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Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma

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Mensagem  Astroavani Ter 11 Jun 2013, 16:12

Relatando a descoberta de uma nova cratera fantasma

Sempre tive o maior interesse na observação, principalmente na astrofotografia de formações Lunares e desde o início utilizando principalmente o Virtual Moon Atlas procurei localizar e conhecer as características mais marcantes das regiões que eu observava ou fotografava.
Com o passar do tempo fui adquirindo um melhor conhecimento e reconhecendo com maior facilidade estas regiões e seus principais acidentes o que facilitava muito a percepção de qualquer coisa que destoasse da paisagem tradicionalmente observada.
Assim no dia 5 de janeiro de 2012, fotografando a região próxima ao Plateau Aristarchus, percebi uma estranha depressão que me chamou a atenção. Procurei situá-la em mapas lunares e mesmo no Virtual Moon Atlas, mas vi que nada constava.
Pesquisei na internet, pedi ajuda de colegas no Brasil e no exterior para esclarecer o que poderia ser esta formação, acreditava que ela já deveria ser conhecida ou que outros já houvessem observado a mesma.
Em princípio não consegui encontrar nenhuma referência sobre esta formação lunar.
Olhando a fotos abaixo, , a impressão que temos é a existência de uma depressão só revelada quando o Sol se encontra em um angulo muito baixo de iluminação.
Foto 1
Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma L4473
Fotos feitas em técnica afocal, exposição única, utilizando uma câmera compacta (Fuji) e um telescópio GSO dobsoniano de 300mm.

Enviei as fotos ao amigo Vaz Tolentino do Observatório Lunar (VTOL) e ele forneceu-me a seguinte explicação:
Realmente, a sua foto, devido ao ângulo da luz solar, captou uma
interessante e incomum depressão circular, que tem junto à sua borda
sudoeste, a cratera WOLLASTON D (5km de diâmetro).
A formação é muito estranha por não parecer com o estilo das crateras
fantasmas conhecidas.
O estranho e não comum é que, parece que a suposta cratera foi
inundada por lava basáltica e, ao invés de ficar cheia e nivelar com o
piso exterior circundante, encheu apenas um pouco e não nivelou,
ficando como uma "cuia" ou "tigela", além de não deixar resquícios de
um pico central. Esta depressão aparenta ter uns 42 Km de diâmetro,
sendo um pouco maior que ARISTARCHUS.
Verifiquei imagens do LRO e, infelizmente, não dá para para
identificar nada, devido à luz do Sol estar alta nas fotos.
Precisamos de mais fotos dessa região, em condições de luminosidade semelhante à existente nesta foto.
Assim, o tempo foi passando, mas eu não esqueci a depressão que tanto me intrigava e desta forma no dia 01 de junho de 2012 obtive novas fotos que novamente acusavam a estranha depressão.

Foto 2
Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma Plateau_aristarchus_pb

Foto 3
Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma Plateau_aristarchus_colours
Foto em afocal, exposição única (GSO 12” dobs + câmera Fuji compacta)

Desta vez ao invés de enviar as fotos ao LPOD como da primeira vez, resolvi pedir ajuda a colegas brasileiros como Vaz Tolentino e Alexandre Amorim. Por sugestão do Amorim resolvi contatar a BAA (http://www.baalunarsection.org.uk/) Seção Lunar onde fiz contato com o Dr. Anthony Cook. Enviei ao mesmo as fotos obtidas por mim em janeiro e em junho bem como a desconfiança de que a referida depressão ainda não havia sido catalogada.
Após a troca de vários e-mails recebi do Dr. Cook a seguinte mensagem que eu transfiro na integra:

On Seg 4/06/12 07:06 , "Tony Cook [atc]" atc@aber.ac.uk sent:
Dear Avani,

Thank you for your images. It looks like a buried ghost crater that you have found. Please keep on looking
for other ghost craters elsewhere on the Moon because I think that there may be quite a few that
are visible near to sun rise or sunset that remain to be discovered. I think that this work will
be of great interst to Peter Grego.

