Observação de vênus, jupiter e saturno.
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Observação de vênus, jupiter e saturno.
Data: 11/06/2015
Hora: 17:30 - 22:30 - UTC 20:30/01:30
Instrumento: Refrator acromático EQ óptica Jaegers 103mm d/f 1575mm - F15.4
Oculares: Plossl 10mm 157x, Vixen 8mm 197x e WA 6mm 260x
Condições de estabilidade atmosférica: céu limpo - 22º - ventos 04 a 06 km/h
Seeing: estimado entre 8 e 9 na escala Pickering
Vênus: Com 260x e CA mínima foi possível constatar as cúspides mais acentuadas em relação ao terminador. Três grandes manchas acinzentadas foram observadas na porção oeste do disco. Embora ainda seja considerada uma ilusão de ótica, durante vários minutos a "luz cinzenta" se manifestou nos contornos do hemisfério não iluminado pelo sol.
Jupiter: Com 157x imagens afiadas e estáveis apesar da declinação oeste, com boa nitidez enquanto o céu de fundo ainda se encontrava azul. Com 260x a zona polar sul SPZ mostrou-se bastante escurecida e se estendendo até quase tocar a zona tropical sul StrZ, unindo-se com a faixa temperada sul STB (mais estreita) na sua extremidade norte. A faixa equatorial sul SEB apresentava ondulações em ambas as bordas, e a faixa equatorial norte NEB se mostrou entremeada de tênues manchas brancas no seu interior, e várias irregularidades na borda norte, duas nodosidades (DOS?) de cada lado do meridiano central, e uma mancha oval escura DOS maior e mais visível na mesma borda a oeste, e invadindo a extremidade interna norte da zona equatorial EZ. A faixa equatorial EZ foi visualizada como uma fina linha ondulada no equador do planeta. Uma grande mancha tênue denotava a formação de um "festoon" só que dessa vez bem definido como um imenso "cirro", e que partia da borda sul da faixa equatorial norte NEB, porém por ela estar próxima do limbo oeste foi visível por pouco tempo, e logo desapareceu por trás do planeta. Ao norte a faixa temperada norte NTB foi observada bem próxima da borda sul da zona equatorial norte. Ela se mostrava mais grossa sugerindo estar muito próxima da faixa temperada norte do norte NNTB. Três luas ( Io, Ganimedes e Calisto) se encontravam alinhadas no mesmo plano a oeste, enquanto outra lua (europa) realizava um trânsito projetando a sua sombra atrás e um pouco ao norte da faixa equatorial EZ. Nas proximidades dos limbos leste e oeste ela podia ser vista deslizando diante do disco tendo ao fundo a zona equatorial mais clara.
Saturno: Com 260x a divisão de cassini era visível inclusive na porção frontal, na parte mais estreita dos anéis A e B. Anel A mais escuro que o anel B, anel C bem visível diante do globo, embora muito pouco pronunciada a sombra do globo estava ligeiramente projetada na seção oeste do anéis, a "cinta" equatorial bem mais grossa do que de costume, e se estendendo no hemisfério norte desde a região equatorial até à zona temperada norte. Com boa nitidez deu para perceber o escurecimento no polo norte do planeta onde se situa o "olho", que se mostrou como uma mancha arredondada de coloração cinza escuro. Um "engrossamento" podia ser visualizado na borda sul e a leste da faixa equatorial, não podendo ser definido com precisão se era mais uma faixa na zona equatorial ou se foi um fenômeno na própria faixa. Cinco luas foram visualizadas sem dificuldade, e a variabilidade de japeto foi constatada.
Hora: 17:30 - 22:30 - UTC 20:30/01:30
Instrumento: Refrator acromático EQ óptica Jaegers 103mm d/f 1575mm - F15.4
Oculares: Plossl 10mm 157x, Vixen 8mm 197x e WA 6mm 260x
Condições de estabilidade atmosférica: céu limpo - 22º - ventos 04 a 06 km/h
Seeing: estimado entre 8 e 9 na escala Pickering
Vênus: Com 260x e CA mínima foi possível constatar as cúspides mais acentuadas em relação ao terminador. Três grandes manchas acinzentadas foram observadas na porção oeste do disco. Embora ainda seja considerada uma ilusão de ótica, durante vários minutos a "luz cinzenta" se manifestou nos contornos do hemisfério não iluminado pelo sol.
