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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Astroavani Ter 11 Jun 2013, 15:14

Amigos Bruno e Administrador!

Embora considero suas opiniões um pouco exageradas, pois existem ótimos tópicos aqui no AF fico feliz em ver que o pessoal aprecia o meu trabalho sobre a Lua, pois este é sem dúvida o meu astro preferido.
Podem ficar descansados que enquanto eu continuar desenvolvendo o meu modesto trabalho sobre este astro tão renegado pela maioria postarei as fotos e conclusões obtidas por aqui.
Eu que agradeço imensamente por terem a paciência de acompanhá-lo e postarem suas considerações, são muitos os locais em que a gente divulga e não há o mínimo interesse.
Abraços!
Avani.

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Bruno Ter 11 Jun 2013, 15:48

Astroavani escreveu:considero suas opiniões um pouco exageradas.
Olá Avani, eu sei que você é um camarada simples e modesto, mas as suas astrofotografias lunares com a QHY foram um "divisor de águas".
E é claro que todos (sem exceções) os usuários que postaram fotos aqui e os que vierem a postar daqui para frente também receberão a mesma gratidão do Astro Fórum, nem que seja uma astrofoto pelo método afocal feita com um celular na mão!
Grande abraço e muito obrigado a todos os astrofotógrafos do AF.

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Astroavani Qua 12 Jun 2013, 22:15

Tycho
Em 1968, animados com as novas imagens de alta resolução da Lua obtidas com a sonda Lunar Orbiter V, Bob Strom e Gilbert Fielder interpretaram fluxos e fraturas dentro da cratera Tycho como sendo evidência do vulcanismo na Lua. Essa foi uma interpretação razoável para a época, mas em meados da década de 1970 foi desenvolvido um entendimento sobre a vasta distribuição do fluxo e da ejeção de rochas derretidas pelo impacto. Fluxos vulcânicos e de rochas derretidas por impacto parecem similares mas a questão principal aqui é o que causou esse derretimento? Se a cratera Tycho de 100 milhões de anos tinha um extenso vulcanismo então a história térmica da Lua foi muito diferente do que se acreditava vastamente. De maneira surpreendente, os cientistas associados com a sonda lunar indiana Chandrayaan-1 publicaram um artigo que poderia ser chamado do artigo de Strom e Fielder parte 2. Usando a maravilhosa alta resolução das imagens obtidas pela sonda e pela LRO a equipe identificou feições morfológicas como domos, fraturas, depósitos de lava, canais de lava, etc. Eles interpretaram essas feições como sendo paisagens verdadeiramente vulcânicas que entraram em erupção de rochas plutônicas subjacentes, com as erupções sendo disparadas pelo lançamento da pressão devido ao impacto que removeu bilhões de toneladas de rocha. Essa teoria bate de frente com o entendimento vigente das rochas derretidas especialmente considerando a grande quantidade de novas informações provenientes da sonda LRO. Procurando por rochas derretidas por impacto em centenas de crateras lunares é claro que o fluxo e os depósitos na Tycho se comportam exatamente da maneira que o material derretido por impacto se manifesta em crateras de grande diâmetro.

A cratera Tycho é um alvo muito popular para os astrônomos amadores, ela está localizada nas coordenadas 43.37˚S, 348.68˚E e tem aproximadamente 82 km de diâmetro. O cume do seu pico central tem uma altura de 2 km com relação ao interior da cratera e a distância do interior da cratera até o seu anel é de 4.7 km.

O complexo do pico central da cratera Tycho, mostrado nessa imagem abaixo, tem aproximadamente 15 km de largura, da esquerda para a direita, ou de sudeste para nordeste nessa visada.
Fotos em detalhe crédito de LROC
Foto em 3D através do QuickMap
Foto panôramica com GSO 12" + QHY 5L

Fotografando formações Lunares - Página 7 495706c1-ef80-455a-93ab-1e4519bd43ceFotografando formações Lunares - Página 7 495706c1-ef80-455a-93ab-1e4519bd43ce

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Admin Qui 13 Jun 2013, 00:25

Parabenizando aqui pela foto e pelo excelente nível de discussão!