Also I like the quality of your images.If you would like to take images on the dates and times
that are listed in:

http://users.aber.ac.uk/atc/tlp/tlp.htm

...and find Brazil, then this could be very useful for my own research in disproving
some TLP observations from the past.

Many thanks

Tony

----------------------
Dr Anthony Cook
Institute of Mathematics and Physics,
Aberystwyth University,
Penglais, Aberystwyth,
Ceredigion. SY23 3BZ.
United Kingdom
E o trabalho ficou nisto, mas não caiu no esquecimento!
No mês passado utilizando a nova câmera QHY 5L, uma CMOs colorida dedicada para fotografia Lunar e planetária de alta resolução, obtive uma foto mais detalhada do local onde se situava a referida depressão:

Foto 4
Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma 381c6559-c824-4d53-b213-c00ddf5621ae
Foto feita em projeção negativa (GSO 12” em equatorial Darío Pires + câmera QHY 5L)

Isto permitiu que o colega Vaz Tolentino traçasse o perfil altimétrico da depressão e fizesse a seguinte análise:
Caros Avani e Amorim:
Fiz a análise altimétrica da cratera fantasma. Verifiquei tratar-se de uma depressão com cerca de 46 km de diâmetro e apenas 130 m de profundidade.
Veja no arquivo anexo o perfil altimétrico da cratera fantasma.

Foto 5
Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma 0f017b2d-e843-4101-96b6-9df608c85479

Logo depois recebi novo comunicado do amigo Vaz Tolentino comentando o seguinte:

Caros Soares e Amorim:
Analisando as fotos do Avani (do passado e do presente), juntamente com o perfil altimétrico que apresenta uma depressão clássica de cratera fantasma, chego à conclusão que, muito provavelmente, trata-se da descoberta de uma nova cratera fantasma sem catalogação.

Analisando também, a altimetria das crateras fantasmas DAGUERRE, LAMONT e aquela descoberta pelo VTOL em fevereiro de 2011, chegamos à conclusão que elas possuem perfis altimétricos bastantes semelhantes, sendo que, a cratera fantasma do Avani, é um pouco mais rasa (130 m de profundidade) do que DAGUERRE e LAMONT (ambas com aproximadamente 400m de profundidade).

Porém, a profundidade da cratera fantasma do Avani (130m) é mais compatível com a cratera fantasma descoberta pelo VTOL (que tem aproximadamente 100 m de profundidade). O que isto significa? Significa que, no passado (na época dos antigos selenógrafos), quando o interesse principal em observar a Lua era realizar o mapeamento de seu relevo, identificando e nominando suas formações, eles não tinham a tecnologia atual, ou seja, formações rasas como essas duas crateras fantasmas (Avani e VTOL) são muito difíceis de observar através de uma ocular, para se ter convicção do que realmente se está observando.
Depois do período inicial de catalogação e nominação das formações do relevo, desenhos de mapas lunares e outros estudos, chegou-se à era espacial. As primeiras sondas lunares robóticas (soviéticas e americanas) e as alunissagens tripuladas das missões APOLLO, tinham outros objetivos científicos que não eram descobrir novas formações não catalogadas. Além disso, mesmo nas fotos de altíssima resolução executadas pelas modernas sondas lunares robóticas (SELENE, LRO, GRAIL, etc), as imagens foram capturadas, em sua maioria, com a luz solar vindo do alto e não de forma oblíqua, o que dificulta o realce do relevo e não facilita a identificação de formações mais rasas como essas crateras fantasmas.

