Redutor focal.
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deco27x
Bruno
cancian123
7 participantes
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Re: Redutor focal.
deco27x escreveu:Pessoal, o papo está interessante. Acho que vou me juntar a vocês.
Há observadores para os quais parece mais vantajoso usar grandes saídas de pupila para a maioria dos DSOs. Neste caso, um telescópio com razão focal longa só atrapalharia!
Para outros, as coisas parecem funcionar quase ao contrário! Estes apreciam observar a maioria dos DSOs com pequenas saídas de pupila, entre 2mm e 1mm tipicamente (até menor às vezes). Para um observador assim, qual o problema em usar um telescópio em f/12 ou f/15? Evidentemente poderiam haver alguns problemas com respeito ao máximo campo real, mas alguns observadores não veem problema nisso, afinal a maioria dos DSOs são menores que 1 grau....
.
deco27x, uma vez que você citou a pupila de saída, veja o link abaixo. Eu, inicialmente procuro durante a observação usar a maior pupila de saída que me forneça uma boa imagem e pelo que me parece estou fazendo o certo. Mas confira nesse artigo do link. Pelo que eu entendi em objetos tênues como galáxias e nebulosas se obtém mais "luminosidade" quanto maior for a saída de pupila, logicamente dentro da característica visual de cada indivíduo.
https://www.astronomics.com/eyepiece-exit-pupils_t.aspx
Abs
AlvaroMiranda- Astronomo Amador
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Re: Redutor focal.
Olá colega AlvaroMiranda, interessante este pequeno artigo da astronomics. De fato quanto maior a saída de pupila, maior o brilho de superfície aparente do objeto, porém, o tamanho aparente fica menor e o brilho de fundo do céu (quando há PL) também fica mais intenso.
Cada observador precisa encontrar a saída de pupila que forneça o melhor equilíbrio entre o tamanho e brilho de superfície aparentes para cada objeto. A presença de PL e seeing ruim entram para tornar este balanço ainda mais complicado ( pois o seeing e a transparência do céu podem variar muito de uma noite para a outra).
Daí entram na conta o observador, o local de observação, o telescópio e as oculares!
São muitas variáveis. Quanto mais tenho contato com diferentes observadores, mais claro fica para mim que embora seja possível tentar dar orientações gerais, o ato de observar é uma descoberta pessoal. Apenas o próprio observador pode descobrir quais estratégias de observação funcionam melhor para si no seu local de observação, com seu telescópio. Mude um destes elementos e tudo precisa ser repensado!
Cada observador precisa encontrar a saída de pupila que forneça o melhor equilíbrio entre o tamanho e brilho de superfície aparentes para cada objeto. A presença de PL e seeing ruim entram para tornar este balanço ainda mais complicado ( pois o seeing e a transparência do céu podem variar muito de uma noite para a outra).
Daí entram na conta o observador, o local de observação, o telescópio e as oculares!
São muitas variáveis. Quanto mais tenho contato com diferentes observadores, mais claro fica para mim que embora seja possível tentar dar orientações gerais, o ato de observar é uma descoberta pessoal. Apenas o próprio observador pode descobrir quais estratégias de observação funcionam melhor para si no seu local de observação, com seu telescópio. Mude um destes elementos e tudo precisa ser repensado!
deco27x- Astronomo Amador
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Re: Redutor focal.
deco27x, sim você tem razão em afirmar que quanto maior a pupila de saída menor fica o objeto observado porém com mais brilho e também o "pano de fundo" mais intenso e é exatamente dentro dessa condição que eu já faço uso de um filtro para diminuir a PL. Por outro lado quando se observa com uma saída de pupila menor perde-se o brilho, aumenta o objeto e melhora o "pano de fundo" Nesse ponto onde a pupila de saída é pequena é onde a abertura faz a grande diferença.
AlvaroMiranda- Astronomo Amador
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Re: Redutor focal.
Não entendi muito bem a última afirmação colega, sobre a relação entre a pupila de saída pequena e a abertura.
Se refere ao benefício de uma maior abertura para a mesma pupila de saída, ou estou fazendo confusão?
Se refere ao benefício de uma maior abertura para a mesma pupila de saída, ou estou fazendo confusão?
deco27x- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 19/05/2012
Localização : Salvador - Ba
Re: Redutor focal.
deco27x escreveu:Não entendi muito bem a última afirmação colega, sobre a relação entre a pupila de saída pequena e a abertura.
Se refere ao benefício de uma maior abertura para a mesma pupila de saída, ou estou fazendo confusão?
Desculpe deco27x, mas é isso mesmo, uma maior abertura para uma pequena saída de pupila irá ter maior luminosidade. Você entendeu certo.
AlvaroMiranda- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 24/07/2014
Idade : 66
Localização : Itu/SP
Re: Redutor focal.