Percebi que a foto não está completa, falta uma parte, isso acontece pelo tamanho do arquivo, ela parece ser muito grande e não cabe no espaço do post, teria que diminuir, o que perderia um pouco a graça dos detalhes. Portanto, deixarei aqui o link para que os demais membros possam vê-la na sua completitude. 

Detalhe: fotos com 850 de largura parece que é o limite para postagem aqui no AF.

Aqui o link da foto ampliada:
http://cdn.astrobin.com/images/495706c1-ef80-455a-93ab-1e4519bd43ce.png

Abraços!

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Astroavani Qui 13 Jun 2013, 00:42

Amigo Administrador!

Eu consigo visualizar a foto por inteiro aqui no AF, basta para isto reduzir o tamanho da tela dp PC, ou seja diminuir o zoom.
Avani.

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Admin Qui 13 Jun 2013, 14:13

Astroavani escreveu:
Amigo Administrador!

Eu consigo visualizar a foto por inteiro aqui no AF, basta para isto reduzir o tamanho da tela dp PC, ou seja diminuir o zoom.
Avani.

Eu vi, apertando em crtl -  , mas o ideal é colocar o tamanho certo, pois nem todo usuário tem as manhas.. Bom foi uma ideia!

Aguardando novas fotos!

Abraços!
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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Análise topográfica e geológica de Tycho.

Mensagem  Bruno Qui 13 Jun 2013, 22:01

Astroavani escreveu:
Tycho
Fotografando formações Lunares - Página 7 495706c1-ef80-455a-93ab-1e4519bd43ceFotografando formações Lunares - Página 7 495706c1-ef80-455a-93ab-1e4519bd43ce
Aproveitando este espetacular registro fotográfico de Tycho, deixo uma pequena contribuição com uma rápida análise topográfica e geológica:
Essa cratera apresenta raios de material ejetado durante os impactos finais na lua. O Pico central é formado por rocha ígnea que subiu da crosta e que foi formada por detritos resultantes do piso local que foi derretido durante o impacto, e que acabou fluindo para trás e para baixo quando o mesmo material derretido (composto por rocha de uma mistura de minerais e vidro) ao ser lançado para cima voltou sobre si mesmo ao ser comprimido para trás pelo próprio impacto, criando aquelas montanhas e o Pico central no mesmo instante. As fraturas dos depósitos de material ejetado formaram-se ao longo do tempo como podemos notar pelas paredes íngremes do Pico, e que foram lentamente erodidas escorregando para baixo. Chegará o dia em que esse Pico vai corroer em volta, e esta gigantesca rocha maciça acabará por deslizar pelo piso interior da cratera. Esse piso interno é coberto de rochas que foram derretidas a temperaturas tão elevadas que o solo no local se liquefez, acabando por escorrer pela superfície lunar.
Já as encostas são repletas de rochas fragmentadas (clastos), que mostram camadas estratificadas nitidamente solidificadas com afloramentos formados como resultado de um esmagamento. Embora as bordas sejam maciças na encosta interior os montes são acumulados de massa do material ejetado desde o ponto zero do impacto, e na camada estratigráfica que pode ser vista abaixo do manto percebem-se estrias e sulcos verticais nas faces das paredes internas, e que por sua vez são do tipo linear, sem sinais de curvatura e com a crista apresentando muitas quebras e irregularidades. 

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Última edição por Bruno em Sex 14 Jun 2013, 20:28, editado 2 vez(es)
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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Astroavani Qui 13 Jun 2013, 23:58