Para os selenógrafos modernos, somente após a evolução tecnológica das câmeras fotográficas digitais (CCD e CMOS), juntamente também, com a evolução da ótica dos telescópios (grandes e bons espelhos e também as lentes APO), combinada com o angulo favorável de incidência de luz na superfície lunar, ficou mais fácil identificar novas formações menores, "camufladas" e não catalogadas na Lua. Digo isso, também, baseado na notícia divulgada em
http://www.oserrano.com.br/print.asp?tipo=Astronomia&id=3295 ,
afirmando que, somente em 20 de setembro de 1996, foi fotografado pela primeira vez no Brasil, por nosso amigo Nelson Travnik, a pequena cratera Santos-Dumont (8 Km de diâmetro e 2 Km de profundidade). Note bem, a cratera Santos-Dumont foi nominada pela IAU em 1973 (originalmente chamava-se Hadley B) e, somente em 1996, alguém no Brasil conseguiu fotografá-la. Vejam só! Isso só aconteceu há poucos anos atrás! Hoje em dia, fotografar Santos-Dumont é muitíssimo fácil.
Parabéns Avani Soares por sua descoberta!
Mais um ponto marcado pela nova geração de selenógrafos brasileiros. Um abraço da equipe do VTOL!

Deste modo creio, que está descartado qualquer engano quanto a existência e identificação da referida formação, faltando apenas a divulgação e o reconhecimento oficial para coroarem o referido trabalho.
Ainda pretendo obter fotos em melhor ângulo de iluminação e resolução do referido local, pois as últimas fotos feitas com a QHY 5L deixaram a desejar devido ás más condições de alta turbulência atmosférica no dia do registro.

Agradecimentos:
Quero deixar meu agradecimento aos amigos Vaz Tolentino do VTOL e Alexandre Amorim que tanto contribuíram para que este trabalho tivesse êxito.
Quero agradecer também ao meu mentor Ilídio Afonso, que está sempre apoiando e incentivando a dar o melhor de mim, e sem o qual eu “Seria apenas mais um astrofotógrafo satisfeito por ter conseguido registrar mal e parcamente uma meia dúzia de crateras e nada mais!”.


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Mensagem  Bruno Ter 11 Jun 2013, 21:51

Astroavani escreveu:formações rasas como essas duas crateras fantasmas (Avani e VTOL) são muito difíceis de observar através de uma ocular, para se ter convicção do que realmente se está observando.
Creio ser desnecesário te parabenizar e ao pessoal do VTOL, além é claro de agradecer pela esclarecedora postagem Avani, e a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente. E para tentar superar as dificuldades que destaquei no que você escreveu acima, foi pensando nisso que idealizei um trabalho feito em equipe aqui mesmo no AF, porque acredito que podemos melhorar ainda mais a qualidade das observações visuais através de uma ocular dos acidentes na superfície da lua. Após considerar como um "Norte" as suas referências fotográficas com a QHY e principalmente as altimétricas, acredito que os observadores visuais agora também poderão ajudar a patrulhar a lua de maneira mais eficaz novamente se valendo do auxílio de filtros coloridos específicos, como por exemplo o Densidade Neutra 13% e 25% para a redução do brilho da lua, o filtro #12-amarelo para aumentar o contraste dos acidentes no solo lunar, o #58-verde para realçar os detalhes mais claros como por exemplo os revelados dentro das raias brilhantes, o #47-violeta para detalhes mais escurecidos como sombreados e depressões no solo lunar e o #82A-azul que eleva o contraste das áreas onde ele está baixo sem reduzir a luminosidade.
Farei a minha parte e qualquer novo detalhe eu comunico aqui nesse tópico que para mim é a confirmação de um novo marco na Selenografia moderna feita no Brasil.

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Mensagem  Astroavani Qua 12 Jun 2013, 00:54

Grato pelas palavras amáveis Bruno!

