Observação do Mar das Crises.
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Observação do Mar das Crises.
Realizei um teste na Lua crescente (3º dia) com ela já declinando a cerca de 35º oeste, utilizando a ocular WA de 6mm e 66º no meu refrator com uma objetiva Jaegers de 4.1/8 polegadas e F/15. Com 262x de aumentos proporcionados por essa ocular WA apareceu diante dos meus olhos (aliás, do olho esquerdo) um panorama da superfície lunar absurdamente vasto no campo dessa ocular, e confesso que pela primeira vez fiquei meio perdido no meu "velho conhecido" Mar das Crises. Os seus poucos mais de 550 km de extensão e 176.000 quilômetros quadrados se apresentaram gigantescos, com as bordas dos contornos internos "arrematados" por enormes promontórios escarpados e irregulares, como uma capa montanhosa levantada e com dezenas de quilômetros, projetando inúmeras sombras negras em toda a extensão do solo lunar que estava voltada para o terminador. Eram tantos os detalhes visíveis de uma só vez que demorei alguns segundos para encontrar a conhecida cratera Yerkes na borda ocidental do mar, e se a "ponte de O'neil" estivesse por alí eu a teria visto, não tenho dúvidas. Diversas crateras onde várias eram as do tipo "fantasma" podiam ser observadas ao sul, e várias características do relevo dentro e nas proximidades do Mar podiam serem classificados numa morfologia geológica fácil de ser denominada por serem semelhantes às encontradas na terra, tais como planícies, escarpas, encostas, montanhas, etc... . Crateras tais como Eckert, Peirce, Swift, Pickard, Farenheit e Shapley puderam serem identificadas. Inúmeras pequenas crateras de impacto bastante brilhantes se encontravam espalhadas como que ao acaso no interior desse Mar. O que eu via era uma imagem límpida, com muitos dos detalhes do interior deste agora interessantíssimo "Mar" apresentados numa vastidão de aspectos geológicos. Com a objetiva proporcionando uma boa resolução e a distância focal longa proporcionando um contraste excelente, além é claro dessa ocular Wa de 6mm e 66º superaram assim todas as minhas expectativas e experiências na observação lunar. Foi como começar uma nova era, vejo que podemos realizar patrulhamentos úteis nos acidentes lunares utilizando os equipamentos adequados a esse propósito, nas buscas de alguma variação que venha a ocorrer como novas crateras ou desmoronamentos no interior das paredes delas, ou ainda registros sobre as indecifradas anomalias lunares transitórias (TLPS, domos, emanações gasosas, etc... .).
Definitivamente a Lua não é um mundo morto iluminado pelo Sol.
Definitivamente a Lua não é um mundo morto iluminado pelo Sol.
Bruno- Moderador
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