A imagem acima mostra uma visão reversa da Lua o que destaca a visibilidade dos raios e das crateras brilhantes. Como mostrado aqui a maioria das grandes crateras raiadas do lado visível da Lua estão perto do equador lunar, Langrenus, aCopernicus e Kepler. A cratera Tycho é uma grande exceção, além de outras que estão aglomeradas ao redor da região norte polar. Uma visão negativa como essa chama a atenção para os raios que tem sua cratera fonte como incerta ainda. O raio Bessel que atravessa o Mare Serenitatis é um famoso exemplo. Ele pode vir da Tycho, mas nenhum outro raio da Tycho chega tão longe da sua fonte. Ele pode vir da Menelaus na costa do Serenitatis, mas por que esse raio chegaria a ir tão longe? Raios mais apagados que cruzam a Imbrium também poderiam se longos raios da Tycho, mas eles não são radiais a essa cratera e são normalmente paralelos uns aos outros ao invés de serem divergentes. Essa visão também mostra a distribuição dos raios da Tycho. É bem conhecido que alguns dos raios da Tycho se estendem para oeste, mas aqui nós podemos ver também que alguns raios seguem para sudeste, com duas exceções em direção ao polo. A imagem abaixo, como muitas outras imagnes da Lua, levantam boas questões que nos encoraja a cada vez querer estudar mais e mais nosso único satélite natural, a Lua.
Texto obtido de "Rubens Núcleo de Estudos da Lua"
GSO 12" + câmera Fuji compacta + ortho KK 25mm
Foto em afocal e exposição única.

Em alta resolução e tamanho pode ser visto em:
http://www.astrobin.com/full/45112/?mod=none
Fotografando formações Lunares - Página 7 Cfc9985e-7843-4b6f-9a3a-662c779c67f6_resized

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Mensagem  Astroavani Dom 16 Jun 2013, 14:37

Caros amigos!

Mais uma vez fui premiado com um LPOD.
Tenho partcipado muito pouco deste prestigiado site porque simplesmente não consigo mais acessá-lo, sempre dá um erro dizendo que a página não existe.
Para obter este LPOD fui obrigado a enviar a foto diretamente ao i-mail do Dr. Chuck Woods conforme sugestão do colega Vaz Tolentino.
Se quiserem visualizar os comentários do mesmo segue o link para acessar a página:
http://lpod.wikispaces.com/June+16%2C+2013

Abraços!
Avani

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Fotografando formações Lunares - Página 7 Empty Re: Fotografando formações Lunares

Mensagem  Astroavani Ter 18 Jun 2013, 22:08

Meu primeiro mosaico lunar a partir de 7 imagens distintas utilizando o software Imerge. Como todo marinheiro de primeira viagem que se preza ficaram faltando algumas partes. Apesar de tudo a idéia foi aprender a alinhar com exatidão as diversas fotos que o compõe.
GSO 12" + QHY 5L
Em resolução total no Astrobin: http://www.astrobin.com/full/45605/?mod=noneFotografando formações Lunares - Página 7 Cd9eee29-9e45-41bc-88e9-4a8c2237d13a_resized

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Mensagem  orlando Qui 20 Jun 2013, 09:38

é de uma qualidade incrível Avaní.
muito nítida a imagem.
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Mensagem  Astroavani Seg 01 Jul 2013, 01:32

Uma imagem feita com um bom telescópios da Lua, é realmente surpreendente. Algumas podem ser pós-processadas para se buscar realçar determinadas feições, mas nunca perdem seu valor. A imagem mostrada abaixo, apresenta inúmeras feições que mereceriam ser descritas, mas alguns detalhes são especialmente relevantes. Primeiro, o material ejetado da Triesnecker, próximo à parte inferior esquerda (indicado pela seta), é claramente visto cobrindo um segmento de canal ao sul, ou seja, abaixo da cratera. Isso mostra que a crateraTriesnecker é mais jovem que os canais o que é surpreendente pois a lava e os canais a leste, ou seja, a direita da cratera, não são cobertos pelo material ejetado.
Se virando agora para o lado oeste do Canal Hyginus, no mínimo 7 das crateras de colapso sem anel que fazem o canal são visíveis. Essas crateras de colapso são similares às crateras de cavidades encontradas no Havaí que se alinham sobre dutos de subsuperfície que conduzem o magma para longe da cratera do Monte Kilauea, papel esse feito pela Cratera Hyginus na Lua. A cratera Hyginus, é provavelmente a maior cratera vulcânica na Lua – por que será não existem outras tão grandes?
GSO 12" + QHY 5L + Powermate 4X
Empilhamento AS!2
Mosaico composto por duas fotos a partir do Imerge
Pós processamento no Photofiltre e Irfan
Fotografando formações Lunares - Página 7 D8cbc78b-256d-4ea0-a4c6-35993d54cfc8_resized