Você tocou em ponto muito importante, o uso de filtros adequados realmente é essencial na observação lunar e planetária.
Mais importante que usar qualquer filtro e usar o filtro certo para aquilo que se pretende observar como você bem comentou.
Eu realizo muito poucas ovservações visuais, meu trabalho realmente é voltado quase que exclusivamente para astrofotografia, por isto muitas vezes não me considero um astrônomo amador por inteiro, rsrsrs.
Mesmo assim, em astrofotografia o uso de filtros também é um fator fundamental.
Veja por exemplo; minha QHY é uma camera colorida, então ela capta quase que exclusivamente no espectro visual, captada muito pouco ou quase nada no Infravermelho e ultravioleta, então estes comprimentos de onda no meu caso só atrapalham sendo que o melhor é eliminá-los. Isto já não deve ser feito com as monos que captam em quase todo o espectro visível e invisível dependendo da sua eficiência quântica.
No meu caso disponho de 2 filtros, um é o IR-cut genérico que veio com a camera e o outro é um filtro L da Astronomik, que na realidade é um UV-IR cut.
Logo percebi que o L da astronomik me fornecia um resultado melhor isto porque além de bloquear os dois comprimentos de onda que prejudicam a captura (UV e IR) a Astronomik indiscutivelmente tem melhor qualidade.
Chegamos então aqui em outro ponto que você não tocou, ou seja, além de se usar o filtro adequado, diferentes filtros de diferentes qualidades (marcas) podem fornecer resultados bem distintos!
Meu objetivo para o futuro é a aquisição de uma camera Monocromática escolhida a dedo justamente porque estou pensando nos filtros. Quero um sensor com boa QE no infravermelho e ultra-violeta justamente para fazer fotos nos extremos do espectro.
Já se sabe que as ondas na faixa do infravermelho são menos afetas pelas más condições de seeing, ou seja elas passam mais facilmente pelas turbulentas camadas da nossa atmosfera o que logicamente irá otimizar ainda mais as minhas fotos lunares. Como a Lua é praticamente P/B não há a necessidade de se estar usando os filtros RGB.
As melhores fotos lunares na atualidade quase todas são feitas assim e eu quero um dia chegar lá.
Por isto mais uma vez eu enfatizo para o pessoal, ser atrònomo amador não é só tirar fotos ou por o olho na ocular, exige muito estudo e conhecimento teórico para procurar otimizar ao máximo tanto as observações como as fotografias.
Um grande abraço!

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Mensagem  Bruno Qua 12 Jun 2013, 08:12

"Astroavani escreveu:
1-No meu caso disponho de  um é o IR-cut "além de bloquear os dois comprimentos de onda que prejudicam a captura (UV e IR) a Astronomik indiscutivelmente tem melhor qualidade". "Já se sabe que as ondas na faixa do infravermelho são menos afetas pelas más condições de seeing".
2-Chegamos então aqui em outro ponto que você não tocou, ou seja, além de se usar o filtro adequado, diferentes filtros de diferentes qualidades (marcas) podem fornecer resultados bem distintos!
3-Por isto mais uma vez eu enfatizo para o pessoal, ser atrònomo amador não é só tirar fotos ou por o olho na ocular,  exige muito estudo e conhecimento teórico para procurar  otimizar ao máximo tanto as observações como as fotografias."
Olá Avani,
enumerei umas citações aqui:
1-Desculpe a ignorância mas fiquei com uma dúvida aqui: pelo que eu ví o bloqueio do infravermelho ajuda na "captura". No caso do filtro IR-Pass o infravermelho não seria também um recurso para se obter imagens com um contraste aumentado, já que é também utilizado para eliminar ou reduzir os problemas causados pela turbulência do ar e até em alguns casos a neblina?

2-Exatamente, existe por exemplo uma diferença visível de imediato entre os filtros para a observação visual da GSO e os da Série 500. Não que uma marca seja melhor do que a outra, mas uma dica é que se tenha um exemplar de cada marca alcançando assim diferentes tons num mesmo comprimento de onda.

3-Justo, o uso correto dos equipamentos que nos são disponibilizados otimizam qualquer resultado. Principalmente na ótica, pois os princípios fundamentais de suas leis são imutáveis mas os seus resultados eles podem ser melhorados.

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Mensagem  Durva Qua 12 Jun 2013, 09:09

Olá Avani.
Essa é a coroação à sua persistente busca pela qualidade. E um premio merecidos pelo tempo dedicado. Parabéns!

