Descobertos 437 novos aglomerados na Via Láctea.
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Descobertos 437 novos aglomerados na Via Láctea.
ASTRÔNOMOS BRASILEIROS DESCOBREM 437 NOVOS AGLOMERADOS ESTELARES NA VIA LÁCTEA
Levantamento vai ajudar nos estudos da formação e evolução de sistemas planetários, estrelas e da própria Galáxia.
RIO – Levantamento feito por um grupo de astrônomos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) descobriu 437 novos aglomerados e grupos estelares na Via Láctea. Os objetos são em sua maior parte muito jovens, com cerca de 1 milhão de anos, e ainda estão imersos nas enormes nuvens de poeira onde se formaram, o que os torna alvos ideais para estudos sobre o surgimento e evolução de sistemas planetários, das próprias estrelas e mesmo da estrutura de nossa Galáxia.
De acordo com as atuais teorias, a grande maioria das estrelas de nossa galáxia, se não todas, nascem em aglomerados ou grupos como os encontrados pelos pesquisadores brasileiros. Mas, por estarem ainda ocultos em suas nuvens embrionárias, eles não podem ser observados na faixa da luz visível, o que faz com que apenas cerca de 2 mil dos estimados mais de 10 mil objetos do tipo na Via Láctea já tenham sido identificados. Diante disso, os astrônomos da UFRGS, liderados por Denilso Camargo, analisaram dados coletados pelo telescópio espacial infravermelho WISE, da NASA, que entre 2009 e 2011 mapeou o céu nesta faixa do espectro, capaz de penetrar nas nuvens de poeira e revelar as jovens e quentes estrelas em seu interior.
- Muitos destes objetos ainda não estão completamente formados, com estrelas muito jovens ainda acumulando material em torno delas que podem se transformar em sistemas planetários, enquanto outros já estão sendo destruídos – conta Camargo, que também é o principal autor de artigo sobre o estudo, já aceito para publicação no periódico científico “New Astronomy”. - Tudo isso faz deles bons alvos para pesquisas sobre o surgimento e evolução de sistemas planetários e de estrelas.
E como estes objetos são muito jovens, eles ainda não tiveram tempo de se espalhar e estão próximos dos locais onde nasceram, o que também permite aos astrônomos determinar onde estão os braços espirais da Via Láctea, que não podemos observar “de fora”, revelando detalhes sobre sua estrutura e evolução, destaca Camargo.
- Com este levantamento, também podemos traçar os locais onde estão os braços espirais de nossa Galáxia, já que é o movimento deles que perturba as grandes nuvens de poeira e faz com que elas se colapsem para formar as estrelas e os aglomerados – explica o astrônomo. - Nesse sentido, os aglomerados podem ser considerados os blocos fundamentais na construção das galáxias e, assim, eles também são muito importantes para o estudo da própria estrutura da Via Láctea.
Imagem: Um dos novos aglomerados estelares da Via Láctea identificados pelos astrônomos brasileiros e designado Camargo 40
Créditos: Denilso Camargo/WISE/NASA
Fonte: O Globo
Levantamento vai ajudar nos estudos da formação e evolução de sistemas planetários, estrelas e da própria Galáxia.
RIO – Levantamento feito por um grupo de astrônomos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) descobriu 437 novos aglomerados e grupos estelares na Via Láctea. Os objetos são em sua maior parte muito jovens, com cerca de 1 milhão de anos, e ainda estão imersos nas enormes nuvens de poeira onde se formaram, o que os torna alvos ideais para estudos sobre o surgimento e evolução de sistemas planetários, das próprias estrelas e mesmo da estrutura de nossa Galáxia.
De acordo com as atuais teorias, a grande maioria das estrelas de nossa galáxia, se não todas, nascem em aglomerados ou grupos como os encontrados pelos pesquisadores brasileiros. Mas, por estarem ainda ocultos em suas nuvens embrionárias, eles não podem ser observados na faixa da luz visível, o que faz com que apenas cerca de 2 mil dos estimados mais de 10 mil objetos do tipo na Via Láctea já tenham sido identificados. Diante disso, os astrônomos da UFRGS, liderados por Denilso Camargo, analisaram dados coletados pelo telescópio espacial infravermelho WISE, da NASA, que entre 2009 e 2011 mapeou o céu nesta faixa do espectro, capaz de penetrar nas nuvens de poeira e revelar as jovens e quentes estrelas em seu interior.
- Muitos destes objetos ainda não estão completamente formados, com estrelas muito jovens ainda acumulando material em torno delas que podem se transformar em sistemas planetários, enquanto outros já estão sendo destruídos – conta Camargo, que também é o principal autor de artigo sobre o estudo, já aceito para publicação no periódico científico “New Astronomy”. - Tudo isso faz deles bons alvos para pesquisas sobre o surgimento e evolução de sistemas planetários e de estrelas.
E como estes objetos são muito jovens, eles ainda não tiveram tempo de se espalhar e estão próximos dos locais onde nasceram, o que também permite aos astrônomos determinar onde estão os braços espirais da Via Láctea, que não podemos observar “de fora”, revelando detalhes sobre sua estrutura e evolução, destaca Camargo.