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Mensagem  Astroavani Qui 04 Jul 2013, 04:04

Posidonius
As crateras com o interior, ou assoalho fraturado, são as mais interessantes da Lua. Tudo bem, você pode até dizer que as grandes crateras Copernicus e Tycho, que não possuem um interior fraturado são bem interessantes. É verdade, essas duas crateras são muito interessantes, mas será que elas tem tantas coisas diferentes como as de interior fraturado? Vamos considerar alguns exemplos de crateras fraturadas como a Alphonsus, a Posidonius, a Gassendi e a Petavius. Primeiro, elas são crateras relativamente grandes, com um interior soerguido e fraturas relacionadas concêntricas. Em segundo lugar, essas e outras crateras de interior fraturado frequentemente possuem vários tipos de canais, crateras concêntricas e crateras de halo escuro. Algumas crateras de interior fraturado são jovens o suficiente para terem raios (exceto a Taruntius), isso acontece pois elas já existiam quando os mares de basalto foram sendo produzidos, evento que se encerrou a aproximadamente entre 3 e 2.5 bilhões de anos atrás. Aproximadamente, todas as crateras de interior fraturado estão localizadas nas margens de mares e o modelo vigente é que o magma nasceu nas fraturas das bacias e se depositou sob as crateras, soerguendo seus interiores e gerando erupções de lavas em seus interiores. Em 1976 Pete Schultz foi o primeiro cientista a voltar sua atenção para as crateras de interior fraturado e a destacá-las como um classe modificada de crateras de impacto, ele chegou a identificar 206 dessas crateras mas nunca publicou uma lista compreensiva delas. O mapa em anexo, feito por alunos de verão do Lunar & Planetary Institute em Houston, com base nas pesquisas das imagens das missões Clementine e Apollo, resultando na descoberta de mais 110 crateras de interior fraturado e 85 possíveis novas crateras. Infelizmente esse estudo não foi publicado. Com os mosaicos gerados pela LRO que estão disponibilizados será possível confirmar o estudo e provavelmente até encontrar novas crateras. Essa base de dados bem maior irá fornecer para estudantes de PhD preciosas informações. Esses estudantes poderão fazer uma análise cuidadosa e uma análise nova das crateras de interior fraturado, isso com certeza trará novos entendimentos sobre suas origens e sua evolução.
Fonte: Rubens Núcleo de Estudos da Lua
Foto: Posidonius by Avaní Soares
Equipamento: GSO 12", QHY 5L, Powermate 2" 4X
Foto em maior resolução: http://www.astrobin.com/full/46890/?mod=none
Fotografando formações Lunares - Página 7 Abf9425c-fb39-4e1e-897a-3ac9241d1bd3_resized

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Mensagem  Astroavani Sáb 06 Jul 2013, 03:53