Jupiter: Com 157x imagens afiadas e estáveis apesar da declinação oeste, com boa nitidez enquanto o céu de fundo ainda se encontrava azul. Com 260x a zona polar sul SPZ mostrou-se bastante escurecida e se estendendo até quase tocar a zona tropical sul StrZ, unindo-se com a faixa temperada sul STB (mais estreita) na sua extremidade norte. A faixa equatorial sul SEB apresentava ondulações em ambas as bordas, e a faixa equatorial norte NEB se mostrou entremeada de tênues manchas brancas no seu interior, e várias irregularidades na borda norte, duas nodosidades (DOS?) de cada lado do meridiano central, e uma mancha oval escura DOS maior e mais visível na mesma borda a oeste, e invadindo a extremidade interna norte da zona equatorial EZ. A faixa equatorial EZ foi visualizada como uma fina linha ondulada no equador do planeta. Uma grande mancha tênue denotava a formação de um "festoon" só que dessa vez bem definido como um imenso "cirro", e que partia da borda sul da faixa equatorial norte NEB, porém por ela estar próxima do limbo oeste foi visível por pouco tempo, e logo desapareceu por trás do planeta. Ao norte a faixa temperada norte NTB foi observada bem próxima da borda sul da zona equatorial norte. Ela se mostrava mais grossa sugerindo estar muito próxima da faixa temperada norte do norte NNTB. Três luas ( Io, Ganimedes e Calisto) se encontravam alinhadas no mesmo plano a oeste, enquanto outra lua (europa) realizava um trânsito projetando a sua sombra atrás e um pouco ao norte da faixa equatorial EZ. Nas proximidades dos limbos leste e oeste ela podia ser vista deslizando diante do disco tendo ao fundo a zona equatorial mais clara.
Saturno: Com 260x a divisão de cassini era visível inclusive na porção frontal, na parte mais estreita dos anéis A e B. Anel A mais escuro que o anel B, anel C bem visível diante do globo, embora muito pouco pronunciada a sombra do globo estava ligeiramente projetada na seção oeste do anéis, a "cinta" equatorial bem mais grossa do que de costume, e se estendendo no hemisfério norte desde a região equatorial até à zona temperada norte. Com boa nitidez deu para perceber o escurecimento no polo norte do planeta onde se situa o "olho", que se mostrou como uma mancha arredondada de coloração cinza escuro. Um "engrossamento" podia ser visualizado na borda sul e a leste da faixa equatorial, não podendo ser definido com precisão se era mais uma faixa na zona equatorial ou se foi um fenômeno na própria faixa. Cinco luas foram visualizadas sem dificuldade, e a variabilidade de japeto foi constatada.
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
- Mensagens : 6551
Data de inscrição : 29/10/2011
Idade : 62
Re: Observação de vênus, jupiter e saturno.
Bruno.
Com telescópios amadores de grande ampliação tem como ver as Luas Júpiter?
Tipo, ver como vemos os Planetas? Focar só em uma Lua pra ver sua superfície?
Com telescópios amadores de grande ampliação tem como ver as Luas Júpiter?
Tipo, ver como vemos os Planetas? Focar só em uma Lua pra ver sua superfície?
Marcos Poncio- Astronomo Amador
- Mensagens : 363
Data de inscrição : 29/12/2014
Localização : Curitiba
Re: Observação de vênus, jupiter e saturno.
com um equipamento de bom tamanho (no mínimo 200mm) é possível ver as luas galileanas como "bolinhas", mas sem detalhes. Para ver detalhes na superfície delas, NA TEORIA, seria necessário um telescópio MUITO GRANDE, como o poder resolutivo de um telescópio em segundos de arco é 120/D (mm), onde D é o diâmetro d a objetiva em milímetros, se um 200 mm é o mínimo para vê-las como bolinhas, eu chutaria 5x isso, no mínimo, para começar a ver algum detalhe.