- Com este levantamento, também podemos traçar os locais onde estão os braços espirais de nossa Galáxia, já que é o movimento deles que perturba as grandes nuvens de poeira e faz com que elas se colapsem para formar as estrelas e os aglomerados – explica o astrônomo. - Nesse sentido, os aglomerados podem ser considerados os blocos fundamentais na construção das galáxias e, assim, eles também são muito importantes para o estudo da própria estrutura da Via Láctea.
Imagem: Um dos novos aglomerados estelares da Via Láctea identificados pelos astrônomos brasileiros e designado Camargo 40
Créditos: Denilso Camargo/WISE/NASA
Fonte: O Globo
Bruno- Moderador
- Mensagens : 6551
Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: Descobertos 437 novos aglomerados na Via Láctea.
Viu só?
Isso só vem à confirmar a minha tese.
No Brasil existe um coitadismo que insiste em apontar que os brasileiros
não são capazes de realizações nas áreas científicas. Somos vistos lá fora
como um povo festeiro e preguiçoso, o que não deixa de ser verdade, mas
se a gente levantar, chacoalhar a poeira e ESTUDAR MUITO, tiraremos esse
rótulo que nos acompanha ha séculos!
O Brasil não é só futebol!
Uma boa tarde à todos os colegas do AF (brasileiros que nem eu)!
Isso só vem à confirmar a minha tese.
No Brasil existe um coitadismo que insiste em apontar que os brasileiros
não são capazes de realizações nas áreas científicas. Somos vistos lá fora
como um povo festeiro e preguiçoso, o que não deixa de ser verdade, mas
se a gente levantar, chacoalhar a poeira e ESTUDAR MUITO, tiraremos esse
rótulo que nos acompanha ha séculos!
O Brasil não é só futebol!
Uma boa tarde à todos os colegas do AF (brasileiros que nem eu)!
alemão do espaço- Astronomo Amador
- Mensagens : 111
Data de inscrição : 02/03/2014
Idade : 43
Localização : Gravataí - RS
Re: Descobertos 437 novos aglomerados na Via Láctea.
A astronomia praticada por nós aqui no fórum muitas vezes vai além de um simples hobby ou uma mera curiosidade. Muitos aqui realizam obervações sistemáticas com resultados de altíssimo nível, tanto de relatórios pormenorizados de observações, registros obtidos com grandes instrumentos dotados de tecnologias superiores de captura, quanto daqueles que com instrumentos de pequena e mediana potências se empenham em manter viva a prática dessa ciência. Olhando as astrofotos dos colegas Avani, Pires, os registros do cometa Lemon feitos pelo colegas Lucas87 com um setentinha, as fotos lunares e solares do ALEXANDRE, do alemão, do Reinaldo enfim, de todos os que se empenham aqui e sem o mínimo de reconhecimento oficial (também não fazemos nada esperando algo em troca), me fez recordar de quando eu tive a chance de estudar astronomia num curso de graduação e descobri que, se para praticar e levar a astronomia para todos precisamos primeiro cursar na área de exatas para depois ser graduado nessa disciplina, e só assim poder ser finalmente reconhecido como astrônomo, imaginem se Galileu tivesse de ter passado por tudo isso antes de apontar a sua luneta para o céu, e só aí então ser reconhecido oficialmente como o pai da astronomia observacional. O valor da astronomia feita aqui no Brasil só não é conhecido das autoridades.
BrunoModerador
Bruno- Moderador
- Mensagens : 6551
Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: Descobertos 437 novos aglomerados na Via Láctea.
Exatamente Bruno!
Cara o fato de poder sair ali no pátio de casa, apontar o telescópio pra um ponto
qualquer no céu e perceber que SIM! existe algo lá que nossos olhos não podiam
ver antes, mas que está lá é muito gratificante. No dia em que o meu telescópio
chegou, que eu montei ele e que eu olhei pela primeira vez por ele eu me senti
igual àquele macaco do filme 2001 uma odisseia no espaço, quando ele descobre
o fogo. Cara é maravilhoso. E não precisamos de nenhum tipo de reconhecimento.
Só o fato de poder enxergar além dos meus olhos e de poder compartilhar isso com
os amigos do AF já me recompensa plenamente.
Um abraço à todos os amigos do AF!
Cara o fato de poder sair ali no pátio de casa, apontar o telescópio pra um ponto
qualquer no céu e perceber que SIM! existe algo lá que nossos olhos não podiam
ver antes, mas que está lá é muito gratificante. No dia em que o meu telescópio
chegou, que eu montei ele e que eu olhei pela primeira vez por ele eu me senti
igual àquele macaco do filme 2001 uma odisseia no espaço, quando ele descobre
o fogo. Cara é maravilhoso. E não precisamos de nenhum tipo de reconhecimento.
Só o fato de poder enxergar além dos meus olhos e de poder compartilhar isso com
os amigos do AF já me recompensa plenamente.
Um abraço à todos os amigos do AF!
alemão do espaço- Astronomo Amador
- Mensagens : 111
Data de inscrição : 02/03/2014
Idade : 43
Localização : Gravataí - RS
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