Julgando pelo que se lê na internet recentemente existe muita confusão e um grande desentendimento sobre os canais, ou ranhuras lunares. Diferentes sites dizem que o Sirsalis Rille, mostrado na imagem abaixo, é um tudo de lava ou um canal de lava, mas alguns também admitem uma confusão que essa feição vulcânica poderia se formar nas terras altas da Lua ao invés de se formar nos mares. A palavra rille (canal ou ranhura) é usada para descrever uma grande variedade de vales que são consideravelmente mais longos do que largos. Canais sinuosos, como o Marius, são tubos de lava vulcânicos e canais. Os lineares, como o Ariadaeus e os concêntricos como o Hippalus são rachaduras tectônicas normalmente associadas com o regime de tensão relacionado com as bacias de impacto. Os canais lineares são interpretados como depressões formadas sobre feixes verticais de magma chamados de diques. Os diques nascem em regiões onde a tensão horizontal é extensional, fazendo com que seja fácil para o dique empurrar para cima as rochas ao redor. O Sirsalis Rille, é um dos maiores canais, ou ranhuras lineares da Lua, com aproximadamente 380 km de comprimento. De acordo com referências bibliográficas, o canal tem uma largura máxima de 3.7 km e uma profundidade média de 230 metros. O que apoia a interpretação deste canal como um dique vulcânico são as medidas magnéticas feitas pelas naves Apollo e Lunar Prospector que revelaram uma grande anomalia linear sobre o dique. O Sirsalis Rille está entre os 8 ou 10 canais aproximadamente radiais à hipotética bacia de impacto Gargantuan que teve seu terço oeste preenchido pelo Oceanus Procellarum. De alguma forma os diques estão relacionados à vasta depressão Gargantuan, mas exatamente como essa relação ocorre ainda é um mistério.
O Canal Sirsalis é fascinante pois além de ser grande em comprimento ele tem um forte campo gravitacional, mas o canal observado na imagem abaixo também pode ser considerado marcante pois ele cai dentro da cratera De Vico A e então escala sua parede. Olhando assim parece que ele surgiu nessa região como um raio. Mas ele surgiu sim graças a forças vindas de baixo, aparentemente um lençol vertical de magma que também provavelmente viajou lateralmente e alimentou a lava para o Oceanus Procellarum. Como o canal não pode flutuar ele é mais baixo no interior da cratera do que em seu anel. O canal então cruza o interior de uma grande cratera sem nome onde sofre um grande desvio. A razão desse desvio é completamente misteriosa, mas uma coisa que é clara é uma série de canais que parecem começar na Sirsalis e se dirigem para a Darwin, onde um forte canal cruza o interior diagonalmente. Os canais as vezes parecem ter vida própria fazendo o que querem fazer. Pelo menos é assim que eles parecem ser quando nós não podemos entender as forças que os criaram.
Fonte: LPOD/Cienctec/Rubens Núcleo de Estudos da Lua
Mosaico obtido a partir de 3 filmes para captar Rimae Sirsalis em grande ampliação.
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Fotografando formações Lunares - Página 7 Rimae_Sirsalis

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Mensagem  Astroavani Dom 07 Jul 2013, 18:42

Sirsalis é uma cratera de impacto relativamente jovem localizada perto do limbo lunar ocidental, a sudoeste da Procellarum Oceanus. A cratera fica do outro lado de um cume que corre em uma direção norte-sul. Ela tem uma ponta afiada e um pico central baixo. As sobreposições de uma cratera ligeiramente maior e mais velha 'Sirsalis A 'para o oeste-sudoeste, e as duas formam uma característica distintiva. Para o leste há um sistema de rille nomeado Rimae Sirsalis . O mais longa destes rilles segue uma linha aproximadamente norte-nordeste a sul-sudoeste, apenas tocando a borda sudeste da cratera 'Sirsalis F' de cerca de 10 km. Este longo rille que eu já publiquei a pouco tempo em uma foto de mosaico corre por 330 km da costa do Oceanus Procellarum até cruzar a cratera 'Darwin A' e também cruza a Rimae Darwin a leste da cratera Darwin.
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Depois que meu amigo Zeca, chamou a atenção sobre Sirsalis J e sua sombra aparentemente anormal e lançou também algumas especulações muito interessantes, minha curiosidade foi despertada. Andei analisando o QuickMap e criei uma imagem tridimensional da referida cratera. Pesquisei na internet mas não achei informações específicas sobre a mesma. Creio ser interessante repetir aqui as afirmações dele:
"Tem algo de anormal na Sirsalis J, aquela cratera logo abaixo de Sirsalis F. Veja que a direção da sombra interna da cratera está num ângulo diferente das demais crateras circundantes. Além disso ela parece estar no topo de um monte e isso poderia explicar a sua sombra "errada". Se Sirsalis J for uma cratera de impacto quase no topo de uma montanha, ela poderia estar com alguma inclinação diferente das demais crateras que ocorrem na planície e isso explicaria sua sombra com orientação diferente. Ainda se poderia especular que esta montanha poderia ser um vulcão pela sua forma aparente de um cone e por estar sobre a rimae Sarsilis.
São especulações, mas acho interessante uma pesquisa".
Eu creio que o impacto de um objeto com estas dimensões no topo de um monte provavelmente iria destruir o referido monte, mas são puras suposições sem base nenhuma.
Realmente observando a imagem tridimensional do QuickMap se tem a forte impressão de que ali existe um Super Dome, coisa que eu não tenho conhecimento de que exista algum com estas proporções na Lua. Enfim como disse o Zeca, são puras especulações mas que tornam a arte da fotografia Lunar um passatempo tão saboroso.
Fotografando formações Lunares - Página 7 Sem_t_tulo6