Abraço.
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Mensagem  Astroavani Qua 12 Jun 2013, 11:45

Olá Bruno!

Talvez eu não tenha me expressado direito. Mas no que eu falei que o uso dos filtros UV e IR também depende do tipo de camera que se está usando.
As cameras coloridas em geral, devido a matriz de Bayer tem muito ou quase nehuma sensibilidade na região do Uv e IR, então utilizar estes comprimentos de onda com estas cameras e a mesma coisa que nada e o UV principalmente pode até degradar a imagem. Então como elas captam principalmente no vermelho, verde e azul o melhor é limitar a captura a estes comprimentos de onda usando um filtro UV-IR cut.  A maioria do pessoal usa apenas um filtro IR-cut, mas eu já percebi que usar um filtro que corte os dois (UV-IR) otimiza ainda mais o resultado.
Já com as Monocromáticas a conversa é outra, estas cameras são desenvolvidas justamente para possibilitar a captura em uma grande região do espectro o que favorece o uso de filtros que permitem a passagem do UV ou do IR (UV-IR-pass), então com elas vale a pena usar o IR-pass como você comentou pois isto ajuda a driblar a turbulencia e neblina.
Quer um exemplo:  A QHY 5L que usa o sensor CMOs MT9M034, tanto a mono  como a colorida, tem uma sensibilidade muito baixa na região do IR, em torno de 20%.
Já a IMG OH que usa o sensor Sony ICX 618ALA apresenta em torno de 64% de sensibilidade na região do IR.
Então tudo vai depender da camera que você está usando e do que pretende fotografar.
Por isto que eu digo que o conhecimento teórico é fundamental, geralmente o pessoal primeiro compra e depois vai se informar como funciona, deveria ser exatamente o contrário.
Tudo, mas tudo em instrumentação astronômica deve ser muito bem pensado!
Abraço!
Avani.

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Mensagem  Bruno Qua 12 Jun 2013, 12:21

Astroavani escreveu:
tudo vai depender da camera que você está usando e do que pretende fotografar.
Por isto que eu digo que o conhecimento teórico é fundamental, geralmente o pessoal primeiro compra e depois vai se informar como funciona, deveria ser exatamente o contrário.
Tudo, mas tudo em instrumentação astronômica deve ser muito bem pensado!
Ok, entendido quanto ao uso do IR-Pass, vai depender da câmera. E assim como na astrofotografia vai depender da câmera e do que se pretende fotografar, na observação visual vai depender da abertura do instrumento e da razão focal dele para saber como o equipamento escolhido poderá se sair melhor nas observações das diferentes características e tipos de objetos celestes. Felizmente a lua é acessível a qualquer instrumento por mais modesto que seja. E será muito vantajoso saber de antemão como funcionam os acessórios tais como os diversos tipos de câmeras, filtros para a observação visual e fotográficos, Barlows, os redutores focais, os diversos modelos de oculares e etc... .

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Mensagem  Astroavani Sáb 13 Jul 2013, 02:13

Pessoal!

Esqueci de comentar que este trabalho sobre a Descoberta de uma Cratera Fantasma também foi premiado com um LPOD.
Para quem quiser ver os comentários que o Dr. Charles Woods fez sobre o assunto pode acessar o seguinte link:

http://lpod.wikispaces.com/June+16%2C+2013

Para mim foi a coroação de um longo trabalho!
Avani.

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Mensagem  Bruno Sáb 13 Jul 2013, 08:48

Astroavani escreveu:comentários que o Dr. Charles Woods fez sobre o assunto.
Pode se sentir realmente premiado Avani, pois vindo do Cientista lunar e colunista da Sky/Telescope Charles A. Wood, cuja visão pessoal é um verdadeiro guia sobre a lua atesta para a magnitude do seu trabalho merecidamente reconhecido.Relatando a descoberta de uma Cratera Fantasma Bigthumb

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