Neil Turok, o físico que desafia teoria do Big Bang e defende ideia de Universo espelho.

É corrente no meio científico que a principal teoria sobre o surgimento do universo é a de que tudo começou com o famoso Big Bang, uma incomensurável explosão de toda a matéria há cerca de 13,8 bilhões de anos, entretanto alguns Físicos questionam esse modelo e argumentam que talvez o Big Bang não teria acontecido como se acredita atualmente. Um deles é o físico teórico sul-africano Neil Turok, diretor do Perimeter Institute for Theoretical Physics situado no Canadá.
Neil Turok que também trabalhou junto com Stephen Hawking ao estudarem os mistérios do início do universo, disseram que os cálculos em que trabalharam juntos tinham falhas e eram inconsistentes. Isso explica os problemas encontrados quanto à Constante Cosmológica.
Para tentar explicar como funcionaria o universo, eles agregaram cada vez mais ideias novas sobre partículas, dimensões extras e até mesmo campos invisíveis.
A teoria mais aceita atualmente é a do Big Bang onde supõe que toda a matéria e energia existentes se concentravam em um ponto (singularidade), e que uma poderosa explosão fez com que tudo o que existe no universo se expandisse em bilhões de vezes seu tamanho original.
Neil Turok no entanto desafia essa visão. O problema, de acordo com a sua teoria, é a de que essa concepção do universo violaria um princípio de simetria da mecânica quântica que diz que as leis da natureza permanecem invariáveis, mesmo sob transformações locais das coordenadas espaço-tempo.
A proposta de Neil Turok é a de que o Big Bang também teria dado origem a um "universo espelho", onde governariam as nossas mesmas leis da física porém exatamente ao contrário.
Em suma seria um "anti-universo" onde o tempo correria para trás e a antimatéria seria dominante, então dessa forma a simetria seria cumprida.
Isso também eliminaria a possibilidade de que existam multiversos ou dimensões extras que são hipóteses até agora não comprovadas, mas utilizadas para explicar vários fenômenos astronômicos como a matéria e a energia escuras.
A sua teoria prevê que o Big Bang produziu um grande número de "neutrinos destros", um tipo de partícula que ainda não foi observada mas que os físicos acreditam existir.
De acordo com esse modelo do universo-espelho a matéria escura seria constituída de "neutrinos destros", e nesse universo duplo gerado pelo Big Bang poderíamos calcular quantos desses "neutrinos destros" deveriam haver atualmente no universo visível, e esse número corresponderia ao quanto de matéria escura também deveria existir, tudo dentro do universo observável.
Desta forma, poderíamos chegar a uma explicação mais simples para a matéria escura que não requer nenhuma nova teoria.
Apesar de ser uma teoria ousada ainda é cedo para ser totalmente assimilada, e só o tempo dirá o que pode ter acontecido nos primórdios da criação do Universo.

Bruno
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