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Mensagem  Astroavani Seg 08 Jul 2013, 23:44

Pessoal!

Esta foto lascou um LPOD no dia de hoje, oara quem quiser conferir: http://lpod.wikispaces.com/July+8%2C+2013

Avani

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Mensagem  Admin Ter 09 Jul 2013, 00:44

Astroavani escreveu:Pessoal!

Esta foto lascou um LPOD no dia de hoje, oara quem quiser conferir: http://lpod.wikispaces.com/July+8%2C+2013

Avani

Mandou bem demais Avani, como sempre!
Parabéns!
Fico feliz em tê-lo aqui colaborando com o AF com suas imagens fantásticas!
Todos os membro agradecem, tenho certeza!
Abraços
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Mensagem  Astroavani Ter 09 Jul 2013, 03:11

A Agência Espacial Europeia lançou recentemente uma imagem espetacular feita pela sonda Mars Express. Essa imagem mostra uma cratera com aparência muito familiar três ou quatro vezes mais longa e mais larga. É certo que os observadores lunares irão reconhecer a semelhança com a Cratera Schiller, embora o conteúdo da explicação da ESA para imagem não incluiu em nenhum momento uma citação sobre essa semelhança. O comentário da ESA sobre a imagem diz que essa cratera provavelmente foi formada pelo choque de um trem de projéteis. Essa é uma possibilidade, mas a cratera marciana que tem 78 km de comprimento é jovem o bastante para preservar a cobertura de material ejetado pelo impacto que somente se estende para os lados da estrutura alongada. Esse é um sinal para um diagnóstico que aponta para um impacto oblíquo. A Cratera Schiller na Lua tem 180 km de comprimento e parece quase que idêntica com a cratera marciana no que diz respeito a forma definida pelos limites, mas seu interior é preenchido e parte dela tem um pico central linear, outro sinal para se diagnosticar sua origem a partir de um impacto oblíquo. As lavas que entraram em erupção dentro da Bacia Schiller-Zucchius cobriram o material ejetado da Schiller, e se tem quase certeza de que essa cobertura também se estendeu para os lados. A aproximadamente 25 anos atrás notou-se que existiam algumas crateras alongadas em Marte e alguns pesquisadores sugeriram que existiu uma população de satélites ao redor de Marte que se chocaram com o planeta gerando essas crateras e que Fobos e Deimos estão esperando somente um pouco mais para logo se chocarem com Marte e gerarem novas crateras oblíquas. A Lua possui somente a Cratera Shciller que provavelmente se formou a partir de um grande evento de impacto oblíquo.

Um outro aspecto interessante desta mesma cratera é que faz parte das raras formações em que foram fotografadas as famosas "Pedras que rolam".

Cientistas da NASA fotografaram uma pedra que rolou por toda a superfície da lua. A imagem, capturada pelo Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (Câmera de Reconhecimento do Orbitador Lunar), mostra a pedra que caiu em um declive na cratera Schiller, deixando para trás sua trilha original.
Mas longe de ser um evento recente, as marcas da rocha sugerem que ela se moveu pela lua entre 50 e 100 milhões de anos atrás.
Pesquisadores acreditam que a pedra começou a rolar depois de ser atingida por um meteorito, ou depois de ser desalojada por tremores de um impacto nas proximidades.
Na minha foto indico com certa precisão o local onde a pedra rolou!
Fonte: LPOD/Ciencte/LROC/Telegraph/Hypescience
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Mensagem  orlando Ter 09 Jul 2013, 17:45

show!
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Mensagem  Durva Ter 09 Jul 2013, 19:58

Parabéns por mais esse LPOD Avani. E como disse o Admin suas astrofotos são fantásticas, bem como os textos em anexo, sempre ricos em detalhes sobre a região fotografada. Seu material nos incentiva a observar, estudar e até nos arriscarmos a fotografar nosso satélite.