Mas isso é só teoria. Na prática, mesmo com um equipamento monstruoso como esse (objetiva de 1000mm!), o seeing dificilmente permitiria tal empreitada. Veja bem, um equipamento com 1000mm de abertura tem poder resolutivo de 0,12"! Com que frequência a atmosfera está tão estável para permitir o aproveitamento pleno de um poder resolutivo desses? Quase zero,infelizmente. Na maioria dos lugares, o seeing limita o poder resolutivo a algo em torno de 2" a 1" na maioria das noites (quando não é pior...), noites onde o poder resolutivo de um 200mm (0,6") pode ser plenamente aproveitado são muito raras na maioria dos lugares, imagina um 1000mm!
Observar detalhes nas luas galileanas, infelizmente, não é para nós mortais...
Mas isso é só teoria. Na prática, mesmo com um equipamento monstruoso como esse (objetiva de 1000mm!), o seeing dificilmente permitiria tal empreitada. Veja bem, um equipamento com 1000mm de abertura tem poder resolutivo de 0,12"! Com que frequência a atmosfera está tão estável para permitir o aproveitamento pleno de um poder resolutivo desses? Quase zero,infelizmente. Na maioria dos lugares, o seeing limita o poder resolutivo a algo em torno de 2" a 1" na maioria das noites (quando não é pior...), noites onde o poder resolutivo de um 200mm (0,6") pode ser plenamente aproveitado são muito raras na maioria dos lugares, imagina um 1000mm!
Observar detalhes nas luas galileanas, infelizmente, não é para nós mortais...
deco27x- Astronomo Amador
- Mensagens : 930
Data de inscrição : 19/05/2012
Localização : Salvador - Ba
Re: Observação de vênus, jupiter e saturno.
:'(
Que Pena.
Achei que dava pra ver elas
kkkkkkkk
Graça aos Deuses que existem as Sondas então.
Se não nunca iriamos ver tanta coisa
Vlws Deco
Que Pena.
Achei que dava pra ver elas
kkkkkkkk
Graça aos Deuses que existem as Sondas então.
Se não nunca iriamos ver tanta coisa
Vlws Deco
Marcos Poncio- Astronomo Amador
- Mensagens : 363
Data de inscrição : 29/12/2014
Localização : Curitiba
Re: Observação de vênus, jupiter e saturno.
Olá Marcos, como o colega Deco27x advertiu a observação visual de detalhes nas luas galileanas está além do alcance dos aparelhos comumente disponibilizados no mercado, por que para isso precisam ter além de uma grande abertura uma grande distância focal, e para nós pobres mortais aqui no Brasil isso é um sonho que vai cu$tar no mínimo uma pequena fortuna.Marcos Poncio escreveu:Com telescópios amadores de grande ampliação tem como ver as Luas Júpiter?
Tipo, ver como vemos os Planetas? Focar só em uma Lua pra ver sua superfície?
Quando eu uso o refrator de 103mm F15.4 e 260x de aumentos dá pra ver a forma esférica delas, as diferenças nos diâmetros e as variações de brilho. Consigo fazer estimativas de albedo e perceber claramente que o diâmetro visual delas varia entre quando realizam um trânsito, e ao passarem lá por trás de jupiter no outro extremo da órbita. Às vezes também parece que em determinados pontos das órbitas as luas maiores apresentam uma ligeira fase.
Existem registros visuais (desenhos) feitos em 1912 pelo astrônomo espanhol Comás Solá, e que mostram grandes manchas sombrias nas luas de jupiter, mas para tanto ele utilizou visualmente o refrator equatorial Mailhatt de 380mm F17 instalado no observatório Fabra:
A astrofotografia também parece realizar milagres, como nessa astrofoto feita pelo nosso colega Pires utilizando um refletor de 406mm construído por ele, e que mostra uma mancha sombria na superfície da lua ganimedes:
Bruno
Moderador
Bruno- Moderador
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Idade : 62
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