O que pode diminuir ou aumentar o tamanho aparente de um objeto é a ampliação, não há nesse caso relação com a pupila de saída que é a área pela qual a luz sai do instrumento. Uma pupila de saída de 9mm por exemplo, terá o excesso de luz barrado pela pupila do olho.AlvaroMiranda escreveu:quanto maior a pupila de saída menor fica o objeto observado
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Re: Redutor focal.
Bruno, veja bem, se eu tiver usando um telescópio 200mm Distancia focal de 1000mm F/5 e usar uma ocular de 25mm eu vou ter uma pupila de saída de 5mm e um aumento de 40x. Agora trocando a ocular para uma de 10mm vou ter uma pupila de saída de 2mm e 100x de aumento. E nesse caso a imagem logicamente foi aumentada porém perde-se um pouco da luminosidade desse objeto.Obviamente que se a pupila de saída ultrapassar 6mm vai haver perda de luminosidade e esse valor tende a diminuir com a idade do indivíduo. Chega-se a conclusão de que para o "mesmo instrumento" quanto menor for a pupila de saída maior será o aumento e maior será também a perca de luminosidade do objeto observado.
AlvaroMiranda- Astronomo Amador
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Data de inscrição : 24/07/2014
Idade : 66
Localização : Itu/SP
Re: Redutor focal.
Dessa forma eu entendí, foi por que do jeito que você escreveu "quanto maior a pupila de saída menor fica o objeto observado", na hora não me ocorreu que uma menor ampliação diminuí de fato o tamanho aparente de um objeto observado. Eu entendí como sendo a pupila de saída determinante para o tamanho aparente do objeto.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: Redutor focal.
Sim Bruno, para um determinado instrumento, quanto maior for a Pupila de saída menor será também a ampliação, por outro lado a luminosidade do objeto será maior. Já com uma Pupila de saída menor o aumento será maior no entanto perde-se a luminosidade, isso usando o mesmo instrumento e se tratando de objetos "grandes" como uma galáxia ou uma nebulosa.
Dê uma olhada no link abaixo, tem informação mais precisas desse assunto.
https://www.astronomics.com/eyepiece-exit-pupils_t.aspx
Dê uma olhada no link abaixo, tem informação mais precisas desse assunto.
https://www.astronomics.com/eyepiece-exit-pupils_t.aspx
AlvaroMiranda- Astronomo Amador
- Mensagens : 228
Data de inscrição : 24/07/2014
Idade : 66
Localização : Itu/SP
Re: Redutor focal.
Tranquilo, essa questão da observância da pupila de saída pode explicar o sucesso em algumas observações de DSOs, e até mesmo de objetos do sistema solar com aparelhos considerados como não apropriados.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: Redutor focal.
É preciso cuidado com o uso de certos termos para evitar confusões.
Vejo muita gente falando de "luminosidade" (quantidade de luz) em vez de falar "brilho de superfície" (quantidade de luz / área na qual ela está distribuída), que seria o termo mais correto.
Eu entendi o que o colega quis dizer, mas da maneira que está posto pode gerar confusão. Quando falamos de luminosidade subentende-se que estamos falando do brilho total do objeto, e para um mesmo instrumento não faria sentido falar de ganho ou perda de luminosidade usando maior ou menor ampliação (saída de pupila menor ou maior) visto que a quantidade total de luz captada do objeto permanece a mesma, apenas é distribuída por uma área maior ou menor a depender da ampliação utilizada. Neste caso é o brilho de superfície da imagem resultante que será função da ampliação utilizada
Vejo muita gente falando de "luminosidade" (quantidade de luz) em vez de falar "brilho de superfície" (quantidade de luz / área na qual ela está distribuída), que seria o termo mais correto.
Eu entendi o que o colega quis dizer, mas da maneira que está posto pode gerar confusão. Quando falamos de luminosidade subentende-se que estamos falando do brilho total do objeto, e para um mesmo instrumento não faria sentido falar de ganho ou perda de luminosidade usando maior ou menor ampliação (saída de pupila menor ou maior) visto que a quantidade total de luz captada do objeto permanece a mesma, apenas é distribuída por uma área maior ou menor a depender da ampliação utilizada. Neste caso é o brilho de superfície da imagem resultante que será função da ampliação utilizada
deco27x- Astronomo Amador
- Mensagens : 930
Data de inscrição : 19/05/2012
Localização : Salvador - Ba
Re: Redutor focal.
Bem lembrado, isso ocorre com frequência por que em se tratando de telescópios luminosidade tem a ver com abertura, o relativo à imagem é o brilho. Um F curto por exemplo proporciona imagens mais brilhantes e não mais luminosas.deco27x escreveu:É preciso cuidado com o uso de certos termos para evitar confusões.
Vejo muita gente falando de "luminosidade" (quantidade de luz) em vez de falar "brilho de superfície" (quantidade de luz / área na qual ela está distribuída), que seria o termo mais correto.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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