Seu trabalho sera sempre muito valorizado aqui no AF.

Abraço.


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Mensagem  Astroavani Sáb 13 Jul 2013, 01:56

Philolaus é uma cratera interessante em parte porque o bólido que lheu origem acertou exatamente em cima de outra cratera mais antiga, Philolaus C, (vide minha foto abaixo) e em parte porque as crateras lunares são como os seres humanos, elas são bem parecidas na forma geral, mas possuem muitos detalhes que diferenciam uma da outra. A Cratera Philolaus com 70 km de diâmetro numa primeira olhada se parece com as crateras Anaxágoras, Tycho e muitas outras grandes crateras, mas a crista de seu anel tem desvios da perfeita circunferência que dão a ela características únicas (vide foto 3D do QuickMap).
Cada uma dessas feições que lembram degraus marcam onde uma seção da parede do anel que foi fraturada e então deslizou pelo talude, criando assim um pedaço de terraço ou gerando simplesmente uma massa de detritos acumulados. Alguns pedaços de rocha – na verdade pequenas montanhas com alguns quilômetros de largura – rolaram pela parede do anel da cratera e se depositaram no interior. A falta de uma atmosfera significa que nenhum som foi produzido quando esses gigantescos deslizamentos de rocha ocorreram, mas muitos sismos lunares foram produzidos com esses deslizamentos criando uma nuvem de poeira temporária sobre a cratera.
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Mensagem  Astroavani Dom 14 Jul 2013, 00:15

A imagem abaixo mostra a região polar sul da Lua durante uma observação realizada em 29 de abril de 2013, levando a vantagem de uma libração favorável em latitude. Um clássico exercício quando se observa uma região como essa é tentar descobrir o nome das crateras que ali aparecem. Vamos começar pela Curtius no canto inferior a esquerda, depois passamos a Moretus, a cratera localizada no centro da imagem, com seu brilhante pico central. Um pouco além dela está a Short, e um pouco para a direita está a Newton e a Newton D, G, A e B. Um pouco mais além, quase no limbo está a Cabeus, e, emergindo do limbo, pode-se ver dois picos de montanhas conhecidos como M4 e M5. Interessante destacar também Malapert pois se fizermos uma triangulação imaginária (pontilhado) com Cabeus teríamos na outra ponta do triângulo a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado por um x),
Esta técnica deveria chamar-se "Crater Hopping" e poderia ser usada mais frequentemente pelos observadores lunares que querem situar-se com precisão.

Outro fato interessante em relação a cratera Cabeus é que foi nela que ocorreu o impacto da sonda LCross visando comprovar a existência de água na Lua.
Os resultados do impacto confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, conforme divulgação da NASA:
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.
Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro de 2009, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.

"Estamos extasiados", disse Anthony Colaprete, cientista do LCross e principal pesquisador do Centro de Pesquisa em Moffet Field, da Nasa.

"Múltiplas linhas de evidência" mostram que a água estava presente nas duas partes do material expelido pela cratera Cabeus, o que torna "seguro dizer que ela possui água", completa ele.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas "assinaturas" espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado pela LCross para a verificação.
Cientistas especularam por muito tempo sobre a fonte de vastas quantidades de hidrogênio que foram observados nos polos lunares. As descobertas da LCross mostram que a água na Lua deve ser em maior quantidade e mais distribuída pelo astro do que suspeitado previamente.
O impacto criado pelo estágio superior do foguete Centauro do LCross criou um volume de material em duas partes a partir da base da cratera, diz a Nasa. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina e a segunda, de materiais mais pesados.

"Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e por extensão do Sistema Solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

As áreas permanentemente sombreadas "guardam uma chave para a história e evolução do Sistema Solar", diz o comunicado da Nasa.
A agência espacial também diz que, desde que ocorreram os impactos, a equipe de cientistas da LCross "trabalhou sem parar" para analisar a gigantesca quantidade de dados que a nave coletou.
A equipe se concentrou em dados dos espectrômetros do satélite, que fornecem a mais definitiva informação sobre a presença de água. Um espectrômetro examina luz emitida ou absorvida pelos materiais, o que ajuda a identificar a composição deles.
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Mensagem  starman Dom 14 Jul 2013, 08:42

Astroavani escreveu: fizermos uma triangulação imaginária (pontilhado) com Cabeus teríamos na outra ponta do triângulo a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado por um x),
Esta técnica deveria chamar-se "Crater Hopping" e poderia ser usada mais frequentemente pelos observadores lunares que querem situar-se com precisão.
Bom dia Avani, excelente essa técnica para a visualização do pólo sul lunar. Será um grande desafio eu procurar essas formações lunares durante uma libração mas as suas fotos serão um verdadeiro guia. Parabéns pela sua competência pois ficou excepcional essa sua astrofoto lunar, e quanto ao "set-up" é como o Bruno disse: "essa QHY veio para colocar a astrofotografia num patamar superior".

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Mensagem  Bruno Dom 14 Jul 2013, 22:14

Astroavani escreveu:Outro fato interessante em relação a cratera Cabeus é que foi nela que ocorreu o impacto da sonda LCross visando comprovar a existência de água na Lua.
Os resultados do impacto confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, conforme divulgação da NASA:
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.
Algumas crateras que estão localizadas próximas aos pólos estão constantemente na escuridão, e as suas temperaturas podem chegar a 240 graus Celsius negativos mantendo a água congelada. Inclusive estando na lua a quebra das moléculas com energia elétrica pode produzir oxigênio para o interior de futuras bases, e o hidrogênio poderá ser utilizado como combustível para foguetes.

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Mensagem  Astroavani Dom 14 Jul 2013, 22:36

OLá Bruno, veja esta notícia!

Cratera da Lua esta entre os locais mais frios do Sistema Solar
(BBC / Terra) Dados coletados por uma missão da Nasa que está fazendo um mapeamento da superfície da Lua apontam que crateras que ficam na região do polo sul do satélite podem ser alguns dos locais mais frios de todo o Sistema Solar.

Segundo as primeiras informações coletadas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que foi lançado no último dia 18 de junho, as temperaturas em regiões que nunca recebem a luz do Sol no interior destas crateras podem chegar a -238º C, pouco acima do zero absoluto, -273,15 ºC.

"Estas temperaturas extremamente frias estão, até onde sabemos, entre as menores que já foram registradas em qualquer outro lugar do Sistema Solar", diz David Paige, responsável pelo Diviner Lunar Radiometer Experiment, um dos sete instrumentos a bordo da missão e que está fazendo um mapeamento térmico da Lua.

Gelo
Segundo os pesquisadores, o fato de existirem estes locais com temperaturas extremamente baixas na Lua aumenta a probabilidade de que haja água e outros componentes congelados no interior dessas crateras.

A eventual presença de gelo nelas pode ser de extrema importância para futuras missões tripuladas ou não à Lua, principalmente se elas durarem longos períodos. Isso porque a descoberta permitiria reduzir a quantidade de material que precisaria ser transportado da Terra em futuras missões.

O mapeamento térmico detalhado da Lua feito pelo Diviner Lunar Radiometer Experiment, além de localizar áreas extremamente frias, pode dar pistas sobre a composição de rochas e do solo, além de apontar regiões que podem ser perigosas para o pouso de veículos.

Os dados coletados apontam ainda que as variações de temperaturas na superfície da Lua estão entre as mais extremas do Sistema Solar. Segundo as informações, ao meio-dia, na região no equador lunar, as temperaturas na superfície ultrapassam os 106 °C. Durante a noite, no entanto, a temperatura cai a -183 °C.

POrtanto você está mais que correto!
Abraço!

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