioneer 10 não entraria em órbita ao redor de jupiter, afim de poder medir a intensidade do seu campo magnético e dos seus níveis de radiação mesmo que isso significasse a perda dela.
Para atravessar um espaço repleto de asteoróides que viajam a uma velocidade de até 20 km/s, cujos tamanhos podem variar desde pequenos grãos como os de areia até blocos de rochas gigantescos do tamanho do território do Alasca por exemplo, ela estava equipada com instrumentos que permitiram medir as massas e as densidades desses corpos, quantificando as possíveis alterações em sua trajetória. Para isso ela foi equipada com um sensor para a detecção de asteróides e uma placa sensora de impactos meteoríticos, além de instrumentos de captação de imagens. Dessa forma ela abriu caminho para a missão posterior da Pioneer 11 em 1973, que efetivamente foi o primeiro programa de exploração espacial mais amplo da NASA.
Em 1983, a Pioneer 10 tornou-se a primeira sonda a passar pela órbita de Plutão, e também registrou imagens de regiões de fora do Sistema Solar, fornecendo dados importantes para o estudo da intensidade do vento solar. Quando foi decretado o fim oficial da sua missão em 1997, a Pioneer 10 já estava a milhões de quilômetros da terra e ela enviou seu último sinal quando estava a cerca de 12 bilhões de km do nosso planeta, ou o equivalente a 82 vezes a distância entre a terra e o sol. Provavelmente ela continuará a sua jornada solitária rumo ao espaço profundo, e os cientistas calculam que em 2 milhões de anos ela terá alcançado a estrela de Aldebaran a cerca de 68 anos-luz da terra.

Na verdade nem foi preciso utilizar essa tecnologia preventiva, mesmo com esses objetos se movendo a 20km/s e a sonda a mais de 50.000 km/h. Nas décadas de 1960 e 1970 os técnicos e engenheiros da NASA realmente tinham essa preocupação, de que a sonda Pioneer 10 sofresse algum tipo de colisão com esses asteroides. Como para saber só mesmo enviando ela até lá felizmente nada aconteceu, e nem mesmo com as outras que a sucederam e passaram pelo cinturão de asteroides, justamente por que entre eles existe muito espaço vazio. Apesar de existirem milhões deles e de vários formatos e tamanhos, os que se encontram na área do cinturão estão distribuídos na  forma de um anel com cerca de 1 bilhão de quilômetros de diâmetro. Dessa forma podemos inferir que em relação ao pequeno tamanho da sonda, a quantidade de espaço livre para ela passar por esse cinturão é muito grande, o que torna as chances de colisões praticamente impossíveis.

Foram utilizados na estrutura da sonda doze painéis para detectarem micro meteoritos e registrar os impactos contra eles, e 4 telescópios detectores:

Rafael da Silva Caineli escreveu:Dizem que essa mancha em Júpter é um furacão neh, mas a gravidade desse planeta é enorme, tão grande que esmagaria esse suposto redemoinho.....

De fato a Grande Mancha Vermelha (GMV ou GRS) esteve encolhendo, compare nas imagens abaixo:



Imagens obtidas com o telescópio espacial Hubble mostraram que ela está medindo pouco mais de 16.000 km de diâmetro, e a sua forma está ficando mais circular. Os cientistas estimaram que ela estava encolhendo a uma taxa de 1000 km por ano, e ainda não chegaram a uma explicação conclusiva sobre o por quê desse fenômeno.
Diferente de observar os planetas rochosos, quando observarmos jupiter vemos apenas as nuvens da face externa da sua atmosfera superior. Nela a Grande Mancha Vermelha segue girando como um furacão no sentido anti-horário num período de cerca de seis dias terrestres, chegando a uma altura que até 8 km acima do topo das nuvens circunvizinhas.
Houveram também momentos em que ela desapareceu, ficando destacada apenas a Baía da Mancha Vermelha que é o local onde ela normalmente é observada.